terça-feira, 3 de julho de 2012

NOVO CLIPE DA LURDEZ DA LUZ

"Levante" é o novo clipe da MC Lurdez da Luz. Aliando uma música legal com uma fotografia cabulosa, o resultado é dos mais positivos. Assista logo abaixo:



Aproveitando a postagem, relembro um trecho da entrevista que fiz com a Lurdez para a revista CemporcentoSKATE, edição 149, em 2010.

Viegas: Você viveu a cena alternativa dos anos 90, mais ligada ao hardcore/punk/guitar do que propriamente ao rap. Assim, conhece as duas cenas. Onde existe mais machismo, no punk ou no rap?

Lurdez: Na verdade minha ligação é com a música, principalmente essa feita nas ruas, sem experiência acadêmica. Minha identificação foi direta com essas duas expressões que considero, quando bem feitas e autênticas, expressões artísticas e não exatamente como cenas. Mas é inevitável você ter contato com as pessoas que fazem esse som, com os eventos enfim...

No rap é mais explícito o tal do machismo, mas sei lá, no samba o machismo é de um jeito, no forró, coco, no afoxé, enfim, acho que é só o machismo da sociedade em geral como se trata de uma cultura que vem do povo. O rap estava bem mais preocupado com questão racial, em levantar a estima do povo preto. O punk vinha questionando os valores sociais, tinha um lance que eu curtia que era pregar relações igualitárias, lembro que nem pensava se isso é coisa de mulher ou não... Mas enfim, na cena hip hop atual ou de black music, que acho mais apropriado que de hip hop, não sobrou muito, tem muitas mulheres que ganham tanto quanto os caras fazendo o discurso igual, tipo respondendo a altura. “Eu tenho meu carro, cola aí me faz gozar e sai fora, eu compro minhas jóias...” É um caminho, mas não é o meu. Assim como no funk carioca tem um monte de mc´s mulheres e todas estão dançando que nem "cachorra" porque querem...

Ser musa, ser a gostosa, acho que faz parte da natureza mesmo de um monte de mina, o foda é o lance dinheirista do rap, “tenho esse Lexus e essa bunduda”, disso eu não gosto. Mas aqui no Brasil, como rola menos grana, eu acho que é outro tipo de babilônia. E sei que o mais pimp, o mais gangsta, sofre por amor também! (risos)


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