segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

REVISTA PREGO # 3 e 4

Já tinha ouvido muitos rumores a respeito da REVISTA PREGO. Amigos me recomendaram, havia lido boas resenhas sobre e alguns conhecidos colaboraram com a revista. Mas, por uma daquelas razões inexplicáveis não tinha lido a PREGO ainda (talvez porque fui meio relapso, ok, admito).

Recebi do editor, o artista Alex Vieira um caprichado pacote com a publicações da PREGO, que pretendo destrinchar com o merecido cuidado.
A revista PREGO está em seu quarto número e ano (última publicação em junho de 2010) e ter uma destas revistas em mão é o mesmo que se reunir para um café (ou cerveja) com alguns dos melhores artistas alternativos (punks?) atuais brasileiros.

Na prego encontram-se artistas de gerações diferentes, com estilos e motivos diversos, mas todos certamente possuidores de duas características que os unem: a autenticidade e a subversão (seja em técnica, estilo ou mesmo postura). O lema da revista – Quadrinhos, arte punk & Psicodelia – resume esse espírito.

PREGO # 3



Neste número colaboram mais de dez artistas. Entre eles, o editor Alex Vieira, Daniel One, Bira Dantas, Kauê Garcia, Jaca entre outros. Neste número a revista traz encartado o fanzine PIB, editado (mas não publicado) pelo artista Júlio Tigre nos anos 90. Destaco a entrevista com veterano ilustrador argentino Luis Trimano e a impecável HQ(?) colagem de Mario de Alencar.

PREGO # 4



Nesta edição são 30 colaboradores em 54 páginas. Et, Rogério Santos, Fábio A.,Douglas Utescher, além de nomes inéditos e outros que já apareceram em edições anteriores. Dois artistas desta edição tiveram revistas solo lançadas pela Prego, é o caso de Guido Imbroisi, que colabora com a metafísica HQ Macéria, e Diego Garlach, que assina o encarte desta edição, com a contundente HQ BOY ROCHEDO.

A Revista Prego dá continuidade com propriedade à tradição das boas revistas de quadrinhos nacionais como a Dundum, Chiclete com Banana etc. ZINISMO RECOMENDA.

Detalhe de Século 22 - Mario de Alencar

sábado, 29 de janeiro de 2011

REVISTA MORTAL # 00



Descontente com mídia? Seja a mídia! Com esta proposta nasceu em outubro do ano passado a REVISTA MORTAL. Forjada no grande ABC e compromissada com a arte, política e contracultura a revista traz um conteúdo instigante e extremamente engajado. O ZINISMO separa 4 motivos (ou matérias) para convencê-lo a conhecer a mortal:

Em “A TÁTICA DO BLACK BLOCK”, Jairo Costa apresenta um histórico a respeito da mobilização de guerrilha urbana que (vestida de preto) volta e meia aparece (descontextualizada) em nossa tradicional mídia, como nos encontros do G8 mundo afora.

O dramaturgo Mário Bortolotto em “HOOLIGAN EM FINAL DE CAMPEONATO” dá sua versão crua do assalto que quase lhe tirou a vida em São Paulo no final de 2009.

ESCOLA LIVRE EM ALERTA” revela a luta travada entre alunos e mestres da escola livre de Teatro de Santo André pela preservação do projeto original da escola ameaçado pelo governo atual da cidade.

O comovente texto “CELSO 2010 YES, WE CAN!” imagina uma candidatura do saudoso ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002 à presidência da república.

Além disso, entrevista com o (excelente) desenhista paraibano SHIKO, a literatura nas composições de ITAMAR ASSUMPÇÃO, ROBERTO PIVA, ALLAN SIEBER, WILLIAM BURROUGHS e ainda mais.

Abaixo o jornalismo pasteurizado e inofensivo, longa vida à MORTAL!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

+ 3 PERGUNTAS PARA O REVERENDO


Por Marcelo Viegas


Papo bom é papo que rende. O entrevistão que fiz com o Fabio Massari para a revista Outro Estilo foi publicado quase na íntegra. Apenas 3 perguntas ficaram de fora. De fora, mas não esquecidas: aqui estão, no Zinismo.

