sábado, 31 de março de 2012

ZINE NO MAKE UP TIPS # 3


Zine feito pela Gabriela Gelain e sua amiga Jessica Nakaema. As duas garotas são do Rio Grande do Sul e a Jessica mora atualmente mora em São Paulo.

O zine funciona como um modo de manter a “liga” da amizade quando a distância entre as amigas se estabelece e trata de temas relativos ao universo punk/hardcore com um viés feminista.

Nesta edição entrevistas com as bandas Chuva Negra e Inseto Social, resenhas de bandas, conto de Luis Perossi (zine Meus Amigos bebem muito café), resenhas de shows, quadrinhos e textos de reflexões.

Destaque para a linguagem do zine que consegue um equilíbrio que considero
importante nas publicações do tipo: é pessoal sem ser e confessional e informativo sem cair na frieza “jornalística”.

Gabriela, que é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Santa Maria, mantém um divertido programa na rádio da universidade chamado Santa Demo (Santa Maria + Demo tape, sacou?), que é dedicado ao punk/harcore e metal e vai ao ar aos sábados às 13:00 horas, acompanhe aqui.

nomakeuptips@hotmail.com

terça-feira, 27 de março de 2012

ZINE STREET GROUND # 1 e 2

Street Ground é o novo zine feito por Rogério Alves (Last Call Zine) de Barueri – SP, que também toca o blog e os projetos do Art till Death. O autor além de fazer seus próprios trampos com “lambs” faz o zine para divulgar a cena baseando-se em três meios de expressão: o skate, a música independente e a arte urbana.


No primeiro número matéria com o ícone Raymond Pettibon, entrevista com a banda local The Push Mongos, muitas fotos de colagens nas ruas e uma entrevista exclusiva com o fotógrafo Eric Marechal, que fotografa e sai colando posters alheios nas ruas de todo mundo.


No segundo número matéria sobre a fanzinada no MASP, fotos de trabalhos nas ruas, release de bandas , CDs e Zines.


O fato do zine priorizar os trabalhos “colados” na rua, sejam stickers, lambs ou posters é um grande mérito, pois há poucos zines no Brasil que tenham como foco estes meios.

Visite também o blog do Art Till Death, Rogério sempre o mantém atualizado com eventos ou assuntos relacionados, sejam eles locais ou globais (como nos ensinaram os velhos mandamentos punks/hc).


sábado, 24 de março de 2012

LAW TISSOT - COBERTURA DO II UGRA FEST + SAO PAULO


Law Tissot certamente faz parte do grupo de pessoas que têm 48 horas dentro de um dia.

Artista, educador, zineiro, videomaker, fundador e "mantenedor" da Fanzinoteca Mutação, em Rio Grande (RS), Law esteve em São Paulo nos dias 09 e 10 de março para o II UGRA ZINE FEST.

Além de participar como palestrante, Law fez uma cobertura em video sobre o evento e também sobre sua rápida passagem pela cidade de São Paulo neste final de semana. Quem conhece o trabalho de Law sabe que seus personagens cyber-punks poderiam muito bem ter perfeitamente em São Paulo, o cenário utópico apocalíptico para suas existências.

O video extrapola os limites do festival e conta subjetivamente a história de um final de semana do artista, que transplantado de sua pacata cidade natal, teve apenas dois dias para aplacar sua fome de caos, cultura e informação. Junta se a isso a materialização da amizade com vários amigos que até o momento eram conhecidos através cartas, emails ou seus zines. Sem dúvida pouco tempo e muitas expectativas. E pode acreditar que nenhum segundo foi desperdiçado. E este video é um modo de compartilhar um pouco do que o artista viu e viveu nestas 48 horas (que no seu caso poderiam ser 96?).



terça-feira, 20 de março de 2012

ENTREVISTA ROGERIO GEO - INDIE IS DEAD!


Não é novidade para ninguém que a internet se estabeceu como uma ferramenta poderosa para o aparecimento e divulgação de artistas plásticos jovens, dentre eles muitos oriundos das culturas punks e hardcore: fazedores de zines, de cartazes, de capas de cds, graffiti e tatuagem.

Muitos destes artistas resolvem extrapolar o suporte virtual, ganhando assim espaços em publicações impressas, fazendo exposições,fabricando seus próprios zines e livretos e entrando numa rede de correspondências e troca de materiais via correio que circula no submundo postal brasileiro.

