sexta-feira, 31 de julho de 2009

LADO [R] - PAPEL TESOURA E PEN DRIVE



Amanhã, (dia 01 de agosto) os parceiros do fanzine Lado [R] de Natal
agitam a cena alternativa com uma Mostra de fanzines com tudo que um festival tem direito: show de bandas, exibição de vídeos, disponibilização de fanzines para leitura e a distribuição do fanzine ERRADO, uma espécie de lado [R] de bolso.

O Fanzine (de papel!), que tem aproximadamente quatro anos (a primeira edição é de junho de 2005) foi idealizado por Leandro Menezes, Dimetrius Ferreira e Rafael F. nos corredores da UFRN. Nesse ínterim já lançaram 8 edições, conseguiram apoio de gráficas e patrocínios, passando de uma tiragem de 100 para 2000 exemplares, e o melhor: de graça!

A próxima edição está prevista para setembro, vale a pena prestigiar e apoiar o este digníssimo trabalho feito na esquina do continente. Longa vida ao Lado [R]!

Papel, tesoura e pen drive – como se faz um lado R. Imperdível, praticamente um tutorial fanzineiro!



Tudo Errado, video promocional do zine de bolso ERRADO:


Lembra desse som?

www.ladorsemcolchetes.blogspot.com
www.fotolog.com/ladoerre
www.twitter.com/ladoerre

sexta-feira, 24 de julho de 2009

ASCENÇÃO E QUEDA?


Open Your Mouth And Say... Mr. Chi Pig” é um documentário sobre a vida e a obra musical do enigmático vocalista do SNFU, Mr. Chi Pig. Dono de uma voz excepcional e considerado um dos grandes frontmans da história do punk/hc, Ken Chinn (sim, esse é seu verdadeiro nome) parece repetir o mesmo caminho triste de outras lendas da música: seu vício em crystal meth custou-lhe os dentes e boa parte de sua sanidade mental. Nas palavras de Dudu Munhoz, "Chi Pig lesado tipo HR. Mais um vocalista acabado pelas drogas. Sem dente..."

Assista o trailer logo abaixo, e acompanhe a produção do filme através do blog Open Your Mouth.

Stay clean, Chi Pig! O rock precisa de você!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

AUTUMN DE WILDE





As fotos logo acima (e abaixo também) são uma amostra do trabalho da fotógrafa norteamericana Autumn de Wilde. Seguindo os passos do pai, Jerry de Wilde, conhecido pelos retratos de Jimi Hendrix, Autumn vem se destacando por fotografar músicos. Fez capas para gente como Fiona Apple, Beck e The White Stripes, dirigiu clipes e colaborou com diversas revistas (Spin, Rolling Stone, etc).

Sua fértil relação com Elliott Smith rendeu muitos frutos. É dela, por exemplo, a foto da capa e todo o conceito de arte do fundamental Figure 8. Além disso, também dirigiu o clipe da música "Son of Sam", do mesmo disco. E, em 2007, lançou o livro "Elliott Smith", que traz fotos, letras escritas à mão, entrevistas com amigos e familiares, e um CD com cinco faixas.

Assim, fica a dica do Zinismo pra você visitar o site de Autumn de Wilde e conferir algumas de suas fotos.




fotos [de cima para baixo]: pavement, elliott smith, fiona apple, death cab for cutie e michel gondry.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

NOVO VIDEO TORTOISE



Depois do triplo “A lazarus Taxon” (misto de faixas raras, remix e inéditas) a banda de Chicago lança seu novo álbum, o ótimo Beacons of Ancestorship.

Reserve quatro minutos do seu dia e assista ao belo vídeo da sugestiva “Prepare your coffin”, uma ode ao concreto.



PS: o disco tem duas faixas com títulos em português: Gigante e a anti-swing, ou “swing-quadrado-impossível-de-se-dançar“ Penumbra.
Recomendadíssimo!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

TEEN AGE RIOT



Estes dias assistindo à MTV, vi o clipe da clássica “Teen Age Riot” da banda Sonic Youth, do álbum Daydream Nation, de 1988.

Muito já se falou a respeito desta música que para muitos é um verdadeiro hino “indie”, mas pouco se falou sobre o vídeo clipe que, aliás é o modo como muita gente conheceu a música. Fiz um retrospecto da primeira vez que o assisti há mais ou menos quatorze ou quinze anos e percebi um detalhe muito interessante: o vídeo só passou a ter um sentido para mim com o passar dos anos.