ZINISMO: No começo da Rolling Stone Brasil você era do Conselho Editorial da revista. Qual era o papel desse Conselho?

MASSARI: (risos) Esse conselho editorial era quase uma coisa metafísica. Era Twilight Zone (risos). De fato a galera se encontrou algumas vezes, principalmente no começo, mas a função do conselho era mais conversar filosoficamente sobre os caminhos da revista. Mas com o tempo foi ficando uma coisa individualizada, de cada conselheiro falar com o editor, mas era quase um cargo de fantasia. (risos)

ZINISMO: Você grava mixtapes para os amigos?

MASSARI: Eventualmente. Sob solicitações, várias vias (risos). Já gravei mais. Tinha uma época que fazia muito k7 pras baladas. Tinha um camarada com habilidade pros desenhos, e ele fazia as capinhas bonitinhas. Eu queimo vários CD’s pra levar coisas pra rádio, e esses CD’s depois eu acabo passando pros camaradas. Mas não é uma coisa com dedicação...

ZINISMO: Li uma entrevista em que você fala que estudava umas coisas sobre o IRA (Exército Republicano Irlandês) e terrorismo. Isso é simplesmente uma curiosidade pessoal ou tem algum embrião de livro aí?

MASSARI: A Irlanda é um país que sempre figurou na minha rota de pesquisas musicais, literárias, acabei descobrindo várias coisas, e me interessei pelo lugar. E, por conta da minha ignorância no assunto, acabei me interessando pelos “troubles” , pela situação da Irlanda do Norte. Aí comecei a ler sobre o assunto e me interessei bastante. Li muitas coisas, vi filmes, e procurei me informar sobre o assunto. Nada além disso. Estive na Irlanda do Norte algumas vezes, meio que para ver essas coisas, mas também para entrevistar bandas, etc. Entrevistei uns caras que foram do IRA, visitei os redutos, fui no cemitério onde os caras estão enterrados... um cemitério famoso em Belfast, com uma parte específica só para os caras do IRA, e foi nesse cemitério que um protestante chegou num enterro de um cara do IRA e saiu metralhando todo mundo... Uma desgraça! E fui pra lá nos anos 90, que era ainda um período “casca”. Belfast era OK, mas aquela outra cidade, Derry, era uma vibe estranhíssima. Mas enfim, foi uma coisa pessoal que foi se intensificando... Ah, entrevistei o Jim Sheridan, diretor de “Em Nome Do Pai”, e outros filmes legais. Tem um livro que estou preparando, uma espécie de coletânea de coisas antigas e perdidas, e que tem um pedaço de coisas irlandesas. Até que é um espaço bem grande. Ou seja, algo sobre a Irlanda vai aparecer. Já saíram algumas coisas na Folha de SP, como uma entrevista com o Danny Morrison, que foi do IRA nos anos 80. Ele não era um cara da “ação”, ele era da “inteligência” do IRA. Um cara dos bastidores, digamos assim. E olha que doido: estava num pub, numa quebrada de Belfast, entrevistando esse cara, e ele ficava “você entrevistou a Björk, que demais, me conta da Björk”... (risos) Eu querendo saber como eram as tretas na cadeia e ele me perguntando da Björk! (risos) Lembro que a gente saiu do pub, era meio-dia, e essa região de Belfast é totalmente católica, e tinham ainda as forças de segurança inglesas tomando conta... Aí passou um carro (tipo tanque) dos ingleses, e todo mundo “fuck you! Fuck you! Fuck you!” Era bem intenso ali. Hoje está mais tranquilo, mas é incrível: uma região tão pequena e tão efervescente. Tem um muro no meio da cidade, é muito bizarro.


[ foto Massari: Ana (Bean) Monteiro ]


A entrevista completa com o Reverendo está na edição #04 da revista Outro Estilo, já nas bancas.



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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RESÍDUOS DOS RESÍDUOS - PARTE 3 DE 4

"Erro e não pago. Juros altos... E eu desafiando o Agiota."

