Sempre gostei mais de fanzines que falassem sobre bandas. Sem muitos rodeios. Meus olhos iam de encontro direto à parte de resenha de discos, de entrevistas de bandas, resenhas de shows e por aí vai. Ao longo dos meus anos- fazendo-me homem e não apenas envelhecendo, na sina de ir à galeria para pegar qualquer zine simples de apenas uma folha A4 dobrada com um A circulado ou os mais elaborados com panca de tablóide informativo musical. Até os dias de hoje, qual no momento não sobra tempo para isso.
Todavia, o que fosse zine, tinha como destino um lugarzinho apertado na minha mochila. Desde aqueles zines viajandassos, que de cara tu imagina que foi escrito por alguma górdica (gorda-gótica) ou aqueles de méeeetal farofassos, que só faltam espirrar dragões alados e histórias de espadas encantadas. E durante o percursso de volta para casa, lia no busão, todas aquelas informações trepidando-se, tornando-se turvas, e até mesmo saltitantes conforme as rodas do terrível ônibus que sai do Pq. Dom Pedro sentido casa dos meus pais na zona leste divisa com ABC.
Eu lembro que um dos mais fodas na minha época de colecionadorzinho de zines, era o Anti-Midia. Incialmente o zine tinha uma cara de jornal mesmo, depois foi adquirindo um perfinal mais tablóide com os anos. Até acabar. Tinha o grande senhor Nenê Altro como editor/produtor. E como vivemos o céu do underground em fragmento. Aquele mesmo que se filhodaputasse voasse não veríamos o céu nunca, huh? Inclusive nós mesmos teríamos asas! Eis que havia uma série de lendas sobre o zine. Uma das mais engraçadas é que dizem que o próprio editor escrevia as cartas mal educadassas, que era uma parada bem irada de se ler com respostas geniais. E se for isso mesmo? Nossa como pode né? Ai credo?! Foda-se, o zine é do cara, ele faz o que quiser. Engana quem quiser, todo mundo é uma FARSA mesmo!!!!
Okay, okay!!! Voltando a falar de zines... Então, o Anti-Mídia tinha um projeto meio subliminar, entrevistas com bandas clássicas do punk/hardcore nacional que um dia faria parte de um livro que registraria a cena punk nacional. Esse dia, huh? Chega? Suspense!!! Nunca esqueço da entrevista com RATOS DE PORÃO – uma das minhas bandas preferidas ao lado de Bad Brains e Ramones. Todo aquele linguajar tosco, aquelas perguntas bem elaboradas, aquele clima de brodage e malandrage punk. Essas coisas lhe dizem algo quando você é um moleque que cola em shows de hardcore. É o que te molda e diz; " A vida não é só nascer, trabalhar e morrer." Existe um intervalo valioso.
Lembro-me também de entrevistas com Garotos Podres, Olho Seco, Mukeka di Rato, o diabo à quatroe por aí vai. Foi no Anti-Midia que descobri uma das bandas mais importantes do hardcore nacional nos anos 90. Againe. E acredito que grande parte daquela geração que colava aos mesmos shows que eu. Eis que um dia peguei o zine Contravenção, que tinha o formato idêntico ao da Maximum Rock'N Roll. Não me lembro agora quem publicava. Andei fumando hoje. Zine fodido!!! Não importa se era versão tupiniquim da lendária MRR. O que importa é que era mais um zine ali. Para somar. Se bem que tinha que pagar e tal, não tinha o mesmo charme do Anti-Midia, que era de graça, mas, porra, foda-se, pois, eram três cruzeiros bem investidos. Interessei-me por literatura lendo Contravenção, era único zine que não curtia apenas as paradas sobre bandas. E o top-10 logo de cara, ajudava bastante a procurar bons filmes, livros, lugares para ir, blogs para ler – inclusive a página pessoal do nosso mestre da luz, Flávio Grão, esteve lá no ranking certa vez.
