Michael "O Messias" Stipe durante apresentação do REM no Rock in Rio 3 (13/01/2001)
E lá vamos nós mergulhar em nostalgia de novo!!
Mas dessa vez a culpa não foi minha! Dessa vez a culpa foi do Gustavo AZ (Pale Sunday/Std11)! Até a ideia de transformar tudo num post, foi dele! Embora o culpado mesmo de tudo isso, no fundo, foi o ex-sorveteiro e messiânico Michael Stipe!
Bem, acho melhor contar a história antes de julgar os culpados!
Sexta de manhã, o AZ (Eizi para os íntimos!) mandou via email o álbum Collapse Into Now, o mais recente trabalho do R.E.M. - NOTA - agora é a hora de você brigar com aquele povo que te manda mensagens animadas de gosto questionável e correntes ridículas por email! - entre eu, o Viegas e o AZ, o que mais se compartilha via email são: álbuns, vídeos, raridades e toda sorte de histórias roqueiras!
Até aí normal! Isso é comum. O incomum e inusitado foi o fato de o AZ ter mandado esse email apenas para mim e para o Viegas. Acredito que ele mandou pra mais gente, mas o email que eu e o Viegas recebemos tinha apenas nossos endereços eletrônicos como destinatários. E por uma dessas deliciosas coincidências, o fato é que nós dois tivemos um momento inesquecível e, como já dito por aqui, messiânico no show do REM. Acho que o AZ nem lembrou disso quando enviou o email.
Para concluir a história e fazer entender porque um email, o R.E.M. e grandes amizades que se iniciaram através e unicamente por conta do RÓQUI, deram origem a esse post, vou copiar o email de resposta que enviei aos meus comparsas:
[quote]
Caralho!!!
Nem sei se vc sabia disso, mas os dois mulekes vagabundos que receberam seu email Eizi, tem uma história, digamos "MESSIÂNICA" com R.E.M., ou mais precisamente Mr. Michael Stipe - O Bruce Dickinson do college rock:
Um dia lá no Rio de Janeiro, estávamos os dois doidões, depois de Beck (nesse caso o músico não a plantinha de Deus!) e Foo Fighters, "Timothy Leary Guidance" e antes disso ainda, meia hora fingindo que erámos fãs de Barão Vermelho para chegar perto do palco, quando o REM começou o show de (agora) número 2 no top five desse que vos fala (era o 1 até o Mars Volta no SWU).
Que o Michael Stipe é o carisma em pessoa eu até imaginava, por isso Bruce Dickinson do college rock, porque tanto em um show do Iron como no REM os front men são tão foda, que mesmo que eles falassem pra todo mundo ficar pelado em Javanês, com certeza todo mundo iria entender e obedecer! Sério, foi uma das sensações mais doidas que eu já senti, e nem era tudo por conta da lisergia que derretia meu cérebro, o mérito é do Stipe mesmo! Porra o cara apareceu vendendo sorvete naquelas vans americanas no Pete & Pete!!!
Bom, eis que de repente, acho que em "Stand" ou "Losing my Religion", Michael Stipe desceu do palco. O esquema do PA era desses modernos que fica um vão dividindo o público no meio do palco e forma uma espécie de passarela, como foi o Claro que é Rock que teve Stooges, Flaming Lips, NIN, Sonic Youth, lembra? Enfim, Michael desceu e veio, veio, veio, de repente ele passou bem ao lado de onde eu e o Viegas estávamos, coisa de poucos metros mesmo, tipo dava pra ver o lápis de olho que ele tava usando borrado pelo suor.