Comentário da autora Simone Maia: não faço ideia de quando escrevi isso, mas eu devia ter acabado de cometer uma das coisas mais estúpidas da minha vida e, ainda assim, não dei a mínima... ahahahhaha.


Para baixar Resíduos, na íntegra, clique aqui.

Para conhecer melhor a autora, leia a entrevista aqui.

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ENQUANTO ISSO, NOS ANOS 90...


As coisas estavam mudando, e rápido.
De repente, os vídeos de skate Hokus Pokus (H-Street) e Questionable Video (Plan B) haviam se tornado a bíblia de toda uma molecada. Matt Hensley personificou o que os fashionistas da época convencionaram como Street Wear. As baladas foram invadidas por skaters e na pista o som ia do Punk, passando pelo Guitar e finalizando no Rap, sem falar em Primus! Era exatamente assim no mundo todo.
Com o cenário pronto, faltava a "indústria" se aproveitar desse novo comportamento.
Em Hollywood, o filme "Judgment Night", protagonizado por Emilio Estevez estava em fase de finalização e prometia ser um novo "As Cores da Violência" (Colors), mas na verdade o filme não chegou nem aos pés do triller policial que contava com Ice T.
Em compensação a trilha sonora de Judgment Night se tornou disco obrigatório pra qualquer grunge, skater ou rapper da época. O motivo: O disco não apenas trazia bandas consagradas do rock e do rap alternativo, mas pela primeira vez trazia as bandas tocando juntas, em duetos como Mudhoney & Sir Mix A lot, Faith No More & Boo Ya T.R.I.B.E., Sonic Youth & Cypress Hill, Tool & Rage Against The Machine, Helmet & House Of Pain, Teenage Fanclub e De La Soul, entre outros.

Eu não sei como, mas eu estava procurando um vídeo do Seaweed no youtoba hoje quando me deparei com o vídeo que eu coloquei aqui embaixo!
Sem dúvida um achado!!!
Trata-se da faixa Missing Link, música da trilha do Judgment Night resultado da parceria entre Dinosaur Jr. & Del Tha Funkee Homosapien. Isso por sí só já valeria esse post, mas ainda tem muito mais nesse simples vídeo:
Pra começar é AO VIVO. Na verdade a única vez que essa música foi tocada fora do estúdio de gravação. Mas não ligue 1406 ainda, porque você ainda ganha Mike Watt (minutemen/fIREHOSE/The Stooges) no baixo, e mais, Mike D (Beastie Boys) na bateria!



BONUS!!!

Teenage Fanclub & De La Soul - Fallin'


Pearl Jam & Cypress Hill - Real Thing


Helmet & House of Pain - Just Another Victim


Faith No More & Boo Ya T.R.I.B.E. - Another Body Murdered

(alguém disse no Youtube: Tem coisa melhor que os gritos do Mike Patton? - Fala aí Viegas!)
Agora o primeiro paragráfo desse post deve fazer mais sentido!

E ai, vamos pro Armagedon da Augusta domingo?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

THE BOYS: ENTREVISTA EXCLUSIVA


Por Luiz Cesar Pimentel


The Boys é uma das maiores e menores bandas do punk rock do áureo e simbólico 1977. Maiores porque quem ouve dificilmente escapa de virar fã. Menores porque sempre tiveram um obstáculo a alçá-los à (merecida) posição de Clash ou Sex Pistols. Mas a boa nova é que o grupo segue na ativa, na base de cinco ou seis shows por ano. E notícia melhor ainda é que virão ao Brasil pela primeira vez em abril. O líder do grupo, Matt Dangerfield, fala sobre isso e sobre tudo o que foi resumido nas linhas anteriores.


(Obs: Esta entrevista é livre de direitos autorais. Portanto, você pode e deve reproduzi-la, passá-la adiante, dar CTRL+C e CTRL+V no seu blog, site, zine, onde for. O único pedido é que não tire frases do contexto original para não haver interpretação errada.)


Você estava no olho do furacão do movimento punk de 77. Quais são suas melhores e piores lembranças da época?