Na primeira vez que o assisti muito dos personagens que apareceriam em recortes eram desconhecidos, porém à medida que fui amadurecendo e me “apropriando” da dita cultura alternativa foi fazendo cada vez mais sentido tais aparições.
Hoje (após quatorze ou quinze anos) consigo entender melhor as escolhas nada aleatórias. O vídeo tem uma unidade, todos são personagens que têm algo em comum com o Sonic Youth: a integridade artística e cultural, “apesar da grande mídia”.

Achei muito foda quando há uns dois anos atrás reconheci no vídeo o quadrinista Harvey Peaker (aproximadamente aos 1min42seg), cujos quadrinhos já conhecia, mas só pude reconhecer a figura ao assistir o filme American Esplendor. Além dele, posso reconhecer Patty Smith, o Kiss, Mike Watt, Ian Mackaye, Iggy Pop, Henry Rollins, Elvis Presley e Neil Young.

E você, reconhece mais alguém?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SKABRAZOOKA?


Orquestra Brasileira de Musica Jamaicana - SKABRAZOOKA
por Edu Zambetti

"Temos o prazer de apresentar-lhes a “Orquestra Brasileira de Música Jamaicana”, idealizada pelo músico e produtor Sérgio Soffiatti e o trompetista Felippe Pipeta, em 2005 e só colocada em prática agora (...). A ideia inicial era tocar música jamaicana de raiz, ska, rocksteady e early reggae, mas logo veio a idéia de tocar clássicos da música brasileira nesses estilos. Esse é na verdade o primeiro projeto da OBMJ, que pode trazer surpresas no decorrer da sua existência(...) O jazz presente nas harmonias e improvisos faz com que a execução dessas composições nos ritmos de ska e reggae aconteça com muita naturalidade."

O Zinismo não se contentou apenas com o release encontrado no myspace desta quase inimaginável orquestra e, depois de insistentes semanas, conseguiu uma entrevista com Felippe Pipeta na busca de mais detalhes. Confira!

ZINISMO: Skabrazooka ou OBMJ? Como surgiu a ideia e qual a proposta?
FELIPPE: Orquestra Brasileira de Música Jamaicana - OBMJ, esse é o nome do projeto. Skabrazooka é mais para os gringos e para registrar os domínios na net, já que o nome é muito comprido e a sigla OBMJ, a principio, não nos agradava muito, mas acho que nos acostumamos com ela e já nos referimos à orquestra como OBMJ.
Quando Sérgio e eu decidimos montar a banda, sabíamos que tinha que ser no formato de Orquestra, na época, 4 anos atrás, começamos a pesquisar e vimos que muitas bandas gringas faziam ou pelo menos tentavam fazer versões de músicas brasileiras em ska ou reggae, principalmente de bossa nova. Aí veio a idéia de fazer versões dos clássicos brasileiros em ritmos jamaicanos, como o Ska, RockSteady, Reggae, entre outros. Aliás, a ideia de se fazer versões em ritmos jamaicanos não é nada inovador nem revolucionário, desde a década de 60 na Jamaica já se faziam versões de músicas famosas.
Pra resumir, o nome Orquestra Brasileira de Música Jamaicana é a tradução literal do que a orquestra faz, que é tocar os clássicos da música brasileira, seja ele erudito ou popular em ritmos jamaicanos.

ZINISMO: E os músicos? Percebi que só tem figurinha carimbada na formação...
FELIPPE: Pois é, a OBMJ conta com 9 músicos, guitarra, baixo, bateria, teclado e 5 sopros.
No teclado Lulu Camargo, que fez parte do Karnak e hoje toca com o Pato Fú e no projeto solo da Fernanda Takai, Marcelo Cotarelli no trompete que toca no Funk Como le Gusta e atualmente dirige a Orquestra Popular da Ilha Bela, Fernando Bastos sax tenor e flauta, toca com o Instituto, Saga junto com seu Jorge e outros, Ruben Marley trombone, isso mesmo o sobrenome do cara é MARLEY. Coincidências à parte, ele não é filho do Bob. Rafildo do Sapo Banjo, Fabinho bateria, toca com o Trio da Horta e muitas vezes com o Funk Como Le Gusta, Sergio Soffiati guitarra e ainda assina a produção da OBMJ ele fez parte da lendaria banda Skuba e eu, Felippe Pipeta, no trompete, Sapo Banjo, King Rassan Orquestra e Monjolo.

