segunda-feira, 30 de março de 2009

A RESSACA DE WATCHMEN

Três semanas depois da estréia do filme Watchmen, adaptação dos quadrinhos de Alan Moore e Dave Gibbons, alguns pensamentos obscuros e conspiratórios vêm à tona:
Será que uma nova geração de adolescentes usará camisetas com a foto de Rorschach como novo símbolo de rebeldia e rejeição à sociedade (no lugar das famosas camisetas do CHE-Against the Machine)?

E os produtores do filme? Será que já pensando em tomar até os últimos centavos dos fãs prepararam previamente uma série de subprodutos e brindes de Watchmen?
E a repercursão e versões na internet? É de se admirar o fato de que no caso do filme muitas produções de fãs tenham ajudado ainda mais na publicidade.
Em um trabalho de paciência, o blog ZINISMO mexeu na gaveta e fez uma compilação dessas produções (ou sub-produções), pois agora que o filme já saiu de cartaz só nos resta agora viver A RESSACA DE WATCHMEN...



Para nossa viagem à Ressaca de Watchmen voltemos há alguns anos atrás, Alan Moore, ao lado dos quadrinistas Art Spielgman e Dan Clowes participou de um episódio dos Simpsons. Neste episódio é explorado de um modo hilário um dos terrores mais profundos de Alan Moore: o medo da “idiotização” de suas criações, a imagem fala por si só. É interessante notar que o próprio escritor dublou sua representação animada.



Já foi debatida neste blog a rusga de Alan Moore com o cinema, para encerrar o assunto recomendamos que assistam o documentário “The Mindscape of Alan Moore”. Trata-se de um monólogo de mais de uma hora onde o escritor debate sobre vários assuntos, de física quântica até o desenvolvimento de uma linguagem própria para os quadrinhos.



Com Watchmen surgiram tantas versões e paródias que fica difícil saber quais são as origens exatas das mesmas. Veja algumas delas:





A versão abaixo é uma das mais curiosas. Reza a lenda que uma outra versão do filme Watchmen começou a ser rodada e foi abortada. Na época surgiram boatos sobre atores que participariam ou que simplesmente tinham semelhanças físicas com os personagens. Um fã mais empolgado fez a hilária montagem baseada na clássica imagem dos personagens:



Esta outra imagem foi baseada no já clássico pôster feito pelo artista-grafiteiro Shepard Fairey para a campanha do então candidato à presidente dos EUA Obama:



Há também aquelas versões meio sem graça que nos faz refletir em como tem gente com sobra de tempo no mundo. Um exemplo disso é a versão da série “Two and a half man”, chamada de “Two and a half watchmen”:



Porém, nem só de versões sem graça vive a Ressaca do filme Watchmen. Veja esta que sintetiza os medos “pop” de Alan Moore e os reproduz em um estilo típico dos desenhos dos anos oitenta. Impagável!



Se você é fã de Watchmen e gostou do filme, um conselho: vá preparando os bolsos. Parece que serão lançadas ao menos três versões do filme. A primeira será igual à do cinema, a segunda será a versão de diretor com três horas e meia de filme e a terceira incluirá ainda o gibi (que faz parte originalmente da história) Contos do cargueiro negro, cujo Trailler pode ser visto abaixo:



Outro material interessante que provavelmente virá como bônus em um desses DVDs é o programa de televisão com uma suposta entrevista com um dos personagens do filme (O antigo coruja ) sobre o seu livro “Sobre o capuz”. Esse material foi baseado em um daqueles encartes que vinham nas HQs como reproduções gráficas de materiais e que repercutiam tanto os Watchmen quanto os Minutemen na “vida real”.



Um outro lançamento futuro em DVD será a versão em desenho (des) animado dos quadrinhos. O engraçado é que essa versão lembra as deprimentes versões da Marvel em desenho animado lançadas nos anos sessenta. Uma regressão em termos de animação. Caça-níqueis total!!!



Todo este material pode ser encontrado para download no mundo mágico da internet, basta ligar sua nave, digo PC, pegar sua capa e lanterna, digo mouse e investigar... Como faria nosso bom e ranzinza Rorschach. E uma pista indispensável... Não subestimem o Orkut! Muitos fãs se escondem por lá e disponibilizam esses pequenos tesouros para compartilhamento! Saiba procurar!