A melhor coisa: curtir o Roxy Club enquanto durou (cerca de 100 dias pelo que lembro; não muito mais que três meses). Era uma segunda casa pra mim e era incrível ver as gravadoras atrás de todo mundo para assinarem contratos com as bandas quando perceberam que a cena seria grande.

Pior coisa: Fugir dos cuspes porque as pessoas leram em algum jornal musical estúpido que era isso que o público tinha que fazer em um show punk.


The Boys tem uma longa história. Por favor, torne-a curta para os leitores.

Eu tocava em uma banda chamada London SS com Mick Jones (The Clash) e Tony James (Generation X e Sigue Sigue Sputnik). Deixei esse grupo e me juntei ao Andrew Matheson e Cassino Steel que tocavam no Hollywood Brats e haviam gravado um disco tão brilhante quanto pouco ouvido. Andrew voltou para casa, no Canadá, para passar o Natal e nunca mais retornou (à Inglaterra). Casino e eu decidimos continuar, convocamos Honest John e mais tarde Duncan e Jack. Casino e eu começamos a compor e trouxemos Ken Mewis (ex-empresário do Brats) para cuidar dos negócios.

Fomos a primeira banda punk a assinar com uma gravadora (NEMS, por cinco anos). Após dois discos com a NEMS e muitas dificuldades com eles, The Boys entrou em greve e se recusou a fazer qualquer coisa. Aí a gravadora permitiu o rompimento do contrato. The Boys então voltou à ativa na Noruega para gravar o terceiro disco, “To Hell with The Boys”, lançado pela Safari Records. Gravamos também o quarto álbum, “Boys Only”, também pela Safari. Em 1981 o contrato acabou, e a partir daí cada integrante começou a fazer suas próprias coisas. Muitos anos depois nos reunimos para alguns shows no Japão. O sucesso foi tão grande que desde então estamos fazendo cinco ou seis apresentações por ano. Em abril vamos tocar no Brasil e na Argentina, e para o final do ano estamos preparando shows na Espanha, Canadá e Japão.


Como eram a relação e a rivalidade entre os membros das bandas como The Boys, Clash, Sex Pistols, Damned...?

Existia uma rivalidade amigável no começo conforme íamos nos conhecendo, mas depois, quando estávamos todos ocupados com as turnês e gravações de discos, nossos caminhos não se cruzavam com muita freqüência.


Conte sobre o estúdio que você teve no seu porão e algumas histórias que viveu por lá com Mick Jones e The Clash, Billy Idol e Generation X, Sex Pistols.

Era basicamente um depósito antigo de carvão no porão de um prédio que eu dividia com Barry Jones, também fundador do Roxy Club. Era bem pequeno – mais ou menos nove metros quadrados – mas era possível encaixar ali um kit de bateria e um par de amplificadores. Ensaiava lá com Mick Jones e Tony James quando éramos do London SS e todo o material do The Boys foi antes ensaiado lá. The Damned também tocou por lá, assim como Billy Idol, quando ainda não cantava e era apenas um guitarrista em Chelsea. Ele não tinha começado a tocar guitarra há muito tempo, mas pegou o jeito bem rápido. Me lembro dele imaginando que seria um ótimo guitarrista. Aquele espaço foi uma central do punk por um tempo para todos nós, de Sid e Nancy, a Johnny Thunders e Chrissie Hynde, até Midge Ure e Glen Matlock que apareciam com freqüência.


Qual é/foi seu sentimento sobre Elvis, já que sua morte causou uma série de problemas quando The Boys lançou o primeiro single?

Eu amo o Elvis! Ele não tem culpa de ter morrido quando morreu. Nosso primeiro álbum tinha sido lançado e estava vendendo bem. Tinha até entrado nas paradas em 40º lugar. Mas infelizmente nosso álbum estava sendo distribuído pela RCA, e quando o Elvis morreu, todas suas fábricas começaram a prensar gravações do Elvis. Então, nossa vendagem que tinha ido da estaca zero para o 40º lugar, simplesmente retornou para o nada em uma semana.


