segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

QUANDO MEU PAI SE ENCONTROU COM O ET FAZIA UM DIA QUENTE


Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente é o emblemático título do novo livro de Lourenço Mutarelli.

Quem acompanha o trabalho do autor certamente se surpreenderá com as cores, que neste álbum foram obtidas através da pintura com tinta acrílica em papel ou papelão.

A estrutura narrativa também é digna de nota, o livro é constituído de uma sequência de imagens (pranchas em páginas inteiras)com pequenas legendas que não correspondem exatamente às figuras em que estão inseridas. Esta distorção entre a imagem e a palavra foi um recurso experimental utilizado propositalmente pelo o autor e cria um jogo interessante com o leitor, que interage de forma não linear com as páginas do livro na busca de reconstruir a história para si.

A memória é o tema do livro.
A história é narrada por um personagem que conta a história de seu pai, que embora parta de um encontro inusitado deste com um ET, vai muito além disso, possibilitando ao leitor indagar sobre o próprio modo como construímos nossa história, através de recortes ou fragmentos de lembranças.



Em certo momento do livro, o pai mistura suas fotos pessoais com a de desconhecidos (que colecionava) e isto traz umas grandes questões livro: a constituição de nossa memória individual é racional e linear? ou é emocional, seletiva e coletiva? Este questionamento justifica a estrutura narrativa do livro.

Outra questão do livro é o esquecimento ou a deformação de nossas memórias com o passar do tempo, isto é representado pela repetição de imagens que se distorcem, pela lama do rio que não é mais rio, e pela internação do pai no asilo.
Lembramos do que queremos, da forma que escolhemos.

Embora a produção do livro tenha sido um tanto conturbada por interferências editoriais (vide o título do livro), trata-se de uma grande e indispensável obra de Mutarelli que proporciona aquela sensação familiar de vácuo nas nossas certezas após sua leitura.
Enfim, Mutarelli.




sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TRÊS VÍDEOS DO MY SQUARE 2011

Converse My Square é um evento realizado pela Converse Skateboard em parceria com a CemporcentoSKATE. Pra resumir bastante, é uma disputa aberta de fotos e vídeos em algumas praças pré-definidas pela produção. Jogo rápido: os fotógrafos, videomakers e skatistas tiveram 10 dias para captar, editar e postar o material.

Selecionei 3 vídeos que gostei bastante, para mostrar o nível de evolução da rapaziada que está nas ruas captando manobras de skate e, é claro, dos skatistas brasileiros.

Antes de ver os vídeos, lembre-se: os videomakers tiveram apenas 10 dias pra filmar, editar e finalizar. Os caras merecem nosso respeito.

Vamos começar com "Insetos Interiores", com o skatista Damascena, filmado e editado pelo jovem e talentoso Guilhermo Guillis. Sensibilidade, sutileza e um tratamento de imagem bem interessante. Veja logo abaixo:



Com um conceito nostálgico, "Back to 90's" é um tributo aos vídeos antigos de skate. Beastie Boys na trilha, lente fisheye bombando e até a famosa voz de monstro no final. Filmado e editado por Biano Pereira, com o skatista Leonardo Low e participação do skatista e fotógrafo André Calvão. Assista:



Pra fechar, o vencedor na categoria melhor edição de vídeo, "Parapluie". Filmado e editado por Guilherme Guimarães, o curta com o skatista Murilo Romão é inspirado na cinematografia francesa dos anos 50 e 60. Olha só que style:



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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CORTEX



O trabalho do ilustrador, artista plástico, educador e zinista Flávio Grão está quase que onipresente nos fanzines lançados nos últimos anos. Seus traços fortes, rústicos (quase se assemelhando a xilogravuras) viajam em um roteiro filosófico-poético, sempre passeando pelo inconsciente individual e coletivo.

Recentemente lançou duas edições do fanzine Manufatura, nas quais conta histórias sem utilizar textos: apenas o apelo visual com um pé no surrealismo, que transmitem muita informação. Mas, para isso, é necessária a observação atenciosa do leitor. Não basta apenas folhear, tem que explorar cada ilustração para entrar no universo do autor. Que, depois percebemos que também é o nosso universo.

Cortex traz a mesma proposta, porém de uma forma diferente: o autor se enveredou no universo da colagem para contar a história de um personagem que se assemelha com um cérebro, tendo como cenários imagens clássicas de cidades e de situações.