Com o tempo fui adquirindo bastante zines gringos, meu inglês era de 5 ª série de colégio público, mas, com o tempo fui melhorando, e conseguia ler algumas publicações. Todavia, não vou falar de zines gringos aqui. Aliás, certa vez escrevi uma parada total relaxo podre para a MRR, e o Chris teva a manha de deixar sair na edição de 25 anos da parada. Que merda (hehehehe)!!! E justamente numa Vans Tour, o Wlad pediu emprestado e nunca mais devolveu. Merece ficar pra ele. Tem créditos infinitos comigo. Há alguns zines como MegaRock, NFL Zine, por aí vai, que são imortais, cara. Incrível. Pro bem ou pro mal. São publicados faz um tempasso. Duvido nego ir à galeria hoje e não encontrar um MegaRock ou mesmo um NFL lá. Méritos da mente por trás da produção em ambos os casos. A última coisa foda que li nesses zines dinossauros foi uma entrevista do VIOLATOR, DF Thrash City, contando sobre a tour infinita deles pela América do Sul. E não lembro onde exatemente, li uma entrevista do Claustrofobia sobre a tour européia.
Ricardo Tibiu, jornalista, barbudo, "nihilista hard rocker" e tomador de suco de laranja, um dos caras que mais respeito no hardcore, publicava um periódico de bolso de nome MUSICALL, qual já foge do contexto de fanzine, mas, ele deve ser um cara altamente indicado para falar de fanzines e jornalismo musical. Perca alguma banda no Hangar, conversando com ele sobre fanzines. Garantia de não arrependimento ou seu dinheiro de volta.
Muito do que aprendi no rock’ n roll devo a essas publicações. Muitos discos que ouvi educaram-me e fizeram deste o upgrade de quem nunca soube ser dentro de uma sociedade. Tenho respeito por cada um que um dia fez do Do It Yourself, menos teoria, mais prática. A palavra precisa, a expressão contra-cultural é uma forma de alterar um estado de coma social que ainda hoje temos como estabelecido. Talvez teremos sempre, mas, nunca nos daremos por vencidos. Como diria um amigo que postou um texto fodido abaixo; ZINAI-VOS!!!!
Eduardo Boqaa é o caçula da quadrilha. E está em fase de aprendizado. Ele ama essa sensação. Atualmente escreve no Dizputa, tem uma coluna no Valepunk.com e colabora pro Zonapunk. Além de trabalhar demais às vezes. E acha muito mala falar de si mesmo na terceira pessoa.
Todavia, o que fosse zine, tinha como destino um lugarzinho apertado na minha mochila. Desde aqueles zines viajandassos, que de cara tu imagina que foi escrito por alguma górdica (gorda-gótica) ou aqueles de méeeetal farofassos, que só faltam espirrar dragões alados e histórias de espadas encantadas. E durante o percursso de volta para casa, lia no busão, todas aquelas informações trepidando-se, tornando-se turvas, e até mesmo saltitantes conforme as rodas do terrível ônibus que sai do Pq. Dom Pedro sentido casa dos meus pais na zona leste divisa com ABC.
Eu lembro que um dos mais fodas na minha época de colecionadorzinho de zines, era o Anti-Midia. Incialmente o zine tinha uma cara de jornal mesmo, depois foi adquirindo um perfinal mais tablóide com os anos. Até acabar. Tinha o grande senhor Nenê Altro como editor/produtor. E como vivemos o céu do underground em fragmento. Aquele mesmo que se filhodaputasse voasse não veríamos o céu nunca, huh? Inclusive nós mesmos teríamos asas! Eis que havia uma série de lendas sobre o zine. Uma das mais engraçadas é que dizem que o próprio editor escrevia as cartas mal educadassas, que era uma parada bem irada de se ler com respostas geniais. E se for isso mesmo? Nossa como pode né? Ai credo?! Foda-se, o zine é do cara, ele faz o que quiser. Engana quem quiser, todo mundo é uma FARSA mesmo!!!!