É o caso do artista baiano Rogério Geo, cujas colagens estampam além da net, publicações nacionais e estrangeiras. Recentemente lançou seu zine de colagem Fell Paper e está com a exposição individual Atrofiando a Teoria (Em papel em Espirito) em sua terra natal, Lauro de Freitas, até o final de março.

Conversamos com o Geo sobre suas influências, zines, punk rock, espiritualidade, a cena de arte independente e etc.

Confira!


ZINISMO: Conte sobre a sua constituição enquanto artista e o porquê de sua opção pela colagem.
Rogério Geo: Tive meu primeiro contato com a arte na infância quando fazia desenhos enormes no chão e em tudo que achava. Costumava sujar tudo com canetas e tintas. Desenho desde que me entendo por “gente” e sempre recebia diversas reclamações (risos)! Mas foi só na adolescência, digamos assim, que tive um envolvimento mais profundo com arte. Foi quando comecei a me envolver com o punk rock e comecei a procurar saber dessa cultura e dos artistas das capas de discos.

Eu amava a capa do Incesticide do Nirvana e achava aquilo a melhor coisa do mundo, a combinação da fúria e da arte! Queria produzir algo naquela pegada. Aí com base nessa banda fui conhecendo tanta coisa e recebendo tanta informação de arte que fui desenvolvendo meu gosto pelas collages, que vieram com as primeiras capas do Green Day, os discos do DK da galera que eu conhecia e era mais velha no punk (ficava de queixo caído quando via aqueles encartes podres cheios de collage,uma por cima da outra).

Durante o período que tive banda produzi muita coisa de letras e collage mais dadaísta para nossas capas. Com o fim da banda fiquei me sentido péssimo por não poder me expressar da forma que eu queria e foi daí que comecei a fazer esse estilo de collage que venho produzindo até os dias de hoje.


No seu trabalho, as influências parecem vir de outros lugares além das artes gráficas. De onde elas elas surgem?
Sem me delongar, tenho bastante influência de literatura e poesia regional, mas a maior referência vem do punk rock e do “faça você mesmo” que é o que motiva uma juventude a se voltar para um lado mais sentimental e artístico ao invés de bobagens e alienação juvenil. Me sinto muito feliz por não fazer parte de todos esses estereótipos de gente bem sucedida socialmente, que são empurradas garganta abaixo. Sou fã de gente como Kurt Cobain, John Frusciante, Greg Sage e Ian Mackaye. São pessoas que na minha concepção levaram o “faça você mesmo” a níveis de entendimento que nenhum intelectual metido a romancista entenderia e que fizerem jovens como eu produzir o que podem e dar o melhor de si nisso, independente da opinião alheia.


Os artistas que têm sua origem no punk ou hardcore geralmente trabalham com uma estética mais agressiva, irônica e impactante. Percebo que sua linguagem caminha por algo mais sutil e sereno. Fale um pouco sobre isso.
Sou muito fissurado em surrealismo e poesias mais singelas. Também gosto da forma com que as pessoas extraem a raiva na arte mas não sei se isso é saudável ou mesmo o mais importante. Entendo e tento respeitar que alguns se expressem melhor xingando e murmurando em sites/trabalhos ou sei lá o quê. Uma vez um certo amigo meu disse o seguinte "quem grita mais alto, normalmente é ouvido mais fácilmente". Eu assino em baixo desta afirmação. Não sei, mas não combina comigo ser ANARCHY AND DESTROY. Para agregar um público fiel e tal, prefiro ser do meu jeito mesmo( cara de cidade pequena) e procurar conhecer novos amigos do que priorizar um lado Ruim do ser humano que infelizmente já vem de natureza. Raiva e frustração fazem parte na arte, mas publico fiel ao ódio é coisa para o SEX PISTOLS (risos). Penso assim, eu tenho é amigos que não tive ainda o prazer de conhecer( isso não é um clichê). Daí a serenidade da coisa.

Recentemente você lançou o (zine) Fell Paper que está afinado com uma tendência que se estabelece no Brasil de alguns artistas mais jovens encararem naturalmente os zines como suporte para suas artes e também de se envolverem na rede de troca de cartas e publicações. Fale sobre o Fell Paper e sobre este movimento.
O fell paper é um sonho antigo na verdade, porém materializado recentemente com bastante suor e a ajuda de alguns amigos como o Raom B e a Karin Cristina, que ajudaram na edição.

