segunda-feira, 31 de maio de 2010
FANZINE AVISO FINAL # 26
Saiu o fanzine AVISO FINAL # 26. Feito pelo guerreiro Renato Donisete, o zine que completa 20 anos traz matérias com as bandas ASSOMA e DARGE (Japão), além da tradicional sessão de resenhas de cds e fanzines.
Destaco a entrevista com o brasileiro (que vive no Japão) Rafael Yaekashi -baixista da banda DARGE e administrador do selo Karasu Killer- que fornece um panorama interessante da cena punk/hardcore japonesa.
Para conseguir o fanzine entre em contato com o Renato pelo e-mail avisofinal@gmail.com .
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domingo, 30 de maio de 2010
DENNIS HOPPER R.I.P.
Ontem morreu Dennis Hopper, um dos maiores atores do cinema norteamericano. Em sua homenagem, o Zinismo sugere essa cena antológica do filme "True Romance" (no Brasil, "Amor à Queima Roupa"), na qual Hopper trava um diálogo sensacional com Christopher Walken. Sensacional é pouco, na verdade...
Rest in Peace, Dennis Hopper.
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Rest in Peace, Dennis Hopper.
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
QUAL RAY BARBEE VOCÊ PREFERE?
Esse...
...ou esse?
ps. note como a música de Ray Barbee é uma extensão do seu estilo fluído e leve no skate. Para maximizar essa experiência, carregue os dois vídeos aqui na página do Zinismo, tire o som do vídeo de skate e assista-o com o áudio do clipe. Combina tanto que dá até medo...
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...ou esse?
ps. note como a música de Ray Barbee é uma extensão do seu estilo fluído e leve no skate. Para maximizar essa experiência, carregue os dois vídeos aqui na página do Zinismo, tire o som do vídeo de skate e assista-o com o áudio do clipe. Combina tanto que dá até medo...
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quarta-feira, 26 de maio de 2010
O SKATISTA JOÃO
Klaus Bohms, além de ser um dos melhores skatistas do mundo, também mostrou sensibilidade e faro de documentarista para fazer o breve doc chamado "O Skatista João", que você pode assistir logo acima. Zinismo recomenda.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
HARDCORE 90 - UMA HISTÓRIA ORAL - ENTREVISTA COM MARCELO FONSECA
HARDCORE 90 – UMA HISTÓRIA ORAL – É o nome temporário do documentário que está em processo de produção e que começou com um trabalho de mestrado feito pelo historiador Marcelo Fonseca. Esse processo pode ser acompanhando em tempo quase real através do blog onde são postadas as novidades. As entrevistas em vídeo podem ser conferidas através do canal do Youtube. Pode-se notar através destas entrevistas que algumas palavras surgem e se repetem em diversas falas, indicando alguns marcadores importantes para o delineamento da cena hardcore (principalmente, mas não só de São Paulo) como o movimento punk, juventude libertária, straight edge, a influência do skate e de algumas casas de show como o Black Jack e o Der Tempel. Interessante notar que muitas das entrevistas dão sequência aos eventos mostrados no documentário sobre o punk brasileiro (Botinada), permitindo uma visão muito peculiar sobre a cena punk/hardcore das duas décadas (anos 80 e 90).
ZINISMO: Em que pé está a produção e para quando você prevê a finalização do documentário?
MARCELO FONSECA: Em outubro completamos 1 ano de produção. Foi um período muito bom, por poder sentir como é se meter a fazer algo do tipo (coisa que eu nunca tinha feito até então). Legal rever amigos, conhecer amigos de amigos e ir sentindo a reação dos entrevistados, e das pessoas que tem apoiado o projeto. A idéia é fazer por volta de 100 entrevistas, nesta semana vamos gravar a número 38. Tem muito a se fazer ainda, digitalizar material de época, vhs, hi8, fotografias, fanzines, capas de disco, pessoas para encontrar... Detalhe que a equipe do documentário é praticamente de 2 pessoas, eu e o Fernando Alves que me ajuda filmando. Tudo é custeado por nós dois, mesmo que algumas pessoas já nos ajudaram por um tempo. Eu tinha a ambição de fechar o filme mais ou menos junto com o meu mestrado (História Social na PUC-SP) em 2011, que é quando eu tenho de defender a dissertação. Mas não vai rolar, além de tudo eu também trabalho, então uma previsão mais próxima da realidade, com tudo que quero fazer, aumenta o tempo em mais um ano, ou seja, comecinho de 2012.