E para terminar. Uma imagem vale por mil palavras:

sábado, 28 de março de 2009

NÓS NÃO VAMOS COBRAR NADA!!!



Depois de passar os últimos 15 dias envolvido em discussões sobre os direitos autorais de obra intelectual, na Tv, em email com meus comparsas zinistas e até mesmo no meu último post aqui no blog, é com grande orgulho que anuncio a todos os usuários desse blog que à partir de agora todos os nossos textos estão sob licença da Creative Commons.
Isso significa que você pode copiar na integra ou parcialmente qualquer um dos textos aqui publicados (apenas os textos!!!) sob a condição de citar o Zinismo como fonte e/ou o autor do texto, ficando proibdo apenas o uso comercial dos mesmo!
Justo né?

Por uma internet mais livre e por um mundo menos hipócrita!

Copie-nos!!!

sexta-feira, 27 de março de 2009

NÓS NÃO VAMOS PAGAR NADA



Enquanto de uma lado, mentes tortas tiraram da rede a comunidade Discografias do Orkut (que já voltou por sinal), a APCM fecha o cerco contra os blogs e sites que distribuem séries, filmes e legendas pela rede (fui parar até no Mtv Debate do dia 17 passado por conta disso!) e já se fala até que o site Last.Fm vai ser pago em alguns países (e parece que a lista inclui o Brasil), na contra mão de tudo isso, as revistas Trip e TPM revolucionam e comunicam que a partir de agora TODO O CONTEÚDO estará disponível na rede! Com o site todo reformulado e tudo mais! Dá pra até seguir pelo Twitter.


Numa estratégia ousada e irreverente de marketing, a revista saiu dias atrás em uma versão xerocada, bem no estilo zine, e foi distribuída (de grátis!) pelas ruas e no metrô de São Paulo, além de serem enviadas normalmente para o mailing como se fosse a revista de verdade.

Então bora ler a Trip e a TPM de grátis!!!

Revista TRIP

Revista TPM

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Outra boa dica de leitura gratuita via web é o livro "Para Entender a Internet - Noções, práticas e desafios da comunicação em rede" que foi escrito em 48 horas durante a Campus Party 2009. O organizador do livro, Juliano Spyer, referência em redes sociais no Brasil, pediu para 38 pessoas, de diferentes formações e com o interesse comum em cultura web, que definessem um tema/tag naquele instante e escrevessem um texto, o resultado está aí e pode ser lido direto no blog do livro, ou baixado na íntegra para o seu computador, assim, de grátis mesmo!
Editado em 1 mês, o “beta-livro” deve ter 3 mil downloads em 24 horas.

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E já que o assunto aqui é cópia e distribuição via rede, vale saber que os blogueiros "fodões" da terra brasilis na grande maioria protegem o conteúde de seus blogs contra cópias.
Santa Hipocrisia Batman!!! Mal sabem eles que o conceito da rede é a cópia!!! Afinal, você não está aqui no Zinismo agora, mas sim, copiando ele todo para o cachê do seu PC!
Tadinhos desses meninos que ainda acreditam em Direitos Autorais de Obra Intelectual (WTF is That???).
Depois de várias gerações pós-Napster, viciadas em Dloads e catequizadas nos livros do Creative Commons e de Softwares Livres, como alguém ainda pode ter esperança em direitos autorais?

Leia, veja, saiba mais:

Roube Esse Livro

Roube Esse Filme

Roube Esse Álbum

Roube A Quinta Temporada de Lost Opa! Olha o Merchan!!! hehehe!!!

Ah, e por favor:

ROUBE ESSE POST

[post derivado, inspirado e praticamente sampleado daqui ó: Guerrilha]

terça-feira, 24 de março de 2009

SOBRE O TWITTER (EM 140 CARACTERES COMO NUM POST DE LÁ!)



Um dos maiores fenômenos da rede, viciante, vicioso e sem muito sentido. Prós e contras a parte, o mundo se contagiou com essa mania. Visite



This is Twitter!