O que vocês se consideram? Power pop, rock ou punk?

Punk rock.


Como foi a turnê com o Ramones?

Essa turnê foi fantástica e os Ramones foram ótimos para nós. Nós não convivemos muito com eles porque todos estavam em um rigoroso regime sem drogas ou álcool. Ou seja: iam direto para a cama logo após os shows.


Quem é seu favorito (amigo ou personalidade) no punk/na música? E o pior? Por quê?

Favorito: Campino, vocalista da banda alemã Die Toten Hosen. Ele é fã de longa data do The Boys, uma pessoa fantástica e tem nos ajudado muito.

Pior: ninguém em particular, mas qualquer um na música que é arrogante está fora de ter chances de se realizar. A música é um grande nivelador porque qualquer um pode fazer aquilo que realmente deseja. Eu conheci muitos músicos famosos ao longo dos anos, e geralmente os mais bem sucedidos são os mais simpáticos.



(na foto acima: The Boys no Japão)


Vocês estiveram parados por 17 anos. Como foi quando recomeçaram a tocar com uma banda?

Ao longo dos anos eu fui acumulando vários pedidos para que o The Boys se reformulasse e voltasse a tocar em festivais punks etc, e sempre recusei. Mas aí uma grande banda japonesa chamada Thee Michelle Gun Elepanht fez alguns covers de músicas nossas e de repente começamos a vender muitos discos por lá. Fomos convidados para dois shows em Tóquio. Como o The Boys nunca tinha ido para o Japão, a proposta foi tentadora demais para ser recusada. Tivemos uma ótima temporada por lá e desde então estamos fazendo vários shows ao redor do mundo.



Luiz Cesar Pimentel trabalha no portal R7, como editor-executivo de Entretenimento. Antes foi diretor de conteúdo do Virgula e MySpace - trabalhou em Los Angeles na criação da versão brasileira do último. Na carreira, trabalhou também em alguns dos principais veículos do país, como Folha de S. Paulo, Editora Abril, revista Trip, os portais UOL, Starmedia e Zip.net, além de ser colaborador de Caros Amigos, Carta Capital, Playboy, Revista da Folha, Rolling Stone, Sexy, Jornal da Tarde, Elle e Superinteressante.


Zinismo agradece: Luiz Cesar Pimentel, pela colaboração, e Rodrigo Lima, pela ponte que tornou possível a colaboração.

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

VIDEO FANZINOTECA MUTAÇÃO



Fanzinoteca mutação - Rio Grande (RS) coordenada pelo guerrilheiro Law Tissot, saiba mais aqui.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NOVO DISCO J. MASCIS - ENTREVISTA E CAPA

J. Mascis lançará seu novo disco solo no dia 15 de março deste ano, pelo selo Sub Pop.
Aproveitando a ocasião, linkamos uma pequena entrevista com o vocalista do Dinosaur Jr onde ele fala a respeito do álbum.



Bem, como digamos, não foi uma entrevista muito esclarecedora, vamos aproveitar o post e mostrar a capa do novo álbum, aliás feita por Marq Spusta, o mesmo artista do já clássico Farm, último disco do Dinosaur jr!





Aproveitando a ocasião, conheça os trabalhos do Marq Spusta aqui.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UM PIER


[ Um pier no Guarujá. Janeiro de 2011. Foto: Marcelo Viegas. Tratamento: Gui Theodoro ]

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

RESÍDUOS DOS RESÍDUOS - PARTE 2 DE 4

"Me deparei com o forte sol do meio-dia que, de um só golpe, esmagou minhas pupilas até reduzi-las a dois pequenos pontos negros: cabeças de pregos que mantinham meus olhos presos em suas órbitas. Com a cabeça presa no firmamento, eu sentia nela suspenso meu corpo, que era lançado à frente à medida em que o asfalto percorria a sola dos meus sapatos."

