quinta-feira, 31 de março de 2011

FANZINE LA PERMURA # 3



Recebemos do ilustrador Rodrigo Okuyama os fanzines La Permura # 3 e o “Extensas Estrias del Estensiñor”.



O fanzine La Permura, feito por Rodrigo em parceria com o quadrinista Lobo é um dos favoritos da casa. O La Permura # 3 avança ainda mais na proposta que acompanha o fanzine desde o primeiro número: quadrinhos primorosos mesclados com técnicas diferenciadas de impressão e um acabamento artesanal minucioso.



O quadrinista Lobo prossegue com seu traço clássico, bizarro, escatológico e hilário, já Rodrigo se diversifica, abrindo seu leque para diversos temas e técnicas: dos quadrinhos mais clássicos feitos com nanquim, transitando pelos coloridos digitalmente, passando por novas possibilidades como na uma história colorida com tinta acrílica e pasmem! Uma história inteira feita e impressa com Estêncil... Tudo isso vem embalado em uma capa feita com Tetra Pak, impressa com tinta para luz negra (que possibilita diferentes interpretações do desenho conforme a iluminação), que une o fanzine através da encadernação costurada manualmente!



Já o Extensas Estrias del Estensiñor mostra outra inovação do Rodrigo. Também costurado manualmente, o zine (livro, portfólio?) esconde em seu interior uma dissecação humana feita através de um desenho impresso (também em Estêncil) em folhas de papel vegetal. Esta ilustração, foi escolhida a melhor do Ilustrefólio, concurso promovido pela revista digital de artes portuguesa "Magnética Magazine".
Se você não possui um destes zines, corra atrás. Honestamente, em termos gráficos é um dos melhores e mais inovadores zines que já tive em mãos.



E atenção editoras e revistas, vou escrever em letras garrafais: RODRIGO OKUYAMA É UM DOS MELHORES E MAIS CRIATIVOS ILUSTRADORES BRASILEIROS DA ATUALIDADE. Tenho dito!
ZINISMO RECOMENDA!

terça-feira, 29 de março de 2011

JUSTICE - CIVILIZATION


Civilization, este é o nome da faixa disponibilizada na integra pelo duo frances de música eletrônica Justice, e será também o nome do novo álbum dos caras que chacoalharam o mundo interio com "Cross" o aĺbum de estreia de 2007.
Esse será o primeiro disco do Justice por uma grande gravadora, a Elektra Records.
Então, que tal conhecer o single Civilization? O ZINISMO descolou ela pra vocês! Basta clicar "play" aqui embaixo, e sair pra dançar!

Justice - "Civilization" Full Track by 1077 The End

domingo, 27 de março de 2011

J. MASCIS - NOT ENOUGH

Nós do Zinismo gostamos de Dinosaur Jr e gostamos também de animações feitas de modo primitivo, logo, gostamos duplamente do novo video do J. Mascis - Not Enough.



ZINISMO RECOMENDA!

terça-feira, 22 de março de 2011

TODOS PARA LANZAROTE!



No dia 18 de março, foi aberta ao público "A Casa", complexo que integra a casa e a biblioteca de José Saramago, em Tías, Lanzarote (Espanha). Nove meses depois da morte do ilustre escritor português, a Fundação que leva seu nome (presidida pela viúva Pilar del Río) decidiu compartilhar com o público uma parte importante da intimidade de Saramago. Mais ainda, da intimidade do casal. Celebremos, portanto. E tratemos de economizar os trocados para visitar as Ilhas Canárias! "Porque nove meses depois continuamos a recordar quem não queremos esquecer. Nunca." (trecho entre aspas extraído do comunicado oficial da FJS)

Recomendo a leitura do texto de Pilar del Río, comovente e sincero, no qual explica um dos motivos da decisão de abrir "A Casa" ao público. Leia Nueve Meses Después aqui.



...

segunda-feira, 21 de março de 2011

STINK TOWN - DIRETO DE NATAL DEAD FUNNY DAYS

DeadFunnyDays - Grunge, Guitar e Punk na esquina do Brasil - foto Mariana Moreno

Se existe algo que mesmo o Zinismo enquanto fanzine digital e, mesmo cada um de seus autores individualmentes, podem ser orgulhar desde a época dos zines xerocados, é o fato de nós sempre procurarmos evitar o até natural "bairrismo" do, como gosta de chamar o Viegas, "Sul/Sudeste Maravilha".

Sempre foi assim! É mais fácil principalmente aqui no estado de São Paulo, que todo formador de opinião, articulista, interessado em música e simples fãs, tenham mais acessos à bandas paulistas, ou cariocas, algumas paranaenses e poucas gaúchas.