Antes dele já tive alguns outros mais “punks”. Sem querer pagar de Old school, esse não é o primeiro zine e nem vai ser o último. Assim espero. Já fiz alguns antes e tudo mais e falando sobre esse ”movimento” acho muito bonito. Acho romântico você receber um zine em tua casa nos tempos de hoje. Com cartinha então é de chorar cara! Eu tenho uma pá de zine de amigos aqui e também uns antigos de anarco punk/libertário, feminismo e etc, tem também uns de collage gringa que os amigos estrangeiros mandam. Curto muito ter publicações em zines e dou maior valor a quem faz essa intervenção, acho muita atitude pensar nessa forma de produção como divulgação pessoal e acho mais lindo ainda quando essa produção se torna coletiva.


Você é um artista que tem transitado por publicações impressas e também utiliza muito a internet. Como você lida com ambos os suportes?
Gosto de ambos, mas para ser sincero fico muito feliz quando rola impresso, o fato de tocar sentir o cheiro e ver que vai gerar uma agregação de mão em mão e entre amigos e amigos é muito agradável. Porém, publicações como a (Numero Único) do Fábio A e a SoLocos entre outras me deixam emocionado, porque ali tem tanta amizade e coletividade que conseguem derrubar a concepção de impresso que tenho. Acredito que deveria ser assim cara, as pessoas dão pouco valor para a produção virtual, é entendido como algo banal, que qualquer um pode editar com um programa vagabundo, mas no futuro essa galera acostumada com esse facilidade "de tudo muito rápido" vai dar valor a nomes como Fábio A dentre outros.


Como é o seu processo de criação?
Meio caótico: um bolo de papel amontoado no chão e nas cadeiras, tinta pra caramba e um monte de material. Daí começo fazendo muitas camadas de texturas a fio pra depois pensar na constituição dos personagens. As vezes fico dias, semanas e só consigo finalizar quando me sinto bem espiritualmente.

Você está com uma exposição em cartaz em Lauro de Freitas, sua cidade natal. Como foi expor pela primeira vez seus trabalhos numa individual?
Emocionante! Todo mundo que eu esperava foi e também muita gente que nem sonhava conhecer. Valeu muita a pena pois abriu algumas portas que só estavam fechadas por falta de uma ação mais direta da minha parte. Rolaram inclusive alguns convites que só posso divulgar futuramente, mas uma coisa é certa, logo, logo vou materializar alguns papos com amigos de longe e conhecer a natureza de certos lugares que só pude ver em filmes e fotos.


Compartilhe conosco um pouco da cena de colagem punk que assola o
Brasil.

A produção nacional de colagens sem duvidas está de parabéns. Aqui estão alguns dos melhores. Tem tanta gente boa que me perco na lista, mas ai vai: Fábio A, Rael Brian, Bá, Mauricio Planel, Marcia Albuquerque ,Camila Martins, Marcel Lisboa, Kauê Garcia, Alex Vieira,Gustavo Rocha, Abu entre tantos outros que colam, literalmente na cena. Espero que cresça cada dia mais e mais e que não precisemos ficar ouvindo ressaltes de vanguardas da “arte punk”. Que possamos criar nossa cena de forma sincera e jovem, não me importo com o termo “jovem”, acho que ser “jovem” é um estado espiritual, alguns são jovens demais para se entregar a arte e outros estão de corpo e alma nela, cabe a cada um fazer sua escolha.

sexta-feira, 16 de março de 2012

THE SHINS: O NOVO CLIPE

E que clipe! Confesso que num determinado momento do declínio dos formatos físicos da distribuição da música, e com o consequente tremor nas bases das grandes, médias e pequenas gravadoras, cheguei a pensar: "vixe, secou a fonte monetária para bancar clipes legais".

Não poderia estar mais equivocado. A crise da indústria fonográfica aconteceu quase que simultaneamente com a popularização das câmeras digitais, softwares de edição, computadores, internet, youtube e a porra toda necessária para fazer clipes sensacionais com baixo orçamento. Ou mesmo aqueles com orçamentos mais generosos, mas mesmo assim absolutamente mais baratos que alguns anos atrás.