MSTRKRFT Feat. N.O.R.E. (Twittando ao vivo) e Isis - Bounce no Jimmy Kimmel Live semana passada - ATENTE AO COMENTÁRIO DO JIMMY KIMMEL NO FINAL DO SOM








TWITTER FAIL WHALE

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GOEMON - LP - 1985 (Pai do Rogério Merda/Barfly Surfers e do Helinho do Questions)




Ontem fui comprar LP's para minha coleção que divido com a minha pequena Eduarda, aí encontrei essa pérola acima. Logo que bati o olho pensei no meu grandessíssimo amigo barrigudo horrível, mas "bô-nito"; Sr. Rogério Merda numa possível carreira solo. Depois cheguei a concluir que este seria o pai dele. Eis que fui lendo títulos como;

01 - Cachaça, rock e banchá
02 - Eu senti o cão
03 - Paola
04 - Adeus vitrines
05 - De porrada em porrada
06 - O problema é o lixo, né?
07 - Belzebu, satã, tinhoso
08 - Bom guru
09 - A boneca do meu sonho
10 - Sacana's blues


Eu pirei. E depois que peguei o release do disco onde dizia:

" Japão, Sec. XVI

Legendário marginal japonês, figura altamente subversiva, roubava dos ricos e distribuia aos pobres. Preso, foi condenado a ser fervido até a morte, em praça pública, juntamente com seu filho ainda impúbere. Para aliviar seu filho da morte lenta e dolorosa, ergueu-o nos braços e sustentou-o acima de sua cabeça. Goemon, suportou o calor do óleo que ia fervendo. Esperou até o limite, para só então, mergulhar o filho, pisoteando-o violentamente, dando-lhe a morte instantianea. as autoridades da época, para calar a revolta popular, divulgaram que Goemon ante o insuportável medo da morte, usou seu filho como escada, na desesperada e covarde tentativa de proteger sua própria vida.

Goemon Brasil: ...Meu rock, é a poética da realidade feia e agressiva... É pra dançar, ao som da crise, que faz a relação humana entrar em decomposição..."


E hoje fuçando aqui pela manhã encontrei algumas infos curiosas. O Guitarrista da banda do GOEMON é nada mais, nada menos que André Fonseca - de uma das mais genais bandas da época; PATIFE BAND, . Dizem que o melhor trampo do cara é uma demo lançada em 1993 de nome " Altamente Perverso." Para quem não tem idéia da sonoridade aí vai um link para download:

BAIXE GOEMON, Jovens:
http://www.mediafire.com/?f2lzt30tzlo


PS: Zínicos, pretendo postar coisas do gênero uma vez por semana quando não for decidido nada relacionado a semana temática.

com louvor,

segunda-feira, 23 de março de 2009

BUT THE FRENCH?


Jason Dill, pro skater e amigo do filho do Ozzy (lembra dele no reality The Osbournes, sempre descabelado e beliscando algo na geladeira do príncipe das trevas?), está na edição de abril da revista Transworld Skateboarding, numa entrevista bem interessante.

Fumante orgulhoso, Dill não se conforma com as proibições ao tabaco, além de desaprovar outros aspectos da vida moderna. E solta as feras:

O fato de um senhor francês não poder fumar um cigarro no café do seu bairro é ridículo, e é por isso que sou tão contrário a toda essa maldita tecnologia. Eu odeio e-mail, eu odeio toda essa merda. As pessoas se encontram, bebem, conversam e fumam. Tem sido assim há muitos e muitos anos. É o ambiente ideal para a elaboração de arte, idéias, linguagem e amor. /.../ Eu fico sabendo que mais um país proibiu o cigarro e não posso acreditar. O que vocês estão fazendo? Todos nós sabemos o que causa o cigarro. Você fuma, e se morrer, morreu. E se não morrer, não morreu. Mas até os franceses? Só pode ser brincadeira! Vocês deixaram isso passar? Deixaram isso acontecer? Os ingleses, bom, talvez – eu, sendo descendente de irlandês, fiquei maluco com eles. Mas os franceses? O que vamos fazer agora? Bagdá será o novo lugar da moda, pra onde Beyonce irá com o Jay-Z, e lá também será proibido fumar? Eu prefiro morrer.