ZINISMO: Como foi tocar juntamente com o Skatalites nesta última passagem deles pelo Brasil? Como foi a receptividade do público?
FELIPPE:
A palavra que resume esse show é "emoção", primeiro porque tocamos com os caras que inventaram o Ska, em segundo porque era nosso primeiro show, estavamos anciosos para ver a reação das pessoas.
Começamos a tocar as pessoas ainda estavam chegando, mas pude ver uma galera dançando e quando olho pra frente do palco os caras do Skatalites estavam lá, dançando e curtindo as músicas. Bom, acho que não poderíamos ter começo melhor se os caras que inventaram o Ska estavam lá gostaram e até dançaram é porque estávamos aprovados hhehehe.
Depois do show eles vieram nos elogiar e trocar idéia o que pra nós foi muito gratificante e inesquecível.

ZINISMO: As experiências que você teve nas apresentações do Sapo Banjo Orquestra serviram de inspiração para a OBMJ ou são coisas totalmente distintas?
FELIPPE:
Claro que sim, essas apresentações me mostraram que era possível montar um projeto com esse porte e que o público é sedento e bem receptivo para esse tipo de trabalho. As apresentações do Sapo Banjo Orquestra no SESI tiveram recorde de público, isso só aumentou a vontade de montar uma orquestra de Ska.

ZINISMO: Quais os caminhos que a Orquestra pretende seguir daqui para frente? Disco? Show? Vídeos?
FELIPPE:
Estamos finalizando mais 7 músicas entre composições próprias e é claro versões de músicas brasileiras, que pretendemos lançar em disco ainda sem data de lançamento. No final de agosto , começo de setembro, vamos fazer nossa estréia; a idéia é tocar bastante. Temos recebido bastante convite para tocar e a aceitação da OBMJ nos surpreendeu muito. Mas nesta semana vocês podem acessar o myspace que vai ter música nova lá.

Links da OBMJ:
Myspace
Para Baixar o EP













terça-feira, 14 de julho de 2009

A HISTÓRIA DO PINHEADS


Por Marcelo Viegas

O Pinheads foi uma das bandas mais importantes do cenário hardcore dos anos noventa. O power trio curitibano marcou uma geração com seu punk rock grudento e melódico. Tocou nos (poucos) palcos disponíveis na época, lançou demo(s), compacto, participou de coletâneas e foi presença obrigatória em todos os fanzines daqueles dias pré-internet e pós-vinil. Em 1996 decidiram encerrar atividades, deixando um séquito razoável de fãs e várias boas histórias para contar.

Mas alguém precisava contá-las... E o ex-baterista da banda, Eduardo Munhoz, assumiu a missão: o trabalho começou em 2008, tomou um bom pedaço de 2009 e agora começa a ser disponibilizado, através de um blog. Nas palavras do próprio Dudu: "7 anos de punk rock/hardcore, 24 capítulos, 19 mil palavras, 93 mil caracteres, 121 imagens e 86 músicas para download. O retrato de uma banda e de sua geração. Passagens comuns a todos os grupos independentes do início dos anos 90."

Para quem viveu aquela época ou para aqueles que desejam conhecer esse capítulo importante da história do punk/hardcore nacional, a leitura é mais do que recomendada. É fundamental, como a própria banda.


Fotos: a primeira é no Junta Tribo, 1994; e essa, logo acima, no Hitchcock, em Santa Bárbara d'Oeste (sp), 1995.


terça-feira, 7 de julho de 2009

PERSEPOLIS 2.0

Você já leu Persépolis?
Já assistiu à animação?



Pois é, a graphic novel Persépolis é a autobiografia de Marjane Satapri, filha de uma família de classe média Iraniana que sobrevive às conturbadas mudanças político-religiosas de seu país. Durante a adolescência Marjane foi enviada para estudar na Europa e mergulha em um conflito pessoal: se antes o Ocidente seduzia, sua estada em Viena mostra que sua terra e suas tradições também têm seu valor.

O interessante tanto das HQs quanto da adaptação para o cinema é o ponto de vista extremamente humano. Não há como não ter afinidade com a comovente narrativa de Marjare Satapri, que mostra estas revoluções políticas epessoais por um ponto de vista muito sensível.
Quando deparamo-nos com notícias sobre países distantes, principalmente os do oriente, sempre fica aquela dúvida sobre o “filtro”, ainda mais se a notícia chega até nós pela grande mídia, corrompida até os ossos.