Enfim, disse tudo isso quando na verdade queria dizer apenas o seguinte: veja o novo - e sensacional - clipe da banda The Shins:



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NICK HORNBY DE SAIA?




"Você precisa ler esse livro". Foi essa mensagem que encontrei no meu perfil do Facebook dia desses, deixada por uma grande amiga. "A Visita Cruel do Tempo, de Jennifer Egan".

Pois bem, terminei a leitura.

O livro trata, basicamente, da passagem do tempo. Na forma de um romance muito bem elaborado, a autora trabalha com diversas personagens, costurando histórias e alternando narrativas. Isso é a grande marca de estilo do livro: cada capítulo mira numa determinada "pessoa" (ou grupo de pessoas), pulando no tempo e, em especial, mudando o tipo de narrativa. Parece confuso (as vezes quase fica mesmo), mas quando você pega o ritmo, fica tranquilo. Não é, portanto, daqueles livros que você pode começar hoje, ficar três semanas sem ler e então tentar retomar. Aí não vai funcionar. Tem que ler numa "tacada só".

O romance começa e termina em New York, com umas duas décadas de diferença entre o primeiro e último capítulo. Da inocência à realidade, dos sonhos aos remorsos, do "tudo podemos" ao "isso é o que nos resta". Diz muito aos trintões e quarentões, mas dialoga com qualquer idade. São coisas duras para serem lidas/enfrentadas, mas são coisas quase inevitáveis.

A Visita Cruel do Tempo move-se por um universo de cultura pop alternativa, se é que existe esse termo. Bandas de garagem, músicos temperamentais, músicos frustrados, selos fonográficos, empresários, drogas, uma chupeta na balada, citações (muitas citações) a músicas e artistas famosos (NOFX, David Bowie, Hendrix), enfim, toda aquela gama de elementos/situações que também permeia a obra de um outro escritor, o inglês Nick Hornby. Não estou dizendo que o estilo de escrita é semelhante, mas sim que os temas (cultura pop/rock/algo indie) e o "público alvo" (trintões) pagam sim um certo tributo ao Nick Hornby. Motivo pra não ler o livro? Pelo contrário, MOTIVO PRA LER!

Pra finalizar, vale citar que a capa da edição nacional (ed. intrínseca) tem uma bela ilustração do Rafael Coutinho, artista da Choque Cultural e filho do grande Laerte.

Zinismo recomenda!

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quinta-feira, 8 de março de 2012

NOVO VIDEOCAST DO PARTEUM

Nosso camarada e artista de múltiplos talentos, Parteum acaba de disponibilizar o novo episódio da sua série de videocasts chamada Raciocínio Quebrado. Confira logo abaixo o Ep. 02:

Raciocínio Quebrado | Ep. 02 from Parteum on Vimeo.




E se você ainda não baixou o mais recente EP do Parteum, intitulado A Autoridade Da Razão, aproveite pra fazer isso agora, clicando aqui.

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terça-feira, 6 de março de 2012

MOZ CHEGANDO...

Então aconteceu: os shows do Morrissey no Brasil estão chegando. Para ir preparando o espírito para as apresentações, resolvi republicar as duas últimas resenhas do Moz que escrevi para a CemporcentoSKATE. Logo abaixo:


MORRISSEY - ringleader of the tormentors

Aproveitando o bom momento da carreira - graças ao sucesso do antecessor you are the quarry - Morrissey foi ligeiro e em menos de dois anos já apresenta um trabalho novo. Ringleader of the tormentors não é tão bom quanto o anterior, mas tem canções fantásticas como em qualquer disco do Moz: “you have killed me”, “in the future when all´s well” e “on the streets i ran” inauguram a parceria de composição com o novo guitarrista Jesse Tobias, e comprovam a capacidade do velho Moz para escolher os músicos da sua banda. Alan Whyte, mesmo de saída, foi co-compositor da maioria do disco, em especial da excelente “to me you are a work of art”, que exala The Smiths por todos os poros.