Foi automático: eu e o Viegas nem sequer nos falamos, nem mesmo nos olhamos. Nós dois simplesmente começamos a correr ao lado do cara por um tempo! Ninguém entendia nada! Nem o público que via dois retardados se esbofeteando com todo mundo para seguir o Messias como os mais fervorosos apóstolos e nem mesmo a gente... simplesmente fomos, ou melhor, nos sentimos completamente atraídos pelo rock, como se fosse nossa obrigação segui-lo e saudá-lo. É isso! Nem foi tão o Michael Stipe que passou por nós, mas o cérebro da banda que praticamente inaugurou o termo college rock. Foi uma grande e FU DI DA história de uma grande e FU DI DA banda que andou ao nosso lado! Foi realmente hipnótico, magnético e sem dúvida inesquecível!
Vira e mexe eu e o Marcelo falamos disso! Acho que no fundo, até hoje, a gente não acredita e nem entende porque a gente fez isso, e acho que é justamente por isso que ser fã de rock é algo que transcende qualquer pensamento racional, quando a entrega é total tanto da banda que está tocando quanto do público que está devolvendo essa bomba de energia pro palco, a razão acaba, é quase sexo, puro instinto e claro orgásmico!!!
É, agora que eu pensei nisso, acho que o R.E.M. voltou pro nº 1! Embora eu tenha seguido o Cedric no Tim Fest, mas não, NUNCA eu senti nada como aquilo!
Abraços! (... and i feel fine)
[/quote]
E o Viegas ainda fala que é ateu! vai entender...
Rock Salva! AMÉM!
Mas dessa vez a culpa não foi minha! Dessa vez a culpa foi do Gustavo AZ (Pale Sunday/Std11)! Até a ideia de transformar tudo num post, foi dele! Embora o culpado mesmo de tudo isso, no fundo, foi o ex-sorveteiro e messiânico Michael Stipe!
Bem, acho melhor contar a história antes de julgar os culpados!
Sexta de manhã, o AZ (Eizi para os íntimos!) mandou via email o álbum Collapse Into Now, o mais recente trabalho do R.E.M. - NOTA - agora é a hora de você brigar com aquele povo que te manda mensagens animadas de gosto questionável e correntes ridículas por email! - entre eu, o Viegas e o AZ, o que mais se compartilha via email são: álbuns, vídeos, raridades e toda sorte de histórias roqueiras!
Até aí normal! Isso é comum. O incomum e inusitado foi o fato de o AZ ter mandado esse email apenas para mim e para o Viegas. Acredito que ele mandou pra mais gente, mas o email que eu e o Viegas recebemos tinha apenas nossos endereços eletrônicos como destinatários. E por uma dessas deliciosas coincidências, o fato é que nós dois tivemos um momento inesquecível e, como já dito por aqui, messiânico no show do REM. Acho que o AZ nem lembrou disso quando enviou o email.
Para concluir a história e fazer entender porque um email, o R.E.M. e grandes amizades que se iniciaram através e unicamente por conta do RÓQUI, deram origem a esse post, vou copiar o email de resposta que enviei aos meus comparsas:
[quote]
Caralho!!!
Nem sei se vc sabia disso, mas os dois mulekes vagabundos que receberam seu email Eizi, tem uma história, digamos "MESSIÂNICA" com R.E.M., ou mais precisamente Mr. Michael Stipe - O Bruce Dickinson do college rock:
Um dia lá no Rio de Janeiro, estávamos os dois doidões, depois de Beck (nesse caso o músico não a plantinha de Deus!) e Foo Fighters, "Timothy Leary Guidance" e antes disso ainda, meia hora fingindo que erámos fãs de Barão Vermelho para chegar perto do palco, quando o REM começou o show de (agora) número 2 no top five desse que vos fala (era o 1 até o Mars Volta no SWU).
Que o Michael Stipe é o carisma em pessoa eu até imaginava, por isso Bruce Dickinson do college rock, porque tanto em um show do Iron como no REM os front men são tão foda, que mesmo que eles falassem pra todo mundo ficar pelado em Javanês, com certeza todo mundo iria entender e obedecer! Sério, foi uma das sensações mais doidas que eu já senti, e nem era tudo por conta da lisergia que derretia meu cérebro, o mérito é do Stipe mesmo! Porra o cara apareceu vendendo sorvete naquelas vans americanas no Pete & Pete!!!