Fale um pouco sobre o papel dos fanzines na cena hardcore dos anos 90:
Fundamental. Aliás, sempre teve, independente da cena ou das idéias que estavam presentes. Já na década de 80, eram os fanzines punks que tentavam politizar o movimento, cobrando o fim da violência das gangues. É um veículo que não minha opinião é a expressão máxima do “faça-você- mesmo”, e importante, pois todo meio social precisa ter comunicação. Uma só pessoa podia escrever, desenhar, xerocar, distribuir, da forma que quisesse, como e para quem lhe desse na telha. Na década de 90, a internet engatinhava, e os fanzines, amparados por um rede gigante de correspondências que não era restrita somente o Brasil, “conectava” e distribuía a informação, fazia escoar a produção das distribuidoras, etc.
A partir dos anos noventa o hardcore em São Paulo começou a se dividir em nichos ou micro-cenas (ex: hardcore straight edge, hardcore melódico, etc). Você encara isso de modo positivo ou negativo?
Uma coisa que não podemos nos deixar levar é de que o hardcore seria uma coisa homogênea e harmônica. As contradições e diferenças das pessoas sempre estiveram presentes e querendo ou não, as pessoas se conectam mais ou menos em redes de afinidade. De certa forma isso sempre existiu, mas acho que durante um tempo, existia a necessidade por parte das pessoas da cidade de São Paulo, entrarem em contato com pessoas, se agruparem com gostava desse tipo de música e idéias, mas que não queriam se vincular ao ganguismo dos punks da antiga. A geração que viveu os anos 90 soube muito bem o que era ser intimado por usar uma camiseta do Misfits ou Ramones, e daí quando se encontrava com alguém que compartilhava das mesmas idéias, ou que gostasse de um som parecido era quase como acertar na loteria. Como o número de pessoas gradativamente aumentou, isso também ficou mais visível. Eu não acho nem bom nem ruim, lembro de shows muito legais de bandas muito diferentes, com pessoas muito diferentes e concepções sobre o hardcore-punk mais diferentes ainda... Faz parte do processo histórico de qualquer movimento social jovem, as pessoas são autônomas, respondem as próprias vontades, elas podem perder o interesse, ou mudar as idéias, ou se agrupar mais com quem pense como você e daí por diante...
Para finalizar faça uma breve análise comparativa entre a cena paulistana hardcore dos anos 90 e dos 00.
Eu acredito que nunca mais surgirá uma geração como a dos 90, assim como a dos anos 2000 também tem suas especificidades. O mais gritante é o acesso a informação, se nos anos 90, até existia, nos 2000 ela ganha dimensões estratosféricas com a popularização da Internet. Isso acarreta suas conseqüências também, se micro-cenas surgiram nos anos 90, devido a grupos de afinidade, tretas ou que seja. Dos anos 2000 para cá o público tem acesso e é bombardeado com informação que parece não dar tempo nem de se analisar, o que é legal ou não. Antes você escrevia uma carta para uma banda, o cara lhe mandava a demo e você passava a semana ouvindo isso no walkman. Hoje existe myspace, rapidshare, ipod... a vida ficou mais fácil, mas também privilegiou o domínio da imagem. A autenticidade dos anos 90, era uma mistura de ineficácia técnica, falta de referência e força de vontade que gerou tantas bandas legais, como No Violence, Againe, IML, Garage Fuzz, Abuso Sonoro, Rot, Ação Direta, Self Conviction, Kangaroos in Tilt, Point of no Return, Dominatrix entre tantas outras... Por outro lado, hoje a molecada tem acesso ao pacote completo , baixa a discografia, o visual, vê o vídeo da performance no youtube e por isso temos bandas genéricas aqui, na Eslovênia, na Austrália ou no Japão. Sem querer ser amargo, o excesso de referência matou um pouco da originalidade e espontaneidade. A galera que descende mais do hardcore melódico também é exposta a um universo mais da música comercial, entrando em contato com empresários, e um aparato de mídia que nunca imaginei ter contato... Mas cada geração com seus problemas, não quero soar velho e chato, isso é o que veio de imediato para comparar. Cada momento tem seus dilemas e vivências e longe de mim querer comparar.