Mas vejamos, na época do zine The Answer (Viegas/Grão), enquanto todo mundo falava de De Falla, Second Come, Tube Screamers, Pin Ups, The Concept, Concreteness, e talvez no máximo o Low Dream que era de Brasília, o The Answer estava mais focado nos sergipanos da maravilhosa Snooze.

Desde então, é até comum quando nos reunimos perceber que isso ainda é meio o padrão dos articulista do Sul Maravilha. A gente não entende bem, até porque hoje muito dos festivais independentes que rolam pelo Brasil são obrigatórios no Nordeste.

Natal, Maceió, Salvador, Fortaleza é obrigação no circuito e no curriculum de qualquer banda que se preze, mas ainda parecemos manter um desinterese por bandas da região nordeste. Pra alguns figurões que atuam como formadores de opinião, é mais fácil falar de Los Porongas porque é do Acre, que paulista acha que nem existe de verdade, do que falar de The Sinks, ou The Honkers, ou Bugs, ou mais antigamente do Brincando de Deus, do Inkoma (que tinha Pitty no vocal), etc. Talvez por preconceito até, mas infelizmente boa parte da mídia dedicada a música ainda parece manter isso quase como uma regra. Lembre que até o ótimo Switch Stance de Fortal só pegou por aqui porque os caras do Dead Fish faziam quase uma campanha pró Fortaleza Hardcore, mas mesmo assim o povo daqui teve a atitude blazé porque acha que na capital ele já tem tudo que precisa.

Mas como eu disse, aqui no Zinismo, NÃO!

Seria pretensão minha, na verdade é, mas posso afirmar, mesmo sem ter 100% de certeza, que os primeiros "zineiros" do Sul Maravilha a falar de Bugs ou do Fanzine Lado [R] foram os do Zinismo! E mesmo que não tenhamos sido os primeiros, garanto que fomos os que escreveram com conhecimento de causa!

E por isso, esse é mais um post da série:

O NORDESTE É MUITO MAIS ROCK DO QUE A GLOBO MOSTRA PRA VOCÊ!

Prepare sua alma para um impacto fulminate, daqueles que deixarão grandes hematomas! E, mesmo que a câimbra que por ventura dominará seu cérebro te incomode, ainda assim você não vai querer ser curado. Nunca mais!

Mas é mais ou menos esse efeito que Stink Town, o primeiro vídeo dessa retomada dos potiguares do DeadFunnyDays vai provocar em você. Bem, talvez sua praia seja outra e, nesse caso, você vai odiá-los, mas o mais importante aqui, e o grande mérito, é que: Pelo bem ou pelo mal, indiferente você não conseguirá ficar.

E é isso que arte deve fazer. Provocar, incomodar, lhe tirar da zona de conforto e viajar junto na insanidade dos artistas, ou no caso dos psicopatas por trás do DeadFunnyDays.

Pra concluir, portanto, segue o vídeo clipe de Stink Town.
Boa Câimbra!




Ah! E vale lembrar que alguns dos psicopatas do DeadFunnyDays também destilam suas psicoses no Bugs e no Lado[R].

Zinismo Recomenda e ADVERTE: TARJA PRETA - O uso contínuo pode provocar dependência!

quinta-feira, 17 de março de 2011

ELEMENTO VAZADO - EXPOSIÇÃO DE ESTÊNCIL ARTE NA MATILHA CULTURAL



Começou dia 15 (e vai até 16 de abril) a exposição Elemento Vazado no espaço Matilha Cultural. A exposição reúne cinco nomes importantes do “Stencil” paulista. (técnica do graffiti realizada com moldes vazados).

Os artistas convidados fornecem um panorama interessante do stencil, visto que além das diferenças de estilo e motivos, representam gerações distintas, mas que dialogam entre si com perfeição. Retrato disso é o mural do lado direito da exposição, composição feita pelos artistas em conjunto em apenas dois dias e que mescla os trabalhos de todos numa narrativa muito sugestiva.



O lado esquerdo da galeria mostra os artistas em outros suportes menores, como telas, fotos, pôsters, esculturas e outros, como intervenções em tampas de latas de tintas ou até mesmo o próprio molde do Stencil.





Participam desta exposição os veteranos Celso Gitahy e Ozi, dois pioneiros do stencil no Brasil, que fazem seus trabalhos na rua desde os anos 80; e representando a nova geração o coletivo Alto Contraste, Daniel Melim e Rodrigo Chã. Ao visitar esta exposição, a sensação de déjà vu é inevitável, já que reencontramos no mesmo espaço alguns signos familiares que estão por aí, espalhados democraticamente na cidade de São Paulo e arredores, como as pombas de stencil ou as figuras humanas com rosto de carro.



Fique esperto na programação no site da matilha, já que além da exposição, rolarão workshops e conversas informais com os artistas. Aliás, aproveite para conhecer o espaço, fantástico exemplo de iniciativa que ajuda na revitalização do centro velho de São Paulo.