É por isso que o skate é muito mais que um esporte. É por isso que tenho tanto orgulho de trampar numa revista de skate. Deu vontade de ler o resto da entrevista, né? De preferência fumando um cigarrinho...


quinta-feira, 19 de março de 2009

RADIOHEAD X KRAFTWERK

Neste final de semana acontecerá o Just a Fest no Rio de Janeiro e São Paulo. O festival promoverá o encontro entre a banda Radiohead e os velhos robôs do Kraftwerk.
Ao invés da desgastada discussão de quem deveria abrir para quem, o ZINISMO propõe duas questões de vestibular:

1- Assista aos dois vídeos abaixo e estabeleça uma analogia estética e sonora entre eles, levando em conta, época, contexto e recursos tecnológicos.





2- Acesse o link (tenha paciência)e faça uma breve dissertação sobre o vídeo interativo de “House of Cards” e seu impacto sobre a tradicional indústria do vídeo-clipe, considerando também o método de venda de “In Rainbows” como alternativa ao mercado fonográfico.

quarta-feira, 18 de março de 2009

PATINETE DE MACHO




Deixe o preconceito de lado e pire nisso. É impressionante...

quinta-feira, 12 de março de 2009

SALVEM O ARPOADOR!


O fotógrafo Eduardo Braz (CemporcentoSKATE) esteve recentemente no Rio de Janeiro, e visitou o tradicional bowl do Arpoador. Encontrou um cenário pouco otimista, que só reforçou a boataria de que o bowl está em vias de extinção.

Leia o post do Duzinho, no blog do site da CemporcentoSKATE, e assine a petição online contra a destruição do bowl do Arpoador.

Ajude a preservar esse patrimônio do Skate nacional!


foto: eduardo braz

segunda-feira, 9 de março de 2009

UMA HISTÓRIA QUE MERECIA SER CONTADA


1999. Henrique Nardi - vocalista do Remaining, designer e fã ardoroso de Bad Religion - comparece às duas apresentações da banda norte-americana em São Paulo. Uma canção do Recipe for Hate resume seu estado de espírito naqueles dois dias: "man with a mission".

A missão: subir ao palco e cantar "modern man". Para saber o resultado dessa empreitada, dê uma olhada nesse post, feito pelo próprio Henrique.

"modern man, evolutionary betrayer
modern man, ecosystem destroyer
modern man, destroy yourself in shame
modern man, pathetic example of earth´s organic heritage"

domingo, 8 de março de 2009

WHO DID WATCH THE WATCHMEN MOVIE?



Assistir a uma adaptação de uma obra para um cinema é sempre uma surpresa.
No caso da adaptação das HQs Watchmen é uma grata surpresa. Mérito ao diretor Zack Snyder: o essencial (apesar da mudança do final) está ali. Na verdade, mesmo os quadrinhos não teriam inicialmente o tamanho que nós conhecemos (12 edições). Alan Moore (o roteirista da HQ) teve que espichar o roteiro inicial por decisão da editora e a solução encontrada foi preencher tudo com detalhes. Para que o filme fosse totalmente fidedigno aos quadrinhos teríamos que ter no mínimo, uma mini-série de TV.

Cuidado na reprodução de imagens

Mas, radicalismos à parte, para quem conhece os quadrinhos é uma sensação de “ DEJA VU multimídia” indescritível ver aquelas imagens gravadas em algum canto de sua memória tomarem vida com luz, som e movimento.
Mas se engana quem pensa que o filme substitui os quadrinhos. O filme é o essencial, mas não é tudo. A leitura proporciona uma velocidade mais lenta, necessária para “digerirmos” calmamente as informações e que haja um envolvimento maior com a trama e personagens. A leitura de uma revista como Watchmen toma pelo menos umas oito horas de sua vida. Watchmen também está nos detalhes, nas transições de cenas dos quadrinhos, nos segundos planos em que ações se desenvolvem paralelamente e nos documentos de época criados por Moore. Isso é Watchmen. E é por isso que Alan Moore luta.

Minutemen. Sem Mike Watt?

Nosso colega de blog Idéia, citou a meta-linguagem dos quadrinhos quando um personagem lê um outro gibi cuja trama se mistura com a do próprio Watchmen. Bem, pensemos, é uma meta-linguagem de história em quadrinhos e não faria “tanto” sentido no cinema. Por isso talvez ela não tenha nessa versão que temos nas telas. Digo nessa versão porque os personagens que fazem o link dessa história (o jornaleiro e o leitor) aparecem, porém como coadjuvantes. Além disso, na internet há traillers sobre essa história. Arrisco a dizer que na versão do diretor, que provavelmente sairá em DVD, além da animação do Contos do cargueiro negro, a história deve vir recheada com vários detalhes que tiveram quer ser editados para que o público pudesse “engolir” a trama em duas horas e meia.

