Por Marcelo ViegasJuro que tentei. Passei o ano inteiro oferecendo e/ou tentando efetivar a realização de uma pauta que considero importante: os vinte anos do primeiro disco de rap lançado no Brasil, o clássico “Hip Hop – Cultura de Rua”. A Rolling Stone não quis, mas a CemporcentoSKATE abraçou a idéia. O Kamau assumiu a missão e – mês após mês – tentou entrevistar alguns personagens importantes dessa coletânea. Sem sucesso. Os caras parecem estar em outro ritmo, e nossa pauta naufragou...
Então, muito mais como um gesto do que propriamente como uma matéria, fica aqui no Zinismo a lembrança desse marco fundamental do rap brasileiro. Era 1988, e a lendária gravadora Eldorado colocava no mercado o primeiro disco retratando o rap produzido no Brasil. Thaíde & DJ Hum, Código 13, MC Jack e O Credo dividiam essa coleta, com duas músicas cada. Um retrato importante daquela cena que tomava corpo no Largo São Bento, no centro de São Paulo, ponto de encontro dessa galera.
Vale lembrar que as músicas do Thaíde & DJ Hum tiveram na produção Nasi e André Jung, do Ira!, e o hoje famoso Dudu Marote comandou as gravações do Código 13 e MC Jack. Uma versão em CD foi editada, creio que coisa de dez anos atrás, e trazia seis bônus.
Só pra fechar, lembro que esse disco caiu na minha mão exatamente no ano do lançamento, e por acaso o apartamento dos meus pais estava em reformas no mesmo período. Manuel, o pedreiro, já era crente naquela época, e ficava horrorizado quando eu colocava “Corpo Fechado”, do Thaíde, para tocar. “Os demônios me protejam e os deuses também / Ogum, Iemanjá e outros Santos do além...” Não havia sequer uma oportunidade na qual ele não parasse o serviço e questionasse: “Será que é verdade isso?” – “Claro que é verdade, Manuel. O cara é sangue no zóio”, eu respondia. O espírito zínico já estava comigo.
Um salve para os vinte anos do “Hip Hop – Cultura de Rua”!
Então, muito mais como um gesto do que propriamente como uma matéria, fica aqui no Zinismo a lembrança desse marco fundamental do rap brasileiro. Era 1988, e a lendária gravadora Eldorado colocava no mercado o primeiro disco retratando o rap produzido no Brasil. Thaíde & DJ Hum, Código 13, MC Jack e O Credo dividiam essa coleta, com duas músicas cada. Um retrato importante daquela cena que tomava corpo no Largo São Bento, no centro de São Paulo, ponto de encontro dessa galera.
Vale lembrar que as músicas do Thaíde & DJ Hum tiveram na produção Nasi e André Jung, do Ira!, e o hoje famoso Dudu Marote comandou as gravações do Código 13 e MC Jack. Uma versão em CD foi editada, creio que coisa de dez anos atrás, e trazia seis bônus.
Só pra fechar, lembro que esse disco caiu na minha mão exatamente no ano do lançamento, e por acaso o apartamento dos meus pais estava em reformas no mesmo período. Manuel, o pedreiro, já era crente naquela época, e ficava horrorizado quando eu colocava “Corpo Fechado”, do Thaíde, para tocar. “Os demônios me protejam e os deuses também / Ogum, Iemanjá e outros Santos do além...” Não havia sequer uma oportunidade na qual ele não parasse o serviço e questionasse: “Será que é verdade isso?” – “Claro que é verdade, Manuel. O cara é sangue no zóio”, eu respondia. O espírito zínico já estava comigo.
Um salve para os vinte anos do “Hip Hop – Cultura de Rua”!