Serviço:
Elemento Vazado - Estencil Arte na Matilha - De 15 de março a 16 de abril
Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo - Tel.: (11) 3256-2636 - Grátis e livre.


terça-feira, 15 de março de 2011

MANUFATURA # 2

Novamente o Zinismo recebe um belo texto da jornalista Juliana Sassi. Desta vez faz uma resenha do Manufatura #2, livreto/zine do nosso amigo Flávio Grão.



MANUFATURA #2 | INTEMPÉRIE

por Juliana Sassi

Em meio ao vazio da chamada arte conceitual, o trabalho do artista Flávio Grão é sem dúvida um contraponto revigorante. Desenhando com nanquim sobre couchê, traços leves e marcantes,dá forma de arte à inquietação presente em seus pensamentos.

Grão trata da problemática do rebaixamento e da fragmentação dos
indivíduos, causados pela divisão social do trabalho na sociedade industrial, e o homem em acentuado processo de desumanização.

Neste fanzine pictórico, mostra o homem que produz sua existência sem controle, seguindo o curso pretensamente natural da vida, que se perde na reprodução da existência cotidiana.

Por entre seus personagens surgem escadas, prédios, e outros objetos
que se mesclam e se refazem. Objetos criados pelo homem, mas que se confundem com ele pela característica comum de ambos serem mercadorias. Criador e criatura em conflito em um mundo que aparece invertido.

Entretanto, a necessidade humana de reconfigurar o mundo e a si parece dar ânimo aos personagens de madeira, que rumam agora ao desconhecido. Em uma das imagens, o abismo com o qual se deparam ilustra o abismo que separa o homem do que ele é e o que pode vir a ser.

E essa é a
razão que os fazem seguir para além das intempéries em direção a sua
auto efetivação.

segunda-feira, 14 de março de 2011

E VOCÊ, JÁ METEU O PAU NO #HAARP?

HAARP monte Sanford (Alasca)

Não! Eu não estou falando mal do disco do Muse!!! Pode parar de me xingar!

O projeto High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP) é uma investigação financiada pela Força Aérea dos Estados Unidos, a Marinha e a Universidade do Alasca com o propósito oficial de "entender, simular e controlar os processos ionosféricos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância"
.(Wikipédia)

Lendo assim parece inofensivo, mas desde o terremoto do Equador em 2010, o HAARP é o centro das atenções das novas teorias da conspiração! E de lá pra cá, já se falou que o terremoto do Equador, do Chile, do Haiti, da China, e claro, agora no Japão foram "fabricados" pelo HAARP! Agora parece loucura! Mas vamos lá!

Desde de o ínicio da construção do HAARP, circa 93, os fãs de Dan Brown, opa! Eu ia dizer: os teóricos da conspiração, afirmam que o projeto na verdade é uma arma, um super ultra mega fodão canhão de ions, dizem alguns.
A pressão dos teóricos anti-HAARP foi tanta que em 2002, o Parlamento Russo, através do próprio presidente Vladmir Puttin, enviou um comunicado a impressa com a seguinte nota:

"Os Estados Unidos estão criando novas armas geofísicas que podem influenciar a baixa atmosfera terrestre [...] A significação deste salto qualitativo pode ser comparada à transição de armas brancas para armas de fogo, ou de armas convencionais para armas nucleares. Este novo tipo de armas difere dos tipos anteriores à medida que a baixa atmosfera terrestre torna-se objeto direto de influência e um de seus componentes "

Tenso, né?

Então vale lembrar que, pouco antes disso, na aurora da Comunidade Européia, o Parlamento Europeu, por sua vez, através de uma resolução sobre meio-ambiente declara que o HAARP "manipula o meio-ambiente com fins militares" e solicitava que o mesmo fosse objeto de investigação da Science and Technology Options Assessment (STOA) sobre as possíveis consequências de seu uso para o meio-ambiente regional, mundial e para a saúde pública em geral. A mesma resolução do Parlamento Europeu pedia a organização de uma convenção internacional com vistas à proibição em escala global do desenvolvimento ou utilização de quaisquer armas que possam permitir a manipulação de seres-humanos.

O site da WIRED publicou em 2008 uma matéria onde o jornalista Sharon Weinberge chama o HAARP de "A Moby Dick das teorias cosnpiratórias"! E justifica o fato com um argumento que, embora não seja nenhum segredo, te deixa com a pulga atrás da orelha, mas o HAARP é do mesmo departamento que criou a Internet, a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) que por sua vez, é uma agência do Departamento de Defesa Americano! O que por si só, já é motivo pra virar teoria conspiratória.

Daí que alguém lembrou disso no twitter ontem a noite e postou o vídeo que deu origem ao longa metragem, quero dizer, a moda da teoria do HAARP em 2010. Pronto. Em segundos #HAARP era top trending!