Comentário da autora Simone Maia: trecho do conto "A Última Estação", que escrevi em 2004... Tem a ver com uma "comemoração solitária" de um de meus aniversários, quando escolhi (apenas pelo preço) um destino qualquer no interior do Estado, e viajei sozinha de trem, passando duas noites num hotel de meia estrela (risos). Foi durante a viagem que pensei no conto e bati a foto que mais tarde serviria de capa pro meu livro.


Para baixar Resíduos, na íntegra, clique aqui.

Para conhecer melhor a autora, leia a entrevista aqui.

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O DÉCIMO VIDEOCAST DO PARTEUM

Nosso patrício, o multi-talentoso Parteum, acaba de disponibilizar o décimo episódio do seu Videocast. Gravações, rolê de skate com a lenda Alexandre Ribeiro, rolê de aprendizagem pelas ruas de Araraquara com o avô Seu Francisco Benedito e ainda participação do zinista Flávio Grão. Veja e entenda:



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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

RESÍDUOS DOS RESÍDUOS - PARTE 1 DE 4

"Abriu. A estranha claridade. E junto dela, sombras tão conhecidas vão tomando o chão e encontram a parede, à qual se aderem pegajosas escalando-a à medida em que se dilatam. Sempre as mesmas sombras divididas, tortas e confusas. Pelo vão da porta entra o pressentimento. Eu não percebo, mas ele vem. Para mim."

Comentário da autora Simone Maia: trecho do conto "Atrás da Porta de Ferro" que escrevi com base na minha experiência de trabalho num hospital psiquiátrico, em 1992. Nessa época eu ouvia muito Alien Sex Fiend, Ministry e Jane's Addiction... Devia estar rolando qualquer coisa dessas no meu toca-fitas quando rabisquei o primeiro rascunho deste conto, que só viria a tomar corpo em 2004.


Para baixar Resíduos, na íntegra, clique aqui.

Para conhecer melhor a autora, leia a entrevista aqui.


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domingo, 9 de janeiro de 2011

1º UGRA ZINE FEST + LANÇAMENTO FANZINEIROS SÉC. PASSADO (CAP. 1)

Vai acontecer 1º Ugra Zine Fest, que é o lançamento do Anuário de Fanzines.

E para comemorar essa façanha, serão realizados dois eventos: uma festa no Espaço Impróprio (11/02) e um dia de atividades (12/02 - um dia lindo na vida desse que vos escreve! yep! It's my birthday!!!) no Espaço Concreto (veja a programação completa logo abaixo).

No dia 12 nosso comparsa (praticamente um Zínico honorário), o senhor Márcio SNO irá participar como palestrante, junto com Renato Donisete, do Aviso Final Zine (que completou 20 anos de existência!).

No final do evento será exibido o documentário: Fanzineiros do Século Passado – Capítulo 1, no qual alguns personagens que alimentaram o mundo com seus fanzines falam dessa experiência.

Segue o serviço completo:


O boato já havia se espalhado pelo submundo fanzineiro, mas é com grande prazer que anunciamos agora, oficialmente, a realização do 1º UGRA ZINE FEST.
Serão dois dias de celebração à imprensa alternativa e ao espírito faça-você-mesmo. Editores, autores, quadrinistas, videomakers, pesquisadores e bandas se revezarão em um cronograma de intensas atividades. Confira a programação, espalhe a notícia e participe!


DIA 11 DE FEVEREIRO, SEXTA-FEIRA, ÀS 21h
Local: Espaço Impróprio – R. Dona Antonia de Queiroz, 40 (veja o mapa)
Quanto: R$8
Festa de lançamento do 1º Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas da Ugra Press. Para comemorar, Elma, Test e Sleepwalkers Maladies, 3 das mais instigantes bandas da cena underground paulistana, surpreenderão os ouvidos presentes com propostas completamente distintas mas igualmente provocantes.
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DIA 12 DE FEVEREIRO, SÁBADO, ÀS 14h
Local: Concreto – Rua Fradique Coutinho, 1209 (veja o mapa)
Quanto: Grátis (exceto oficinas)
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Vença a ressaca da noitada de sexta e encare uma overdose de atividades e idéias.
Veja os detalhes:
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Durante todo o dia: Exposição de zines, feira de publicações alternativas e mostra de vídeos
Editores interessados em participar da Feira, entrem em contato pelo e-mail ugra.press@gmail.com para mais informações.

