sexta-feira, 16 de outubro de 2009

UM ANO NO MUNDO DAS CONFIGURAÇÕES



" Válido é na arte o atemporal, não o que se mede pelo tempo."


" O que de bom temos a mostrar na arte e na poesia, não resulta de uma passiva acomodação nem de algum instinto bom: irrompe de nosso caráter e compulsão interior, a maioria das vezes em luta com o dia-a-dia e suas exigências niveladoras. "


A missão vai além ao relembrar Hesse. Não optamos por usar a malha temporal quando nos referimos a arte - ao menos caso soe confortável. E sim, acredito que um fanzine é um artigo de arte. E a arte não está apenas para a arte em si. A arte se faz por que é necessário mudar. Buscar outras óticas e abrir outras portas.

Em virtude disso, creio piamente que: um ano de Zinismo não é mais importante que um centésimo de uma fração de qualquer porra onde o tempo possa fazer-se válido.

Pois cada grão de areia dessa dimensão apresenta-se injetado de inúmeras possibilidades.

Lógicamente, quando nós, Zínicos (não curto a nova língua "portugueisha"), diante da ponta do iceberg de iniciar essa empreitada não tinhamos "expectativas-de-neon".

O que fica muito bem claro se considerarmos toda a força do discurso de Viegas aliado a idéia de Grão nos posts anteriores.

Tudo que temos ainda hoje é inquietação e amor as palavras que tecem esse pano de fundo. Ainda que; possamos ter outros valores, quais ao meu ver não soam nada evidentes, este são os carros chefes.

Se você não ama a arte. Você não ama a configuração. E se você não ama a configuração. Tampouco irá reverter o quadro de tudo mal-digerado sendo enfiado goela abaixo por sua garganta.

Creio não haver muito espaço ao que é entendido como sociedade para pessoas quais tem a fuga para com o padrão como o diabo diante da cruz.

Isso é a nossa viscosa realidade. E o que mais pode ser a realidade, então?

Talvez, o que existe fora de cada um de nós ou o que simplesmente inexiste!

Será que em um ano iremos descobrir as respostas sem consultar aquela poderosa ferramente de busca? Deus? Abraxas? Google? Visnu? Buda? Você mesmo?!


E agora só nos resta assoprar essa primeira vela. Engrenagem que não emperra, impera sincera. É o ritual.


Vida longa a cada instante!

2 comentários:

  1. Cita Hesse no inico, foi genial!!!

    è o vicio de ser de certa forma subversivo. Nem precisa um ideal ou motivo, é inerente a quem é curioso.
    è delicioso ser inquieto e perguntar, mudar de opinião e buscar sempre novas direções!

    Tamo junto!

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Andarilhos do Underground: ZINAI-VOS!!!