[resenha publicado originalmente na edição 110 da CemporcentoSKATE]



MORRISSEY – greatest hits

No final de 2007 Morrissey assinou contrato com o selo Decca, e esse é o primeiro lançamento na nova casa. Trata-se de uma compilação com músicas dos seus últimos dois discos (you are the quarry e ringleader of the tormentors), com o acréscimo de quatro hits do passado (incluindo a ótima “the more you ignore me, the closer i get”), um cover e duas inéditas. O cover de “redondo beach” (Patti Smith) já havia saído num single em 2005, que não foi lançado no Brasil. Das inéditas o destaque vai para a narcisista “all you need is me”, que tem uma daquelas melodias classudas e lindas que Morrissey parece fazer sem grande esforço. Sinal de que o novo álbum – prometido para esse ano – deve vir repleto de pepitas. Resta aguardar...

[resenha publicado originalmente na edição 122 da CemporcentoSKATE]

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E, como um anexo, seguem alguns posts (aqui do Zinismo) relacionados com o Moz:

- a melhor formação das bandas do Moz;

- breve análise do Years of Refusal;

- "E agora, Moz?"

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domingo, 4 de março de 2012

PALESTRAS E DEBATES - II UGRA FEST



Um dos pontos especiais do II UGRA FEST ZINE são as palestras.

O critério para seleção dos temas e dos palestrantes do evento deste ano foi principalmente trazer discussões relevantes e que abordassem questões presentes no contexto atual de produção de fanzines no Brasil.

A primeira Palestra do dia é com Nenê Altro.

Muita gente quando ouve seu nome associa imediatamente às bandas das quais é vocalista, principalmente o Dance of Days.

Mas além da produção musical, Nenê se movimenta por outras produções independentes, como é o caso dos fanzines. Nenê é fanzineiro desde 1987 e é neste meio que propaga com alguns convidados selecionados, idéias políticas, pensamentos sobre a cena independente do punk e do hardcore e mil outras coisas.

Publicou durante muito tempo o jornal Antímidia e agora está na ativa com o PEST. Seus zines têm tiragem não inferior a 5000 cópias e são gratuitos, demonstrando uma habilidade notável de Nenê em tocar suas publicações, inclusive em um aspecto delicado e que aflige a maioria dos produtores de zines: seus custos.



A segunda palestra é com o Law Tissot.

Fanzineiro desde 1984, com o fanzine Mutação. Editor – desde então – de tantos zines que a memória não alcança mais. Colaborou em mais outros zines mundo afora, com textos, colagens, desenhos e quadrinhos. Tocou em bandas punk, gótica (dark?) e cyberpunk. Publicou no Cybercomix nos anos 90 a série “Tribos Urbanas do Século XXI” que posteriormente deu origem a série “Cidade Cyber” publicada na revista independente Areia Hostil, co-editada ao lado do Lorde Lobo entre 2001 e 2006. O Areia Hostil ganhou um HQ Mix em 2006, também. Formado em Artes Visuais licenciatura e na pós-graduação em Poéticas Visuais. Trabalha como diretor, produtor e editor de vídeos na Rede de Pontos de Cultura da Universidade Federal do Rio Grande e no Ponto de Cultura ArtEstação.

Lançou diversos documentários, curtametragens e clipes. Mantém a Fanzinoteca Mutação no Ponto de Cultura ArtEstação. Quase sempre fica isolado na sua aldeia, localizada na cidade do Rio Grande, extremo sul do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, às vezes, arrisca algumas aventuras em outros territórios, em outros mapas, como é o caso de sua incursão pelas terras paulistanas no UGRA FEST.



A última palestra é com ilustre desenhista Marcatti.

Francisco Marcatti é o maior nome dos quadrinhos underground do Brasil.
Fundou a Editora Pro-C em 1980, quando comprou uma ordinária impressora offset de mesa e deu um verdadeiro olé no esquema tradicional das editoras, publicando suas próprias revistas e títulos de outros artistas. Nesta época publicou o primeiro livro do autor Lourenço Mutarelli.

Tornou-se nacionalmente conhecido ao desenhar a capa do disco “Brasil”, da banda Ratos de Porão, em 1989 e ao publicar na lendária Chiclete com Banana.
Ao longo de mais de 3 décadas de produção, abocanhou o prêmio Jayme Cortez de incentivo aos Quadrinhos e nada menos que 4 prêmios HQ Mix consecutivos na categoria Publicação Independente.