14h00: Oficina de Encadernação Artesanal com Rodrigo Okuyama (zine La Permura) **Inscrições Abertas!**
Valor da oficina: R$15. Vagas limitadas. Inscrições antecipadas pelo e-mail ugra.press@gmail.com
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15h30: Oficina de Serigrafia em Papel com Cooperativa Manjericão (zine Quem Tem Dedo Vai a Antares) **Inscrições Abertas!**
Valor da oficina: R$15. Vagas limitadas. Inscrições antecipadas pelo e-mail ugra.press@gmail.com
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17h00: Palestra “Biographic Zines” com Gazy Andraus e Elydio dos Santos Neto
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.
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17h40: Palestra “A Imprensa Alternativa no ABC” com Olga Defavari
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.
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18h20: Palestra “Tour de Zines” com Coletivo Você Tem Que Desistir e Cooperativa Manjericão
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.
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19h00: Debate “O Futuro dos Zines” com Renato Donisete (zine Aviso Final), Márcio Sno e convidados a confirmar
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início do debate.
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

E-BOOK: RESÍDUOS


"Resíduos" é o título do e-book disponibilizado para download gratuito pela escritora Simone Maia. O livro virtual traz textos escritos entre 2004 e 2010, e a maioria dos trechos foram retirados do livro (esse impresso mesmo) "A Última Estação", lançado de forma independente pela autora em 2004.

Para baixar "Resíduos", clique aqui.

E para conhecer um pouco mais da autora, leia a entrevista logo abaixo:

ZINISMO: Fale um pouco sobre você, idade, onde mora, quando começou a escrever, etc...
SIMONE: Tenho 38 anos, 32 dentes e sou de Santo André, ABC Paulista. Tirando uma breve temporada infernal no interior do Estado, sempre morei em Santo André. Hoje vivo na Vila Linda, que de linda não tem nada. Escrevo desde a pré-adolescência, quando ainda tinha coordenação motora para criar histórias em quadrinhos, já com maior atenção para os roteiros do que para os desenhos. Atualmente trabalho com revisão e tradução de textos na condição de freelancer.

ZINISMO: Qual o maior desafio para um jovem escritor?
SIMONE: O maior desafio para um jovem escritor é se livrar da falsa promessa da possibilidade de - sem abrir mão de suas convicções e propósitos - penetrar no mundo corporativista e de compadrio de editoras que, de saída, se recusam a ler algo novo de alguém totalmente desvinculado de seu círculo de amizades e relações de interesse; é entender que grandes editoras não têm interesse em investir em algo pouco rentável. O que rende muito são livros de autoajuda, romances espíritas, sermões de padres populistas ou livros de escândalos pré-fabricados envolvendo celebridades conhecidas do grande público especulador. Se você escreve algo totalmente diferente do que a maioria da mirrada população brasileira consumidora de livros quer ler, é inevitável que se contente com a falta de incentivo, publicação, divulgação e distribuição de tua obra.

Ignorar essa máfia, passar por cima da política meramente corporativista dessas editoras e conseguir levar seus textos adiante é, de longe, o maior desafio para qualquer escritor anônimo que estará, desde (ou quase) sempre, condenado, no mínimo, ao semi-anonimato, ainda que banque e distribua seus próprios livros ou aposte nos e-books e nos raros "milagres" da blogosfera.


No fim das contas, o grande barato de escrever é escrever. Se muitos lerem, ótimo. Se não, aprenda a curtir o barato sozinho ou na companhia de poucos. O prazer ainda será o mesmo.