Onde está os quadrinhos dos quadrinhos? Só no DVD...

É engraçado como uma obra tão fantasiosa e cheia de artifícios pretende no final das contas tratar de algo trivial: os seres humanos. E Rorschach no final do filme me lembra Alan Moore, em defesa dos quadrinhos e contra Hollywood “sem concessões, nem mesmo na beira do amargedon”, e creia: ele está pensando em nós.

PS: Na semana que vem, não percam o texto: A ressaca de Watchmen.

quinta-feira, 5 de março de 2009

O MUNDO MAGICO DE LARRY CARLSON


O artista multimídia Larry Carlson já é bem conhecido do povo que, por questões obvias, lêem a revista High Times. Apontado como o novo rei do surrealismo, Carlson é uma mistura de Storm Thorgerson (fotografo que fez as capas do Pink Floyd, Led Zeppelin e recentemente The Mars Volta, Muse e Audioslave) com Salvador Dalí e pitadas de H.R. Giger. Usando como mídia pra sua arte a fotografia, web art, digital art, animação, vídeo art, colagens e músicas, ele nos leva a uma viagem mística pela consciência.

Mas Carlson é muito mais que um artista para chapadões e hippies, sua arte rompeu com esses clichês do surrealismo e se tornou algo Dionisiano.

Eu conhecia algumas fotos e vídeos dele desde 1997, mas foi apenas há alguns meses atrás que um amigo meu me apresentou o site Medijate, criado por Carlson.

Quando vi o site, na hora me lembrei dos post do Grão aqui sobre o site Bucleta, aquele destinado a crianças com menos de três anos e cheio de barulhos irritantes, que segundo a lenda, deixa você meio chapado se ficasse um tempão brincando por lá. Também lembrei do post do Edu Zambetti sobre a música binaural ou o tal do iDoser, freqüências que supostamente alterariam o seu estado de consciência.

Bom, nada disso funcionou comigo, nem o Bucleta, nem o iDoser, e pra falar a verdade nem o Medijate, mas esse último não é pra chapar mesmo, ele é chapado por si só e artístico ainda!

Sons, imagens, colagens, cadeidoscópios e tudo pra te fazer dar uma boa viajada na sua consciência.

Fuçando mais, eu descobri o Supreme Om, outro site de Carlson na mesma linha do Medijate 

Bom, como eu disse, nem é pra chapar, mas a viagem é garantida!

Entre você também no Mundo Mágico de Larry Carlson

MEDIJATE

SUPREME OM

WINTER WIZARD 

NORTH VALE

THE MAGICAL MIND MELT SHOW (VIDEOS)

WEIRD WORLDS SCROLLS

Myspace Larry Carlson



terça-feira, 3 de março de 2009

WATCHMEN X ALAN MOORE


Para quem gosta de música vale a comparação: o roteirista Alan Moore está para as adaptações de quadrinhos para cinema assim como a banda Fugazi está para as grandes gravadoras.

Podemos afirmar que há 20 anos atrás os quadrinhos de heróis atingiu seu auge. Nesta época foram publicados muitos dos gibis considerados clássicos absolutos do gênero. O cavaleiro das trevas (Frank Miller), Electra Assassina (Miller e Bill Sienkewicz), Batman Ano Um e A queda de Murdock (Miller e David Mazzuchelli), A piada Mortal (Alan Moore e Brian Bolland) e Watchmen (Alan Moore e Dave Gibbons).

Eram outros tempos. Os quadrinhos de heróis tinham uma cultura própria e Hollywood não tinha descoberto ainda o potencial da nona arte. As adaptações de quadrinhos para cinema na época deixavam muito a desejar. Tudo mudou com o primeiro filme do X-MEN, sucesso estrondoso que deu origem à redescoberta dos maravilhosos roteiros empoeirados dos gibis clássicos.