E hoje, ao se falar do Irã não podemos deixar de pensar nos conflitos que estão acontecendo devido à polêmica reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad (que muitos alegam ter sido ser fraudada). A internet tem sido importante nesse contexto para driblar a censura oficial e oferece notícias cruas, como o horripilante vídeo da “mártir” Neda e outros que surgiram em tempo praticamente real aos conflitos que rolaram em várias cidades do Irã.

Mas brilhante mesmo, foi a idéia de Payman e Sina, dois iranianos exilados na Inglaterra que nos oferecem possíveis respostas ao conflito ao fazer sua versão dos acontecimentos atuais com base nos quadrinhos de Marjane, batizado de Persepolis 2.0.



Em tempo, Marjane apoiou o candidato à oposição Mir Hossein Mosavi e fez a capa do último disco do velho Iggy.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CLIPE NOVO DO WRY

Depois de sete anos em Londres, o Wry está de volta. Segundo eles, para ficar. E a banda do interior paulista (Sorocaba) acaba de disponibilizar um novo vídeoclipe, de uma música do recém-lançado She Science. Assista logo abaixo:

domingo, 5 de julho de 2009

SAI NANDO, ENTRA NANDO


Uma das coisas mais interessantes - e menos comentadas - à respeito do Garage Fuzz era a longevidade da sua formação. O quinteto vinha atuando com a mesmíssima formação desde antes do debut Relax In Your Favorite Chair, de 1994. Foram quinze anos com Alexandre (vocal), Wagner (guitarra), Fernando (guitarra), Fabrício (baixo) e Daniel (bateria). Coisa rara de acontecer.

Depois desse tempo todo, centenas de shows e vários discos, a banda anuncia a saída do guitarrista Fernando. Seu substituto, por coincidência, também se chama Fernando. Portanto, sai Nando, entra Nando. "O Nando é músico da noite aqui em Santos e toca muito. Na minha opinião, a qualidade está em cima", afirma o baixista Fabrício, com exclusividade para o Zinismo.

Desejamos vida longa e boa sorte à nova formação. E os saudosos podem matar a saudade do Fernando com a foto logo acima, com sua marca registrada: o pulo e a cruzada de guitarra no ar.

foto: Luringa.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

IN EDIT BRASIL - Festival Internacional do Documentário Musical

Que São Paulo é o coração da américa latina todos nós estamos cansados de saber. Contudo, nossa cidade a cada dia que passa consolida-se de uma forma alucinada como a sístole e diástole da cultura alternativa na música e outros meios.

Não concorda? Leia o texto abaixo:


" Benvindos ao In-Edit Brasil, o primeiro festival internacional do documentário musical.



Nascido em Barcelona há 7 anos, para fomentar a produção desse gênero cinematográfico e oferecer ao público a oportunidade de ver títulos difíceis de encontrar nos circuitos comerciais, o festival é uma ideia que começa a dar a volta ao mundo. Depois de 6 edições na capital catalã, o IN-EDIT chegou há 5 anos a Santiago do Chile, e em 2009, desembarcou em Buenos Aires e Puebla (México) antes de aterrissar em terras brasileiras.

Com 29 filmes internacionais e 15 nacionais, dos quais 6 estarão em competição, o IN-EDIT BRASIL dará ao público a decisão de escolher o melhor documentário musical brasileiro inédito e que será apresentado em Barcelona em outubro.




Além da exibição de filmes, o festival contará com a presença de diretores durante algumas sessões, shows, palestras, debates e outras atividades. Entre os convidados está o diretor espanhol Fernando Trueba, ganhador de um Oscar, que apresentará seus dois documentários musicais “El milagro de Candeal” e “Calle 54”. Nessas duas semanas de projeções, esperamos que você curta seus artistas favoritos, conheça novas músicas e participe das atividades paralelas. Porque uma oportunidade de ver filmes como esses, só no ano que vem."

Eu vou votar no GUIDABLE!!! Já era. Segue aqui programação geral dos filmes que serão exibidos na mostra:

http://in-edit-brasil.com/pdf/tabela_programacao.gif
http://in-edit-brasil.com/pdf/tabela_programacao.gif
http://in-edit-brasil.com/pdf/tabela_programacao.gif



PS: Se você puder, ajude a divulgar isso. Convide seus amigos.

LUZ ao som dessa banda do vídeo acima!!!