Bom, eis que de repente, acho que em "Stand" ou "Losing my Religion", Michael Stipe desceu do palco. O esquema do PA era desses modernos que fica um vão dividindo o público no meio do palco e forma uma espécie de passarela, como foi o Claro que é Rock que teve Stooges, Flaming Lips, NIN, Sonic Youth, lembra? Enfim, Michael desceu e veio, veio, veio, de repente ele passou bem ao lado de onde eu e o Viegas estávamos, coisa de poucos metros mesmo, tipo dava pra ver o lápis de olho que ele tava usando borrado pelo suor.
Foi automático: eu e o Viegas nem sequer nos falamos, nem mesmo nos olhamos. Nós dois simplesmente começamos a correr ao lado do cara por um tempo! Ninguém entendia nada! Nem o público que via dois retardados se esbofeteando com todo mundo para seguir o Messias como os mais fervorosos apóstolos e nem mesmo a gente... simplesmente fomos, ou melhor, nos sentimos completamente atraídos pelo rock, como se fosse nossa obrigação segui-lo e saudá-lo. É isso! Nem foi tão o Michael Stipe que passou por nós, mas o cérebro da banda que praticamente inaugurou o termo college rock. Foi uma grande e FU DI DA história de uma grande e FU DI DA banda que andou ao nosso lado! Foi realmente hipnótico, magnético e sem dúvida inesquecível!
Vira e mexe eu e o Marcelo falamos disso! Acho que no fundo, até hoje, a gente não acredita e nem entende porque a gente fez isso, e acho que é justamente por isso que ser fã de rock é algo que transcende qualquer pensamento racional, quando a entrega é total tanto da banda que está tocando quanto do público que está devolvendo essa bomba de energia pro palco, a razão acaba, é quase sexo, puro instinto e claro orgásmico!!!
É, agora que eu pensei nisso, acho que o R.E.M. voltou pro nº 1! Embora eu tenha seguido o Cedric no Tim Fest, mas não, NUNCA eu senti nada como aquilo!
Abraços! (... and i feel fine)
[/quote]
E o Viegas ainda fala que é ateu! vai entender...
Rock Salva! AMÉM!
Ideia, lembra do 1ª Sonic Youth, nos encontramos, jogados, pelos seguranças , eu já ia correndo pro lado do segurança quando te vi sendo arremessado como eu pra fora, ai vc me viu e mostrou a pulseirinha e saimos correndo para entrar novamente, um dia vc vai escrever sobre essa hehehe, ou eu me atrevo e escrevo hein!!!!
ResponderExcluirEsse dia foi de fato inesquecível. Michael Stipe, apesar de nanico, vira um gigante no palco. Controle total, domínio de cena. Marcou. Tanto que figura no meu top 10 shows. Só perde pro Fugazi em 94.
ResponderExcluirLisérgico, memorável, histórico.
Valeu Idea, pela lembrança e pela companhia nesse dia. Is we!
Aliás, vamos lembrar também das outras pessoas que embarcaram conosco na Rod. do Tietê rumo a Rod. Novo Rio: Barbara Xavier, Ricardo Viola e Vinicius Marchette.
ResponderExcluirFoi style!
Boa Viegas! Justiça feita!
ResponderExcluirE mano, de boa, esse rock in rio daria assunto pra um livro, talvez até dois! Desde chegar, ir pra Barra (Olha o Vitor alí!! O Vitor Belfó! - gritava o camelô), se trocar em banheiros de lojas de conveniência, encotrar amigos de todo o lado, como o Phil, os shows, a noite de terror indo pro rodo e o resto da noite de tensão na rodo!! nossa bicho, é história pra mais de ano, só que tudo em 72 horas!!!
Medo e Delírio no Rio de Janeiro!
ResponderExcluirNa hora que o Michael Stipe desceu foi durante "The One I Love". Eu também estava lá e fui um dos que correram em sua direção. kkkk
ResponderExcluir