Em uma observação atenta aos nomes acima, dois se repetem: Frank Miller e Alan Moore. Na cabeça de qualquer nerd com mais de trinta anos estes nomes não são surpresa. São dois dos melhores escritores de quadrinhos de todos os tempos. Ambos foram adotados por Hollywood, cada um à sua maneira. Frank Miller tem uma relação amigável com a indústria do cinema. Várias obras suas foram adaptadas, Batman Begins foi baseada em Batman Ano I, 300 de Esparta em sua série homônima, Sin City em outro gibi seu. Todas são adaptações muito dignas e fiéis aos originais.

Já Alan Moore, embora tenha feito trabalhos para grandes editoras de super-heróis há algumas décadas, se especializou na produção de histórias em quadrinhos mais politicas e complexas (quem assistiu ou leu V de vingança sabe disso). Muitas destas histórias foram adaptadas para o cinema contra sua vontade. Entre outras adaptações de histórias suas, temos: Do inferno, A liga Extraordinária, Constantine (personagem criado em uma história do Monstro do Pântano), V de vingança e agora a esperada estréia de Watchmen.

Ao contrário de Frank Miller, a postura de Alan Moore com relação à indústria de Hollywood sempre foi de enfrentamento. Uma atitude de revolta (similar a alguns punks) porque entende que além da indústria do cinema sempre fazer transformações em seus roteiros (seja para agilizar a história, seja para comercializá-la), crê nas histórias em quadrinhos como um veículo de comunicação legitimo, poderoso e subversivo. O escritor se recusa a participar das adaptações de suas histórias para o cinema e dá justificativas do tipo: "Acho que o cinema na sua forma atual é muito prepotente. Ele nos dá comida na boca, o que dilui nossa imaginação cultural coletiva. É como se fôssemos passarinhos recém-saídos dos ovos olhando pra cima, com nossas bocas bem abertas, esperando que Hollywood nos alimente com um vômito de vermes. O filme de Watchmen parece mais vômito de vermes. Eu, pelo menos, cansei de vermes" (trecho retirado do blog omelete).

Polêmicas à parte, nesta sexta-feira (dia 06 de março) estréia nos cinemas a adaptação de Watchmen, considerado por muitos nerds o melhor gibi já feito e eleito por críticos da revista Time um dos cem melhores livros em língua inglesa do século passado. Fica a dica, mas não se contente com o filme e tente ler o gibi, são duas horas e meia de filme contra mais de quatrocentas páginas desenhadas e escritas com muito esmero.

Watchmen: veja o filme ( e leia o livro )

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler a história em quadrinhos, está sendo lançada pela editora Panini a edição definitiva de Watchmen encadernada em único volume. A editora também relançou na semana passada A Piada Mortal, uma das melhores histórias do(why so serious?) Coringa, que “por acaso” também foi escrita por Alan Moore.


A piada mortal: história e ilustrações clássicas.

Agora para quem quer se aventurar mesmo pelo mundo do bruxo (fumador de haxixe) Alan Moore, eu recomendo a leitura de seu livro “A voz do fogo” que conta histórias de sua cidade natal (Northampton) durante um período de cinco mil anos.
Outra leitura recomendada é dos raríssimos gibis do Monstro do Pântano, personagem que ele recriou (em histórias repletas de psicodelia, terror e magia negra) no início da década de noventa e que foram publicados pela Editora Abril nesta época.

Monstro do Pântano: não empresto, não alugo nem vendo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

2009 PROMETE!

2009 está apenas no começo, mas já dá pra perceber que será um ano daqueles em termos musicais. O início de ano está impressionante, e vão aqui quatro dicas certeiras para acariciar os ouvidos:


- Morrissey "years of refusal": discão do velho Moz, absolutamente superior ao anterior, o irregular "ringleader of tormentors". Com guitarras pesadas, muita ironia e - no mínimo - quatro novos hits!

- Propagandhi "supporting caste": a polêmica de sempre, a velocidade de sempre, hc melódico de primeira classe! Os canadenses continuam radicais. Viva!






- Boston Spaceships "the planets are blasted": banda nova de Robert Pollard (Guided by Voices). Isso diz tudo o que você precisa saber...





- Cursive "mama, i'm swollen": fizeram a delicada transição do emo pro guitar-indie. Ouça esse disco e tente responder a pergunta: por que o Cursive não é tão hypado quanto o Modest Mouse ou o Arcade Fire?