sábado, 10 de agosto de 2013

ESCUTANDO CHOSEN ONE...



Atenção: isto não é uma resenha.

São apenas divagacões numa ensolarada tarde de sábado, antes da sessão de skate, tomando um café e esperando o almoço ficar pronto (sem machismo: a esposa saiu, eu mesmo estou improvisando meu rango).

Vagando meio sem direção pelo apartamento, vou procurar algum vinil pra escutar, e então vejo o sete polegadas do Grindhouse Hotel ali na pilha, meio dando sopa e meio dizendo "e aí vagabundo, não vai me ouvir nunca?"

Decido ouvir, finalmente.

Ganhei esse disquinho dos amigos da Monstro (valeu Leonardos: Bigode e Razuk), bem na fase em que tinha saído da CemporcentoSKATE e, portanto, não tinha mais um canal, digamos, oficial/impresso para publicar uma resenha. Meio que por isso, meio que por preguiça, demorei pra caralho pra postar algo sobre o disco.

Tem outro motivo também: a banda é de stoner rock. Como alguns (poucos, mas bons) sabem, já tive uma banda de stoner, chamada ästerdon, tem até um cdzinho lançado e tal. Assim, me considero sempre um pouco suspeito (no pior sentido) pra falar de bandas de stoner. Se eu não falar bem, vai paracer sempre inveja. Mas não é inveja não: sou chato com som mesmo. Até com minhas próprias paradas sou crítico em demasia. Todavia, o que importa o que digo? O que importa mesmo é o que as pessoas pensam que você pensa, mesmo que isso não corresponda a verdade.

Enfim...

Chosen One. Sete polegadas vermelho lindão (tem como vinil colorido não ser "lindão"?), faixa-título no lado A, e no lado B "Monkey Rule". As duas são legais, bem gravadas, guitarras bem fortes e marcantes, batera e baixo funcionando perfeitamente e o vocal típico do estilo (mais típico em "Chosen One", na verdade, pois "Monkey Rule" tem partes mais roucas e agressivas). Porém, nada de novo. Sem ofensas, é apenas minha opinião: aquela coisa tradicional do stoner, "quadrada", seguindo a risca a cartilha do deserto, é uma fórmula ultrapassada. O que de melhor poderia ser produzido nesse âmbito, já foi.

Corte para o caso brasileiro: em especial o lance da voz é uma parada que me incomoda muito. A começar pelo meu próprio desempenho punk horroroso, tenho uma opinião que o Brasil não forma bons vocalistas de rock. Simplesmente não forma. No underground então, a coisa é ainda mais triste. E, conhecendo há muitos anos essa carência na posição atrás do microfone, tenho sempre problemas em apreciar bandas novas. Talvez não seja o limite das bandas, mas o meu próprio limite/preconceito em ação. No caso do Grindhouse a voz nem me incomodou, nem tampouco agradou: fiquei meio indiferente, mas talvez porque tenha essa pré-disposição a não gostar.

Blog é pra ser sincero, não é?

Escute os sons e tire suas próprias conclusões:





[foto surrupiada do site tenhomaisdiscosqueamigos.com.br]

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2 comentários:

Andarilhos do Underground: ZINAI-VOS!!!