Okay, okay!!! Voltando a falar de zines... Então, o Anti-Mídia tinha um projeto meio subliminar, entrevistas com bandas clássicas do punk/hardcore nacional que um dia faria parte de um livro que registraria a cena punk nacional. Esse dia, huh? Chega? Suspense!!! Nunca esqueço da entrevista com RATOS DE PORÃO – uma das minhas bandas preferidas ao lado de Bad Brains e Ramones. Todo aquele linguajar tosco, aquelas perguntas bem elaboradas, aquele clima de brodage e malandrage punk. Essas coisas lhe dizem algo quando você é um moleque que cola em shows de hardcore. É o que te molda e diz; " A vida não é só nascer, trabalhar e morrer." Existe um intervalo valioso.
Lembro-me também de entrevistas com Garotos Podres, Olho Seco, Mukeka di Rato, o diabo à quatroe por aí vai. Foi no Anti-Midia que descobri uma das bandas mais importantes do hardcore nacional nos anos 90. Againe. E acredito que grande parte daquela geração que colava aos mesmos shows que eu. Eis que um dia peguei o zine Contravenção, que tinha o formato idêntico ao da Maximum Rock'N Roll. Não me lembro agora quem publicava. Andei fumando hoje. Zine fodido!!! Não importa se era versão tupiniquim da lendária MRR. O que importa é que era mais um zine ali. Para somar. Se bem que tinha que pagar e tal, não tinha o mesmo charme do Anti-Midia, que era de graça, mas, porra, foda-se, pois, eram três cruzeiros bem investidos. Interessei-me por literatura lendo Contravenção, era único zine que não curtia apenas as paradas sobre bandas. E o top-10 logo de cara, ajudava bastante a procurar bons filmes, livros, lugares para ir, blogs para ler – inclusive a página pessoal do nosso mestre da luz, Flávio Grão, esteve lá no ranking certa vez.
Com o tempo fui adquirindo bastante zines gringos, meu inglês era de 5 ª série de colégio público, mas, com o tempo fui melhorando, e conseguia ler algumas publicações. Todavia, não vou falar de zines gringos aqui. Aliás, certa vez escrevi uma parada total relaxo podre para a MRR, e o Chris teva a manha de deixar sair na edição de 25 anos da parada. Que merda (hehehehe)!!! E justamente numa Vans Tour, o Wlad pediu emprestado e nunca mais devolveu. Merece ficar pra ele. Tem créditos infinitos comigo. Há alguns zines como MegaRock, NFL Zine, por aí vai, que são imortais, cara. Incrível. Pro bem ou pro mal. São publicados faz um tempasso. Duvido nego ir à galeria hoje e não encontrar um MegaRock ou mesmo um NFL lá. Méritos da mente por trás da produção em ambos os casos. A última coisa foda que li nesses zines dinossauros foi uma entrevista do VIOLATOR, DF Thrash City, contando sobre a tour infinita deles pela América do Sul. E não lembro onde exatemente, li uma entrevista do Claustrofobia sobre a tour européia.
Ricardo Tibiu, jornalista, barbudo, "nihilista hard rocker" e tomador de suco de laranja, um dos caras que mais respeito no hardcore, publicava um periódico de bolso de nome MUSICALL, qual já foge do contexto de fanzine, mas, ele deve ser um cara altamente indicado para falar de fanzines e jornalismo musical. Perca alguma banda no Hangar, conversando com ele sobre fanzines. Garantia de não arrependimento ou seu dinheiro de volta.
Muito do que aprendi no rock’ n roll devo a essas publicações. Muitos discos que ouvi educaram-me e fizeram deste o upgrade de quem nunca soube ser dentro de uma sociedade. Tenho respeito por cada um que um dia fez do Do It Yourself, menos teoria, mais prática. A palavra precisa, a expressão contra-cultural é uma forma de alterar um estado de coma social que ainda hoje temos como estabelecido. Talvez teremos sempre, mas, nunca nos daremos por vencidos. Como diria um amigo que postou um texto fodido abaixo; ZINAI-VOS!!!!
Eduardo Boqaa é o caçula da quadrilha. E está em fase de aprendizado. Ele ama essa sensação. Atualmente escreve no Dizputa, tem uma coluna no Valepunk.com e colabora pro Zonapunk. Além de trabalhar demais às vezes. E acha muito mala falar de si mesmo na terceira pessoa.