A prática de recortar e colar é algo fácil. Nem tanto. Saber harmonizar uma imagem sobreposta sobre outra e ainda ter o objetivo de contar uma história sequencial é para poucos. Grão começou Cortex em 2008 e finalizou na segunda metade de 2011. E o tempo talvez tenha sido fundamental para as ideias fluírem para alcançarem o resultado final.

Algo que é marca nos últimos trabalhos de Flávio Grão, é a experimentação em cima de papéis de gramaturas e texturas diferentes. Nesselançamento utiliza de papel vegetal para sobrepor a capa de colorset e o miolo de vergé. Mostrando, inconsciente ou não, que o fanzine impresso para ser atrativo e necessário, necessita ter um apelo muito além que textos e desenhos: precisa ter um “valor” de tato e visual, que já é tendência na Europa e Estados Unidos e que acredito ser o futuro dos zines impressos por aqui.

Cortex não é algo simples de se adentrar. Talvez facilite nas referências bibliográficas que cita ao final da publicação: o artista plástico surrealista alemão Max Ernst, o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky e o pintor e cineasta da pop art estadunidense Andrew Warhola. Você não entendeu ou não faz ideia de quem se trata? Dá uma pesquisada rapidinha e depois volte aqui nesse ponto.

Pronto. Agora é possível entender onde mais ou menos queremos chegar.

A história de Grão começa com uma simples dor de cabeça. Essa dor toma conta do paciente que consegue enxergá-la através do espelho. Aos poucos, esse diagnóstico começa a tomar dimensões gigantescas e até inacreditáveis. É o absurdo se mesclando com o real. O caos individual transformando-se no pop coletivo, sem percepção do monstro que foi criado. A desgraça em larga escala de produção. Quem sabe, com essa intenção, no verso de cada obra, o autor sugere um cartão postal, para conversar conceitualmente com a história.

O nome do zine sugere o termo “vortex”, que pode ser definido como movimentos espirais ao redor de um centro de rotação. Com isso, tudo que envolve essa publicação tem um porquê e uma razão de ser. Nada é gratuito.

Grão surpreende mais uma vez, fugindo do lugar-comum, das teorias absurdas, do egocentrismo, para que, de uma forma inteligente, denunciar e clarear a realidade consumista que está aí na nossa frente e que não temos olhos para enxergar. Ou não queremos.

MAIS GRÃO

Como se não bastasse ser "fugurinha carimbada" no mundo dos fanzines, Grão está se enveredando no universo dos livros. Recentemente foi convidado pela Ugra Press para ilustrar o primeiro livro de contos de Leandro Márcio Ramos, o Tudo que é grande se constrói sobre mágoa.

A publicação foi feita de forma totalmente manual, com uma montagem peculiar, feita uma a uma. Acompanhe aqui todo o processo de produção.




LANÇAMENTOS


O Cortex, e o Tudo que é grande se constrói sobre mágoa serão lançados no próximo sábado, 10 de dezembro, no Hotel Tee's, em São Paulo, conforme exibe o cartaz abaixo.
Na oportunidade, Grão também lançará um pôster e uma camiseta de tiragem limitada com suas ilustrações.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

AMPLEXOS - MANIFESTA EP


Saiu hoje, 7 de dezembro de 2011, o EP Manifesta, da banda Amplexos. Saiu virtualmente, fique claro: você pode baixar o EP, com 3 sons, clicando aqui.

A banda é de Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro, e a sonoridade pode ser classificada como "música negra", segundo Guga, guitarrista e vocalista. "É onda boa", completa. Em português, com produção de Buguinha Dub, Jorge Luiz Almeida e da própria banda, Manifesta é um "produto" bem finalizado e resolvido. Tem guitarra reggae, influências dub e afrobeat, e um potencial radiofônico elevado. Gravadoras, abram os olhos!

Ah, arte lindona também, com assinatura de Ana Costa, cujo projeto gráfico também ilustra o site oficial.

Fica a dica.

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

II ANUÁRIO DE FANZINES - ÚLTIMA SEMANA PARA ENVIO DE ZINES



Esta é a última semana para enviar sua publicação para o II Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas da UGRA Press.

Essa publicação é uma referência para os fanzines nacionais, se você não conferiu a primeira, veja aqui.

Segue a convocatória da UGRA na íntegra:

Zineiros, faneditores e editores alternativos: é com grande prazer que a Ugra Press lança a convocatória para o II Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas. A meta, a exemplo da primeira edição, é mapear, catalogar, divulgar e estabelecer um espaço crítico para a imprensa alternativa. A novidade é que dessa vez estamos convocando editores de toda a América do Sul, o que certamente fará do próximo Anuário uma grande referência para todos aqueles que pretendem divulgar seus trabalhos, fazer contatos e conhecer a fundo a fanedição sul-americana..