O vídeo é esse aqui:



É claro que existem 700 mil vídeos culpando o HAARP por 70% das desgraças do mundo, mas esse é o tal vídeo do cientista político Benjamim Fulford. O início real da moda HAARP!

O vídeo é meio assustador, até porque já começa com ele falando que um ataque no Japão teria como objetivo provocar, não apenas um tsunami e um terremoto, mas atigir as usinas nucleares, o problema é que o vídeo é DE UM ANO ATRÁS!

Na verdade, não fosse esse detalhe, ou melhor, esse flashback da paranóia da Guerra Fria, explosões nucleares e radiotivas, eu nem teria dado atenção ao HAARP, mas logo que rolou a imagem da explosão, muita gente lembrou desse vídeo.

Mas é meio tosco e até clichê ficar culpando os Illuminatti, a Franco Maçonaria e outras Sociedades Secretas por tudo que acontece, até porque, mesmo que maçons, illuminattis, skull and bones, rosas-cruzes, seja lá que for, estejam por trás da Grande Conspiração, pode esquecer esses nomes. Ora, Sociedades Secretas deveriam, primeiro: SEREM SECRETAS! Depois, o fato de ser uma sociedade oculta dos olhos do mundo vem desde que a matemática começou a confrontar a igreja católica (e há quem diga que o Império Romano declinou!). Imagina que Newton manteve trancado, por anos, ensaios matemáticos que qualquer criança aprende na quinta série hoje. Trancado porque, segundo a igreja, era alquimia. Burn The Witch, diria Josh Holmes!

Exemplo: Uma das mais remotas sociedades secretas era chamada de Pitagorianos. E adivinha qual era o grande segredo? Isso mesmo!!! O Teorema de Pitágoras!!!

Por que? Ora, constrói a Grécia, Roma, todo o velho mundo, conquiste a Turquia e a Pérsia, o Oriente Médio e faça tudo isso sem nenhuma calculadora moderna, e sem saber como estabelecer um ângulo reto matematicamente perfeito!

Lembrando que a origem de TODAS essas sociedades até a mais famosa delas, a Franco Maçonaria, eram sociedades de construtores, arquitetos, até a divindade (não interessa sua religião) dentro de uma Loja é sempre chamada de GAU ou GAUTU (Grande ARQUITETO do Universo).

Ou seja, assim como hoje o Teorema de Pitágoras é curriculum escolar, logo, não há necessidade de uma sociedade se manter secreta, mas os segredos que não vazaram devem ser mantidos, daí se cria outro nome pra sociedade! Simples e lógico assim.

Então, se hoje todo mundo (culpa do Dan Brown!!!) conhece esses nomes todos, melhor esquecermos a importância deles, porque os segredos que não foram revelados, continuam guardados sobre um novo nome, uma nova ordem! Opa, NWO!!!

Mas nem tudo é maldito no HAARP, na verdade, como o projeto funciona como um aquecedor ionosférico, é similar a numerosos aquecedores desse tipo existentes em todo mundo, mas com um grande número de instrumentos (isso lembra a boataria que o LHC iria criar um Black Hole e sugar tudo em segundos!!! E de pensar que existem aceleradores de partículas em bem menor escala que são usados ESPECIFICAMENTE para criar nano Black Holes!), o objetivo do HAARP, portanto, é o conhecimento científico da dinâmica ionosférica, não exatamente criar tsunamis, maremotos ou terremotos. Bem, ao menos oficialmente!

Enfim, não cabe ao Zinismo julgar aqui quem é culpado, mas justificando até o que o Grão escreveu no seu post inaugural e, principalmente, porque eu não aguento mais ver tweets "O que é HAARP?", achei legal levantar o bola aqui.

Agora vai lá e tweeta "O EUA é o culpado do terremoto no Japão #HAARP" e ajude o Dan Brown a escrever o próximo livro! Se é que o mundo não vai acabar antes, né?

sexta-feira, 11 de março de 2011

CINCO COISAS: JASON LEE


Sou do tipo de jornalista que costuma fazer back up. E até me arrependo de não ter back up de coisas bem antigas, da época da Rock Press, por exemplo. Ou mesmo das coisas da Cemporcento dos anos 90, na época que ainda se chamava 100%SKATE. Mas enfim, tenho um razoável arquivo dos meus textos e matérias. Fuçando nesses arquivos, aqui está uma matéria que fiz para a Revista MTV, sobre o ator e ex-skatista profissional Jason Lee. Segue o texto na íntegra, tal qual foi publicado e sem nenhuma atualização ou correção.