ZINISMO: O seu livro impresso, "A Última Estação", foi lançado de forma independente? E como foi o resultado da empreitada? Fale um pouco sobre a experiência...
SIMONE: "A Última Estação" foi uma reunião de 17 contos que selecionei para compor um livro no estilo pocket, em formatinho mesmo, com poucas páginas e baixo custo. Paguei a arte da capa com foto de minha autoria e design gráfico de Fábio A., de SCS, e também banquei os custos de gráfica e impressão, além de distribuí-lo de acordo com os (poucos) meios de que dispunha. A tiragem foi de apenas 200 exemplares e o retorno, em termos financeiros, foi zero. Porém, consegui "despachar" todos os exemplares a um preço acessível e provoquei reações diversas (e por que não dizer, mais adversas do que outra coisa...).

Editoras de fundo de quintal ofereceram a "irresistível" proposta de imprimirem seu logo na contracapa do meu livro, contanto que eu me virasse com as despesas gráficas, divulgação e distribuição. Logicamente, agradeci a proposta e não caí nessa "tentação".

O Secretário de Cultura de Santo André também se mostrou muito "generoso" adquirindo 3 exemplares e me oferecendo o espaço cultural "Casa da Palavra" para um lançamento com direito a coxinhas murchas e vinho barato pagos pelo departamento. Novamente, agradeci a tentadora proposta, mas me neguei a tal exposição gratuita e hipócrita (era ano de eleição).


Registrei o rebento na Biblioteca Nacional, cumpri com minha civilidade disponibilizando uma cópia para a Biblioteca Municipal, enviei para pequenas, médias e grandes editoras e, claro, não consegui nada. O que não impediu que o livro caísse na mão de alguns desavisados sedentos por literatura marginal.


Foi uma produção totalmente independente e despretensiosa que permaneceu onde sempre esteve: no anonimato. Com a ressalva, claro, de ter sido "resenhada" no fabuloso jornal de minha cidade, o Diário do Grande ABC e de ter merecido umas notinhas aqui e ali na web. Enfim, nada de extraordinário. Sequer repus o dinheiro investido. Lucro? Nenhum, a não ser, claro, a satisfação de ter gerado uma espécie de "filho-monstro" que, apesar dos pesares, acabou parecendo "gracioso" para alguns... O que, cá entre nós, é elogioso para qualquer "mãe", né não?


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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

TRANSFORME-SE EM ULTRASEVEN! PERGUNTE-ME COMO!

Ok! Mais uma da série "too geek for this weblog, but who cares?"


Bom, se você tem menos de 30 anos, é melhor já ir explicando que UltraSeven era um Tokusatsu (seriado de herói feito em "filme", no Japão, é claro!) old school, produzido no início dos anos 80 (existe a série inteira em torrent, mas acho que pouquissímos peers ativos hoje em dia, ainda assim vale tentar a sorte). De qualquer forma, acho que na real, o conteúdo desse post só vai interessar velhinhos como eu, que sempre sonharam em se transformar em alguém da "família" Ultra (Sim! O Ultra Man é tipo o primo do Ultra Seven!)
Mas vamos ao que interessa:
Um japonês (daqueles que passa em primeiro nos vestibulares da USP, ou no caso, do MIT) que se identifica como hogehoge335 desenvolveu um "hack" para Kinect (X Box) que não apenas te transforma no UltraSeven, mas ainda lhe dá TODOS, isso mesmo, eu disse TODOS, os poderes do mais foda Tokusatsu Superhero que já existiu (E isso não foi uma indireta, senhor Spectroman!)

Melhor você assistir o vídeo abaixo pra sacar melhor do que eu to falando:



É claro que o software é uma piada (daquelas que só o Sheldon, o Leonard, o Raj e o Howard - The Big Bang Theory - dão risada), mas, que é GENIAL, isso não dá pra negar!!

Segundo meus contatos no Cult of the Dead Cow, após a remoção de possíveis bugs, o japanfreak hacker amigo, deve disponibilizar o software na rede em breve! Daí se eu estiver bem humorado, quem sabe eu posto aqui. Embora seja melhor considerar a hipótese de que eu quero ser o Ultra Seven muito mais que você, nesse caso, talvez eu não poste! hehehe!!!

Agora é melhor eu ir ler "Crime e Castigo" do Dostoiévski, porque algo me diz que eu preciso parecer um pouco mais normal ou menos insano! Não exatamente nessa ordem!