QUEM PODE PARTICIPAR?

O Anuário pretende cobrir a produção de fanzines, zines e publicações alternativas impressas em toda sua abrangência: quadrinhos, música, cinema, literatura, arte urbana, espiritualidade, perzines, artzines, queerzines… vale tudo! Não existem restrições temáticas, mas boletins partidários ou religiosos (como órgãos informativos de igrejas, por exemplo) serão desconsiderados. Publicações experimentais e autorais, como sempre, são mais do que bem vindas.


COMO PARTICIPAR?
1 – Envie sua(s) publicação(ções) para o seguinte endereço:

c/o Douglas Junior Utescher Alves
Caixa Postal 777
São Paulo / SP
CEP: 01031-970

2 – Não esqueça de enviar também um e-mail para contato! Será imprescindível para confirmar sua presença no Anuário.

3 – Assim que recebermos o material, enviaremos por e-mail uma ficha de inclusão que o editor deverá preencher e devolver (também por e-mail). Essa ficha conterá as informações necessárias para a correta catalogação da sua publicação. Sem o preenchimento da ficha, a publicação NÃO entrará no Anuário.


Mas não é só isso!

Na edição anterior, além das resenhas dos zines, publicamos matérias sobre as Fanzinotecas brasileiras e sobre os fanzines como instrumento pedagógico. Para o próximo Anuário, gostaríamos de abordar o fanzine como objeto de estudo. Portanto, você, estudante que fez ou está fazendo monografia, dissertação, artigo ou documentário sobre o tema, entre em contato e conte-nos mais sobre sua pesquisa!


DEADLINE
As publicações devem ser enviadas até 10 de dezembro de 2011. Material enviado após essa data ficará arquivado para o Anuário seguinte. Portanto, não deixe para a última hora!

A publicação do anuário está prevista para março de 2012.


CONTAMOS COM SUA COLABORAÇÃO!


Se precisar de algum outro material, entre em contato pelo e-mail ugra.press@gmail.com

PERGUNTAS FREQUENTES

Participei do anuário do ano passado. Posso participar deste também?Pode e deve! Caso tenham sido lançadas novas edições da sua publicação neste meio tempo, não deixe de enviá-las.

Eu edito várias publicações diferentes. Posso mandar todas?Sim. Todos os títulos recebidos serão resenhados.

Minha publicação está na vigésima edição. Posso mandar todas?Sim, mas por questões práticas só serão resenhadas as 3 edições mais recentes.

Ao invés de mandar uma cópia física da minha publicação, posso enviar um arquivo PDF?Não. Um dos aspectos que nos interessam é justamente compreender como são impressas as publicações alternativas atuais.

Minha publicação circula apenas em versão virtual (um arquivo PDF, por exemplo). Posso enviá-la?Não. O foco do Anuário são as publicações impressas.

Se eu enviar minha publicação, eu receberei um Anuário em troca?Infelizmente, isso não é possível. O Anuário é volumoso e de produção relativamente cara para nós. Arcar com os custos de impressão e envio para todos que participarem está muito além das nossas possibilidades. O que fizemos na primeira edição e continuaremos fazendo na segunda é determinar um preço especial para os participantes. Haverá também a versão digital do Anuário no formato PDF, distribuída gratuitamente.

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Vai deixar seus fanzines fora dessa??

sábado, 3 de dezembro de 2011

CELTON - LACARMÉLIO CIDADÃO HONORÁRIO DE BELO HORIZONTE



Um dos posts que mais gerou repercussão nestes mais de três anos de ZINISMO foi o de Celton, um herói brasileiro. O post contava a história do mineiro Lacarmélio Alfêo de Araújo que no maior exemplo do-it-yourself, desenhava, publicava e vendia suas histórias em quadrinhos nas ruas de Belo Horizonte e outras cidades brasileiras.

Gostamos tanto da entrevista que também a publicamos no ZINISMO impresso, edição comemorativa de dois anos.

Eis que, há uma ou duas semanas, recebo de Lacarmélio um e-mail com o seguinte recado:

"Oi Flavio,

Espero que esteja tudo bem com você.

Ganhei o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte e estou escrevendo para te convidar à solenidade de entrega, que será uma festa muito legal."