CINCO coisas que você não sabia sobre JASON LEE


Por Marcelo Viegas


Jason Lee é pop! Suas atuações em filmes como Dogma (de Kevin Smith), Vanilla Sky (de Cameron Crowe) e Quase Famosos (também de Cameron Crowe), transformaram o ex-skatista profissional no mais novo queridinho de Hollywood. Mas a consagração definitiva veio recentemente, graças ao seriado My Name is Earl, que rendeu duas indicações consecutivas para o Globo de Ouro de Melhor Ator em Séries Televisivas. Hoje é moda falar sobre o cara, afinal ele virou um ícone da cultura pop. E é por isso que fizemos essa lista, com cinco coisas interessantes e pouco divulgadas sobre a história de Jason Lee.


  1. Ok, todo mundo sabe que Jason Lee foi skatista profissional. Mas poucos sabem que ele é uma lenda-viva do skate, que ganhou notoriedade no começo dos anos noventa, um dos períodos mais inovadores da história do skate. Fez fama graças a sua parte em Video Days (1991), da marca Blind, um dos vídeos de skate mais cultuados de todos os tempos. O diretor era o então desconhecido Spike Jonze (Quero ser John Malkovich)...



  1. Spike Jonze levou Jason Lee para o mundo dos videoclipes, afinal foi ele quem dirigiu o clipe da música 100% do Sonic Youth. Jason aparece andando de skate ao lado de outros skaters da equipe Blind, como Guy Mariano e Rudy Johnson. Esse clipe teve alta rotatividade na MTV no começo dos anos noventa e pouquíssimas pessoas sabem que Jason Lee é o skatista que aparece em ação nesse vídeo.



  1. A parte de Jason em Video Days é tão antológica que consagrou entre os skatistas do mundo todo uma obscura banda chamada Milk. “Knife´s Song” é o nome da música que embala as manobras de Jason. O disco só saiu quatro anos atrás, numa correção histórica que fez a alegria dos skatistas. Muito justamente o álbum chama-se Jason´s Song e traz um jovem Jason Lee na capa.



  1. As conexões musicais de Jason Lee não param por aí. Não bastasse ter virado nome de disco, virou também nome de música, cortesia das meninas do All Girl Summer Fun Band. Elas declaram seu amor e admiração na hilária “Jason Lee”, do álbum 2, lançado em 2003 pela K Records. Diz o refrão: “Jason Lee-ee-ee, dando flips nos meus sonhos...” A prova está aqui.



  1. Ele ficou 8 anos sem andar de skate, até que em 2004 caiu em tentação e botou os joelhos pra funcionar novamente. Aproveitou para retomar as atividades da sua marca, Stereo, em parceria com o amigo e skatista Chris Pastras. Para celebrar o retorno rolou até uma exposição, com os quadros de Chris e as fotografias de Jason. Pois é, fotógrafo e empresário, além de ídolo do skate e do cinema!



Go co-captain, go!

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sábado, 5 de março de 2011

EMAIL+MICHAEL STIPE+BONS AMIGOS = ROCK TRANSCENDENTAL, OU APENAS UMA BOA HISTÓRIA!

Michael "O Messias" Stipe durante apresentação do REM no Rock in Rio 3 (13/01/2001)


E lá vamos nós mergulhar em nostalgia de novo!!

Mas dessa vez a culpa não foi minha! Dessa vez a culpa foi do Gustavo AZ (Pale Sunday/Std11)! Até a ideia de transformar tudo num post, foi dele! Embora o culpado mesmo de tudo isso, no fundo, foi o ex-sorveteiro e messiânico Michael Stipe!

Bem, acho melhor contar a história antes de julgar os culpados!

Sexta de manhã, o AZ (Eizi para os íntimos!) mandou via email o álbum Collapse Into Now, o mais recente trabalho do R.E.M. - NOTA - agora é a hora de você brigar com aquele povo que te manda mensagens animadas de gosto questionável e correntes ridículas por email! - entre eu, o Viegas e o AZ, o que mais se compartilha via email são: álbuns, vídeos, raridades e toda sorte de histórias roqueiras!

Até aí normal! Isso é comum. O incomum e inusitado foi o fato de o AZ ter mandado esse email apenas para mim e para o Viegas. Acredito que ele mandou pra mais gente, mas o email que eu e o Viegas recebemos tinha apenas nossos endereços eletrônicos como destinatários. E por uma dessas deliciosas coincidências, o fato é que nós dois tivemos um momento inesquecível e, como já dito por aqui, messiânico no show do REM. Acho que o AZ nem lembrou disso quando enviou o email.

Para concluir a história e fazer entender porque um email, o R.E.M. e grandes amizades que se iniciaram através e unicamente por conta do RÓQUI, deram origem a esse post, vou copiar o email de resposta que enviei aos meus comparsas:

[quote]

Caralho!!!