Cara, adorei o texto.
ResponderExcluirFechou muito bem a semana.
Puts, conheço a maioria dos zines que você falou e fazia o mesmo que você... Pegava o busão no Parque D. Pedro em direção à São Bernardo, onde morava na época.
O anti-midia era legal mesmo, o Mega Rock existe também até hoje... o Fernando Metal, seu publicador é eterno!!!
Porra, eu nem sabia que eu tinha saído no top five de alguma coisa... Escaneia e me manda aí. Pode ser?
Essas histórias são comuns a todos nós né? Uma grande família...
Estou feliz!
ah, mil dólares pelo uso indevido da minha imagem...
ResponderExcluirabraço!
Saiu na minha lista do Contravenção, se não me engano...
ResponderExcluirps. Vi o Fernando Metal (ele odeia ser chamado assim) caminhando no Rudge esses dias. Cara estranho, sô.
is we
Viegas.
Maravilha esse texto hein Bokaa!!!
ResponderExcluirNenê Autro e suas sempres lendas!!!
Mas eu curtia muito o antimidia tb!! Tenho todos!!! O Viegas tb deu umas colaboradas por lá!
MegaRock é tipo catessismo de zineiro, TODO MUNDO conhece!!! E o Fernando Metal é a imagem do zineiro batalhador, do it yourself, e nem precisa ficar lendo o NME pra falar das coisas que ele fala no zine dele!!
Agora o legal mesmo é esse final, tb sinto isso e quis passar um pouco disso no meu texto tb, mas o fato é que se sou o que, ou quem eu sou hoje, os zines temuma parcela enorme de culpa nisso!!
Abráá´!
Ps: Alguém lembra da entrevista do Wrist Limp no antimidia?? Lembro que na edição seguinte 90% das cartas meteram o pau porque o zine tinha entrevista uma banda sxe/punk e totalmente GAY!
Será que os punk xixi já entenderam que cada um é cada um hoje?
Sempre fui mais panfletário, por isso sempre gostei de zines nessa linha.
ResponderExcluirDo anti-mídia eu sempre gostei das entrevistas com as bandas e só...
O Contravenção é uma coisa a parte, por increça que parível, eu tinha umas edições antigas dele e distribui aqui na Filial do Inferno.
MegaRock... Pq. Dom Pedro... realmente esse texto foi para fechar a semana com chave de ouro!!!!
Jovem Bokaa e seus textos iluminados por Jah!
ResponderExcluireu colaborei uma vez pro Antimidia, no único exemplar que não foi gratuito! e nessa entrevista do Ratos eu e o Jozzu colamos com o Nenê!
:-)
eu lembro dessa entrevista do Limp Wrist que o Idéia falou, nego falou mal mesmo e olha que a banda tinha o Martin (ex-Los Crudos) e que é, inclusive, colaborador da MaximumR'n'R!
vida loka manoooo!
hmm ñ assinei o comentário acima!
ResponderExcluirêêêA vaciiiiiiAlo!
abrá,
tibiu
Maximum Rock'N Roll!!! Lembro quando saiu a resenha da minha primeira banda lá (Sindrome de Down...a resenha dizia algo do tipo: Pensei que era uma banda chata de crossover mas esta demo mostra um skatepunk da melhor qualidade...lembra DK com temáticas da América Latina...blá blá blá)
ResponderExcluirImpressionante como todos os textos bacanas daqui estão integrados. Incrível!
Parabéns
ah...esqueci de dizer:
ResponderExcluiro termo "Gordótica" está no mesmo dicionáro que se encontra o termo "Nerdunk"....
O dicionário Zínico Zinista do Udi Grudi.
depois de uma semana lendo os textos, relembrando que eu saia das profundessas de maua phavella city "como diria o Javali", pra andar pela galeria recolher zines,informação,conversar , passar pelo PQ. Dom Pdro pegar o busão e ir de volta a provincia...PUTA QUE PARIL!!!!!!!!
ResponderExcluirTank's man!!!!!!Tanks