Ficamos muito felizes com a justa homenagem da cidade de Belo Horizonte ao incansável herói brasileiro, lembrando que Lacarmélio utiliza como cenário das histórias de Celton justamente a sua cidade natal.

Parabéns Lacarmélio, você é um exemplo de luta, empreendedorismo e perseverança para nós, independentes.



Abaixo reproduzo a entrevista originalmente publicada em maio de 2009.

O trânsito de São Paulo já gerou oportunidade para muita gente: vendedores de amendoins, limpadores de vidro e até os famosos faquinhas. Mas, por mais incrível que pareça, ele ainda pode oferecer surpresas. Vestido em um impecável terno amarelo, com uma placa com letras garrafais, Lacarmélio Alfêo de Araújo anuncia: "Leia Celton — Estou vendendo revistas em quadrinhos que eu mesmo fiz. R$ 2,00 - 32 páginas. Neste número: O Caçador de Emprego".

O marketing funciona, uma buzina basta e Lacarmélio corre por entre os carros vendendo o gibi de seu personagem Celton.

Celton não usa capa nem cueca por cima da calça. É um herói brasileiro que vive suas aventuras nas ruas de Belo Horizonte. Dotado de uma força física acima do comum, capaz de correr mais rápido que um automóvel e até mesmo de levantá-lo (poderes que praticamente não usa porque é discreto como todo bom mineiro), aliada a fortes princípios morais e éticos, ajuda as pessoas a melhorarem suas vidas entre um conserto de moto e outro em sua oficina.

A história de Lacarmélio também tem muito de heróico e parece com a de muitos brasileiros. Nascido numa pequena cidade mineira, já foi engraxate, vendeu picolé, trabalhou como auxiliar de escritório, escriturário, desenhista de publicidade (em Belo Horizonte) e tentou a vida em Nova York cantando Beatles no metrô. Criou o personagem “Homem Felino” – identidade secreta de Celton - e a partir de 1975 fez várias viagens a editoras em São Paulo e no Rio de Janeiro para tentar vender seus projetos (uma dessas, de bicicleta a São Paulo, durou quatro dias).

Cansado de receber “nãos” resolveu apelar para o “do-it-yourself”: fez um empréstimo bancário e lançou Celton (feito em off set) por conta própria. Nas bancas foi um fracasso de venda. Passou a vender a revista pessoalmente nas ruas de Belo Horizonte e então conseguiu êxito. Já deu entrevista no Jô Soares, participou da Bienal do Livro e fez trabalhos para empresas como a Skol e Petrobrás.

Agora Celton (ou Lacarmélio) chegou a São Paulo onde pretende continuar sua grande aventura: viver de sua arte.


Confira a entrevista que Lacarmélio cedeu exclusivamente para o ZINISMO:

ZINISMO: Para você, quais são os fatores que levam Celton a fazer sucesso?
LACARMÉLIO: Difícil de responder. Só posso dizer que a minha dedicação à revista, tanto na produção (roteiro, desenhos, pesquisas, produção gráfica, etc) quanto na venda é total. Estou sempre ligado em assuntos populares, que possam atrair a atenção dos leitores. Ao ter a idéia de um roteiro, eu só parto para sua produção (ter uma idéia é muito diferente de produzir uma revista) se eu sentir que ela é simples e talvez possa agradar. Sei que não estou escrevendo para mim, mas para os leitores. Em resumo: dedicação, trabalho e um "feeling" que não sei explicar.

Você vive de seus gibis? Qual é a tiragem? E a periodicidade?
Financeiramente, sim. Tiragem inicial 10 mil exemplares. Não há periodicidade, alguns números são mais difíceis do que outros. Só quando começo a produção é que percebo o grau de dificuldade de cada um. Já houve revistas que fiz em um mês, e a mais demorada levou um ano.

E por que São Paulo? Qual tem sido a reação do público?
Estou aqui por dois motivos principais: 1) os engarrafamentos são maiores do que os de BH e 2) agora eu tenho um filho de 6 anos, não posso mais fazer revista só por idealismo (o que na verdade ainda é), mas também porque fazer revista é a minha profissão e eu tenho que cuidar da segurança do meu filho. Se você não tiver filho, não entenderá esta resposta.

Quais suas inspirações para a criação do personagem?

Os assuntos populares e o que os leitores comentam dos números já publicados.

E os leitores paulistanos, onde podem procurar Celton?
De momento, comigo nos engarrafamentos, exatamente como em Belo Horizonte. São Paulo é uma cidade ainda misteriosa para mim: excitante, convidativa ao trabalho, às oportunidades...