Nem sei se vc sabia disso, mas os dois mulekes vagabundos que receberam seu email Eizi, tem uma história, digamos "MESSIÂNICA" com R.E.M., ou mais precisamente Mr. Michael Stipe - O Bruce Dickinson do college rock:

Um dia lá no Rio de Janeiro, estávamos os dois doidões, depois de Beck (nesse caso o músico não a plantinha de Deus!) e Foo Fighters, "Timothy Leary Guidance" e antes disso ainda, meia hora fingindo que erámos fãs de Barão Vermelho para chegar perto do palco, quando o REM começou o show de (agora) número 2 no top five desse que vos fala (era o 1 até o Mars Volta no SWU).

Que o Michael Stipe é o carisma em pessoa eu até imaginava, por isso Bruce Dickinson do college rock, porque tanto em um show do Iron como no REM os front men são tão foda, que mesmo que eles falassem pra todo mundo ficar pelado em Javanês, com certeza todo mundo iria entender e obedecer! Sério, foi uma das sensações mais doidas que eu já senti, e nem era tudo por conta da lisergia que derretia meu cérebro, o mérito é do Stipe mesmo! Porra o cara apareceu vendendo sorvete naquelas vans americanas no Pete & Pete!!!

Bom, eis que de repente, acho que em "Stand" ou "Losing my Religion", Michael Stipe desceu do palco. O esquema do PA era desses modernos que fica um vão dividindo o público no meio do palco e forma uma espécie de passarela, como foi o Claro que é Rock que teve Stooges, Flaming Lips, NIN, Sonic Youth, lembra? Enfim, Michael desceu e veio, veio, veio, de repente ele passou bem ao lado de onde eu e o Viegas estávamos, coisa de poucos metros mesmo, tipo dava pra ver o lápis de olho que ele tava usando borrado pelo suor.

Foi automático: eu e o Viegas nem sequer nos falamos, nem mesmo nos olhamos. Nós dois simplesmente começamos a correr ao lado do cara por um tempo! Ninguém entendia nada! Nem o público que via dois retardados se esbofeteando com todo mundo para seguir o Messias como os mais fervorosos apóstolos e nem mesmo a gente... simplesmente fomos, ou melhor, nos sentimos completamente atraídos pelo rock, como se fosse nossa obrigação segui-lo e saudá-lo. É isso! Nem foi tão o Michael Stipe que passou por nós, mas o cérebro da banda que praticamente inaugurou o termo college rock. Foi uma grande e FU DI DA história de uma grande e FU DI DA banda que andou ao nosso lado! Foi realmente hipnótico, magnético e sem dúvida inesquecível!

Vira e mexe eu e o Marcelo falamos disso! Acho que no fundo, até hoje, a gente não acredita e nem entende porque a gente fez isso, e acho que é justamente por isso que ser fã de rock é algo que transcende qualquer pensamento racional, quando a entrega é total tanto da banda que está tocando quanto do público que está devolvendo essa bomba de energia pro palco, a razão acaba, é quase sexo, puro instinto e claro orgásmico!!!

É, agora que eu pensei nisso, acho que o R.E.M. voltou pro nº 1! Embora eu tenha seguido o Cedric no Tim Fest, mas não, NUNCA eu senti nada como aquilo!

Abraços! (... and i feel fine)

[/quote]

E o Viegas ainda fala que é ateu! vai entender...

Rock Salva! AMÉM!


quinta-feira, 3 de março de 2011

ZINESCÓPIO - ACERVO DE FANZINES EM PDF + ENTREVISTA COM JAMER



Uma das boas novidades de 2011 com relação ao mundo dos fanzines é o blog ZINESCÓPIO feito pelo fanzineiro Jamer.
A proposta do fanzineiro é disponibilizar semanalmente fanzines de seu acervo pessoal para download no formato PDF .

O ZINISMO tinha a intenção de entrevistar Jamer, mas como nosso companheiro de guerrilha Law Tissot foi mais ágil e fez um ótimo trabalho, resolvemos no melhor dos espiritos fanzineiros e da ética "copy-left", reproduzir a entrevista que saiu publicada originalmente no blog da Fanzinoteca Mutação. ZINISMO recomenda!



Fanzinoteca Mutação: O que te motivou a criar o Zinescópio?
Jamer: Possuo uma grande coleção de fanzines impressos. Utilizei essa coleção na minha pesquisa no mestrado (mestrado em educação, defendido em agosto de 2010, na UFRGS), inclusive como referência bibliográfica. Utilizei também em algumas oficinas que ministrei. Hoje em dia com o acesso à informação online e cada vez mais rápido achei interessante disponibilizar essa coleção na internet, digitalizada. Comecei meio por acaso, digitalizei alguns zines em janeiro, e acabei colocando na rede. Na mesma semana tive a idéia de criar um blog, pra organizar e divulgar melhor. A aceitação foi imediata. 700 acessos no primeiro dia do blog, dezenas de e-mails elogiando a iniciativa. De lá pra cá, diversos contatos e colaborações. Muito bacana. O blog tem menos de um mês no ar, com uma média de 160 acessos diários. Tenho tentado postar 1 zine por dia, no mínimo.