Já teve lançamentos pelas editoras Opera Graphica, Escala, Conrad e Devir.
Atualmente, entre diversos projetos pessoais autopublicados é também colaborador da revista MAD.



Após as palestras, teremos o Debate “Quadrinhos Independentes: Opção ou Condição?”, que contará com a participação do Marcatti, do Law Tissot e também do Thiago Spyked. A mediação fica por conta do quadrinista Will.
O tema debate surgiu mediante a realidade de que há um grande número de zines e publicações independentes voltadas para o segmento de histórias em quadrinhos.

Thiago Spyked é o mais novo dos participantes do debate. Nasceu e vive em São Paulo, começou a publicar seus quadrinhos em 2004 e continua até hoje. Formado em Design gráfico no Mackenzie, trabalha como designer gráfico e ilustrador em mercado editorial e publicitário, dá aulas de desenho e quadrinhos pelo projeto Zines nas zonas de Sampa desde 2010.

Fundou e coordena a editora Crás na qual trabalha publicando apenas obras em quadrinhos nacionais e já teve atuações em diversos eventos do segmento anime/mangá, Fest Comix, Virada Cultural, Semana Temática de Quadrinhos no CCJ, Mercado Mundo Mix, Centro Cultural Vergueiro, FIQ . Atualmente a editora além de publicar suas obras, ainda possui todo know-how de produção dos produtos derivados das publicações, e também presta serviços no segmento publicitário e institucional sempre procurando fazer diferença nos quadrinhos nacionais.

Thiago também publica alguns vídeos na internet onde faz discussões bem humoradas sobre questões interessantes do universo dos ilustradores e quadrinistas.



Will é ilustrador e quadrinista, um dos responsáveis pela criação do fanzine Subterrâneo (2004). Em 2007 ganhou dois Troféus HQMIX, e recebeu menção honrosa de Melhor Desenhista no 1º Troféu Alfaiataria de Fanzines. Em 2008 criou o personagem, Demetrius Dante. Em 2011 publicou Ciranda Coraci e O Senhor das Histórias, ambos em parceria com o roteirista Wellington Srbek e, de forma indepedente, O Louco, a Caixa e o Homem, com o roteirista Daniel Esteves. Participou da coletânea MSP+50 (2010), tem trabalhos publicados na revista Front e nas publicações independentes: JAM, Tempestade Cerebral, Garagem Hermética entre outras. Lançou duas revistas do Sideralman (2007 e 2009). Participa do Quarto Mundo e do Petisco.

Programação Completa:

DIA 9 DE MARÇO, SEXTA-FEIRA, ÀS 21h
Local: Sattva Bordô – Praça Roosevelt, Nº 82 – Centro – São Paulo / SP
Quanto: R$10

Festa de lançamento do 2º Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas.
Shows com Ajax Free, Noala e Hutt.


DIA 10 DE MARÇO, SÁBADO, ÀS 14h
Local: Casa do Fazer – Rua Humberto I, 201
Quanto: Colaboração espontânea (colabore com o que puder, se puder). Oficinas: R$20

14h: Oficina de Estêncil com Daniel Melim
Valor da oficina: R$20. Vagas limitadas.
Inscrições antecipadas pelo e-mail ugra.press@gmail.com

15h30: Oficina de Customização de Fanzines com Rodrigo Okuyama
Valor da oficina: R$20. Vagas limitadas.
Inscrições antecipadas pelo e-mail ugra.press@gil.com

17h: Palestra com Nenê Altro
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.

17h: Início da mostra Doc.Zines (
Consulte programação aqui)
Gratuito. Vagas limitadas.

17h50: Palestra com Law Tissot
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.

18h40: Palestra com Marcatti
Gratuito. Vagas limitadas. Retire senha no local 20 minutos antes do início da palestra.

19h30: Debate “Quadrinhos Independentes: Opção ou Condição?”, com Marcatti, Law Tissot e Thiago Spyked. Mediação: Will.
Gratuito e aberto a todos os presentes.

21h: Estréia dos documentários “Fanzineiros do Século Passado – Capítulo 2″, de Márcio Sno, e “Ugra, the Karma”, de Paulo Oliveira.
Gratuito e aberto a todos os presentes.

Durante todo o dia: Exposição de zines, feira de publicações alternativas, comes e bebes. Gratuito e aberto a todos os presentes.