Imagino que já deve ter passado por poucas e boas no seu ofício de vendedor de gibis, poderia contar algumas dessas aventuras?
É difícil lembrar, assim de supetão. Mas positivamente falando, todas fazem parte da história da revista, todas enriquecedoras. Mesmo as experiências chatas contribuíram para o enriquecimento da história da revista.

Um recado para seus leitores:
Não desistam nunca. A revista Celton só vem conseguindo algum resultado significativo por causa da insistência. Eu só venho aprendendo a escrever roteiros simples que agradam aos leitores, depois de muitos anos escrevendo para o povo. Eu só consigo viver hoje financeiramente da revista porque com os anos eu aprendi a vendê-la. As dores no corpo, principalmente nas pernas, ao final de um dia no meio do trânsito, só eu que sei como são terríveis, assim como os calos nas mãos segurando por horas aquela placa. A saudade do meu filho de 6 anos lá em BH às vezes me leva à loucura. Ainda bem que a mãe dele é a melhor mãe do mundo e está segurando a onda na minha ausência, pois ela sabe o quanto é importante as vendas em São Paulo. Tudo nesta vida tem seu preço. Se você não pagar o preço da vitória, não queira esperar por ela.


Universo HQ.

Solenidade de entrega do título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte à Lacarmélio Alfêo de Araújo.
Câmara dos Vereadores (Palácio Francisco Bicalho).
Avenida dos Andradas, 3100 — Sta. Efigênia - Belo Horizonte - Minas Gerais
Data: 09 de dezembro/2011, sexta-feira - às 18:00 horas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

17º GOIÂNIA NOISE FESTIVAL


17 anos de Goiânia Noise Festival. Disse e repito: 17 anos. Não é pouca coisa.

Nessa décima-sétima edição, a sempre quente Goiânia receberá 33 bandas nacionais e mais 3 internacionais em duas noites de muito rock no palco do Sol Music Hall. The Bellrays, Deliquent Habits, BigBang, Siba, Cidadão Instigado, Gerson King Combo, DeFalla, Mechanics, Claustrofobia, são alguns dos nomes que se apresentarão nos dias 2 e 3 de dezembro.

Quem já foi, sabe que a vibe do festival é excelente, além do jeito sempre hospitaleiro dos camaradas goianos (Monstro crew e afins), da boa comida e do preço super justo do ingresso (na real, se comparado com São Paulo, o correto mesmo seria dizer que o preço dos ingressos é incrivelmente barato). Ou seja, balada de primeira!


Segue a programação completa:

17º Goiânia Noise Festival
Data: Dias 2 e 3 de dezembro
Local: Sol Music Hall (Jaó)
Ingressos: R$ 20,00 (meia-entrada por noite até 25/11) e R$ 30,00 (meia-entrada por noite após o dia 25/11)
Pontos de venda: Monstro Discos, Ambiente Skate Shop, Harmonia Musical, Hocus Pocus e Trupe do Açaí.


PROGRAMAÇÃO

Dia 2/12 – Sexta-feira

18h – Chacina (GO)
18h30 – Black Queen (GO)
19h – Atomic Winter (GO)
19h30 – Lady Lanne (GO)
20h – The Neves (DF)
20h30 – FireFriend (SP)
21h – Peixoto e Maxado (SP)
21h30 – Space Truck (GO)
22h – Oitão (SP)
22h30 – BigBang (Noruega)
23h – Hellbenders (GO)
23h30 – Bang Bang Babies (GO)
00h – Delinquent Habits (EUA)
00h30 – Os Haxixins (SP)
01h – Raimundos (DF)
01h50 – Cidadão Instigado (SP)
02h40 – The BellRays (EUA)

Dia 3/12 – Sábado

17h – Doentes do Amor (GO)
17h30 – Darshan (DF)
18h – Kamura (GO)
18h30 – Dry (GO)
19h – The Galo Power (GO)
19h30 – The Pro (DF)
20h – Vida Seca (GO)
20h30 – Diablo Motor (PE)
21h – Bambinos Selvagens (RS)
21h30 – Beach Combers (RJ)
22h – Kães Vadius (SP)
22h30 – Cassim & Barbária (SC)
23h – Mechanics (GO)
23h30 – Brollies and Apples (SP)
00h00 – Claustrofobia (SP)
00h30 – Violins (GO)
01h00 – DeFalla (RS)
01h50 – Siba (PE)
02h40 – Gerson King Combo (RJ)

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