Quais fanzines você editou e/ou participou?
Comecei a editar fanzines na escola, em 1994, no interior do Rio Grande do Sul, em Santa Maria. Fiz um "jornalzinho" da escola com a ajuda de alguns colegas, com quadrinhos e charges zoando os professores, e outros textos. Fui expulso do Diretório Estudantil na segunda edição do fanzine, devido ao material publicado, que foi taxado de inapropriado. Em 2000 comecei a escrever uma espécie de "coluna" chamada Inforégo, com crônicas, contos e resenhas de discos, filmes e livros. Enviava esses textos por e-mail e logo virou um site (e-zine) que ficou no ar em 2001 e 2002. Esse material se perdeu, e o site não existe mais. Depois editei um fanzine impresso chamado Badalhoca, sobre cultura pop em geral. Foram lançadas 3 edições, em 2004 e 2005. Na verdade o fanzine não morreu, e pretendo produzir mais números em breve. A segunda edição, inclusive, foi um projeto interessante, encartando o CD de uma banda de Santa Maria, chamada Pastor Alemão e a Murcilha da Graça. Os exemplares desta edição, na época, foram vendidas por um valor que custeasse a produção dos CDs e as cópias dos zines. Colaborei com o fanzine Dalí, de Santa Maria, e com um e-zine chamado Quimera, de Campinas/SP, entre outros sites, blogs e fanzines impressos.

Estaremos vivendo uma nova onda dos fanzines?
2011 está se mostrando um possível ano para um "revival" dos fanzines impressos, ou pelo menos um retorno da discussão sobre a linguagem e os mecanismos de ação dos fanzines. O documentário Fanzineiros do Século Passado, o Anuário de Fanzines do Ugra Press, o Ugra Zine Fest, a Fanzinoteca Mutação, o Zinescópio, a Tour de Zines que aconteceu na Bahia e em São Paulo acabaram dando uma mexida nessa cena um tanto adormecida dos fanzines. Sem esquecer dos estudos de pós-graduação do Gazy Andraus e a Editora Marca de Fantasia (Henrique Magalhães / Edgard Guimarães), que apesar de serem iniciativas de longa data incentivam e possibilitam essa movimentação e esse revival em pleno 2011. Acho que tem um charme no fanzine impresso que é imortal e parece que estas iniciativas que apesar de terem o mesmo tema como motor - o fanzine - são ações independentes umas das outras, que acabam coincidindo numa mesma época e evidenciando a potência dos fanzines em pleno 2011.

Tem acompanhado a atual cena nacional e do exterior?
Tenho me fixado mais nos estudos em educação, e utilizado a estética e a tática dos fanzines de uma forma mais pontual. Como a minha preocupação de estudo não é com a cena, com a distribuição, ou com a rede, e sim com o mecanismo articulador do “dizer” do fanzine, ou melhor, minha preocupação é com aspectos que dizem respeito à linguagem libertadora do fanzine em sala de aula, acabei me distanciando um pouco das cenas. Parei de trocar fanzines há algum tempo. O próprio Badalhoca, meu zine, em 2004 e 2005 teve pouca circulação via correio. A coisa ficou mais na mão, mesmo. Um resgate interessante dessa rede de troca e contato que se estabelece sobre o fanzine e principalmente os aspectos que levaram à sua formação é um dos aspectos mais positivos, pelo meu ponto de vista, de ações como a de Márcio Sno ao produzir o documentário Fanzineiros do Século Passado.



É possível existir zines impressos (no tradicional xerox) nesta realidade de redes sociais?
Esse é um ponto bastante interessante e atual. Outro dia eu estava pensando sobre os zines, sobre as trocas e principalmente sobre as informações. O que acontecia comigo e com muitos de meus amigos é que muita informação nos anos 90, sobre bandas principalmente, mas também sobre arte, sobre cinema e sobre quadrinhos precisava ser "garimpada". Naquela época as informações eram preciosas. Revistas como Bizz, General, as gringas, e a opinião e o conhecimento dos amigos eram a essência desse "garimpo" cuidadoso. Gravar em k7 um disco recém lançado era uma tarefa difícil, dependendo do disco e das condições. Uma banda lançava um disco lá fora e demorava meses pra chegar aqui no Brasil. Depois demorava meses pra você encontrar alguém que tivesse comprado o disco. Então você tinha um arsenal de fitas k7 virgens, levava na casa de um amigo e gravava (ouvindo) o disco todo. Agora basta um clique e uma conexão ADSL pra baixar o disco todo em poucos minutos. Os zines tinham um papel importantíssimo para a cena independente, em qualquer lugar do mundo. Era uma forma de mostrar e distribuir algo que poderia ficar restrito a poucas pessoas. O alcance do zine era pequeno, ainda assim. Hoje em dia, competir com a internet, neste sentido, é um contrasenso. Essa função o fanzine não cumpre mais, e jamais conseguirá cumprir novamente. Acho que, hoje em dia, o fanzine em papel pode desempenhar outras funções. Uma delas, por um lado, é parecida com a do vinil. Uma questão estética, de beleza e de tato. Um charme do colecionador, para o colecionador. Outra característica, que é própria dos zines é a estética suja, borrada, da colagem, do amadorismo, do xerox. Isso a internet não tem.

Quais foram os momentos zineiros mais importantes da história dos fanzines brasileiros em sua opinião?
Os fanzines surgiram como suporte para divulgação e propagação de alguns tipos de manifestação que não conseguiam o alcance do grande público, pois não conseguiam espaço em publicações. Foi o caso dos contos de ficção científica, dos quadrinhos e do movimento punk. Aqui no Brasil não foi diferente, e o momento zineiro que considero mais importante historicamente diz respeito aos quadrinhos nos anos 60 e 70. Formou uma rede que possibilitou praticamente tudo que existiu em termos de publicações alternativas de norte a sul do país dos anos 60 até recentemente. Outro período importante foram os anos 90 com os fanzines sobre música (do indie ao hardcore) e cultura pop, onde os fanzines tinham papel fundamental na divulgação de bandas e selos da cena independente nacional.

Como é a sua coleção de fanzines?
Não cheguei a fazer uma contagem da coleção, mas creio que tenho cerca de 300 exemplares de fanzines de vários lugares do Brasil, de diversos gêneros (música, quadrinhos, literatura política) e formatos. Em maior número possuo zines de música e cultura pop, e dentre os mais conhecidos posso citar Imaginary Friends, Scream & Yell, Magazine, Tupanzine, Tom Zine, Meninas Viciadas e Tudo É. Quanto às raridades um dos fanzines mais legais da coleção é o Atum, de Santa Maria/RS, e a primeira edição do Tupanzine.

Você tem bibliografia especializada no assunto 'fanzine"?
Existe muito pouca coisa publicada em português sobre fanzines e/ou mail-art. Sobre o tema tenho o livro "O que é Fanzine" (Henrique Magalhães). Também tenho outros livros que me auxiliam, mas não tratam especificamente sobre fanzines. Posso citar "A revolução eletrônica" (William Burroughs), "Mix tape - The art of cassette culture" (Thurston Moore), "Mutações em educação segundo Mcluhan" (Lauro de Oliveira Lima), "O que é Punk" (Antonio Bivar), "Kafka, por uma literatura menor" (Gilles Deleuze e Félix Guattari), “Espaço N.O. - Nervo Óptico” (Ana Maria de Carvalho), livros e artigos de artistas como Paulo Bruscky, são alguns materiais que eu utilizo bastante. Artigos, dissertações e teses sobre fanzines e mail-art podem ser encontrados online e é uma boa ajuda pra quem pesquisa o assunto. O pessoal da Zinco, uma ONG de Fortaleza/CE que hoje em dia infelizmente não está mais em atividade, disponibilizava em seu site (que está fora do ar) material deste tipo. Um material bastante interessante são os textos do rizoma, um site com um acervo enorme de textos sobre micropolítica, filosofia, arte, cibercultura e ativismo. O rizoma também está fora do ar, infelizmente, mas seus arquivos em pdf estão disponíveis na rede. Existem alguns livros sobre fanzines que são interessantes, que conheço mas não possuo, da editora Marca de Fantasia e também alguns livros importados, em inglês, que podem ser encomendados via Amazon.

Qual a importância dos fanzines neste início de século?
O fanzine possui um mecanismo de sedução interessantíssimo. Este é, por exemplo, um dos trunfos da utilização dos fanzines como suporte de experimentação em sala de aula e outras situações pedagógicas, exercitando a criatividade, a arte, a escrita, o pensamento. Esta propriedade que eu chamei de "mecanismo de sedução" é particular da essência dos fanzines, é extremamente potente, e é aí que reside, a meu ver, um dos motivos que podem impulsionar alguém, hoje em dia, a produzir um fanzine. Porque é esta característica que os distinguem das redes sociais e dos blogs. Portanto acredito que um fanzine não pode mais ser produzido com o intuito de fazer circular uma informação, pois pra isso existe a internet, que cumpre esse papel de forma muito mais eficiente (e é por isso que estamos fazendo essa entrevista por e-mail e não por carta, por exemplo, por causa de uma eficiência comunicacional). Mas um fanzine pode ser produzido atualmente com outros intuitos. Esses outros intuitos, que são diversos, e dependem de cada um, de cada anseio, é que dão importância aos fanzines impressos nos dias de hoje.

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