Confira também a matéria que rolou no programa METRÓPOLIS da tv cultura sobre o documentário:
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terça-feira, 18 de maio de 2010
DIRTY MONEY - BAIXE O FILME!
Como Alexandre Vianna disse na estreia do filme, Dirty Money é mais que um vídeo de skate, é um vídeo sobre a amizade, e justamente isso torna o documentário interessante e capaz de encantar skatistas e não skatistas.
Dirigido por Vianna e Ricardo Koraicho, o cenário do documentário é o começo dos anos 90, época de crise financeira, governo Collor e confisco de poupanças. Após um período de crescimento e auge do skate nos anos 80, os skatistas depararam-se com um período sombrio que incluía a perda de patrocínios, parcos e precários campeonatos e até mesmo falta de dinheiro para comprar o básico como rodinhas e shapes. Mas, se por um lado o aspecto material minguava, por outro os laços afetivos entre os skatistas nesta época de crise aumentavam e geravam frutos.
Foi assim, por uma atitude do-it-yourself que surgiu a fita VHS caseira Dirty Money - gravada e editada pelos próprios skatistas. A fita virou febre na época, foi reproduzida à exaustão, divulgada e enviada para os quatro cantos do país, disseminando não só o esporte, mas a cultura e o estilo que envolvia aquele grupo.
Um dos méritos do filme é recuperar com a merecida seriedade esta história e seu contexto de época, mostrando a atitude, o esforço e a superação desta geração (que inclui nomes como Bob Burnquist, Urina, Chupeta, Alexandre Ribeiro, Rogério Mancha e outros). Obrigatório para entender os caminhos do skate brasileiro - e até internacional - dos anos 90 até os dias de hoje
O melhor é que o filme está disponível para download gratuíto!
O ZINISMO recomenda, baixe e faça sessões com os amigos. Quem viveu a época recordará, quem não viveu poderá conhecer a história e ter ótimos exemplos de união e superação.
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sábado, 15 de maio de 2010
OFF! + RAYMOND PETTIBON
Uma banda que está causando ansiedade na rapaziada é o OFF!, a nova banda do (bem humorado?) vocalista Keith Morris (Circle Jerks/Black Flag).
Sem nada gravado ainda, a banda divulga alguns vídeos em seu myspace, mas o que me chamou atenção foi o show debut da banda feito em uma instalação do artista Raymond Pettibon.
Para quem não fez o link, Pettibon fez uma série fantástica de capas e cartazes antigos para bandas do selo SST, principalmente o Black Flag. Para quem ainda não "linkou" ele fez a famosa capa do disco GOO do Sonic Youth, uma das capas mais legais já feitas e camiseta obrigatória no guarda roupa de qualquer indie. E aí, "linkou"?
Segue abaixo o vídeo de tal debut, para entrar na nossa galeria "eventos que gostaria muito de ter ido, mas rola a questão do tempo espaço".
Valeu Chiveta pela dica!
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sexta-feira, 14 de maio de 2010
PRESENTE PARA OS FÃS
Para celebrar trinta anos de vida, o Bad Religion preparou uma bela surpresa para os fãs: um disco ao vivo, na faixa! Para receber o link para download, basta preencher um formulário simples no site da banda. Gravado em 2010, o álbum será disponibilizado no dia 18 de maio. Além dos clássicos do BR, o disco também trará algumas faixas inéditas, que provavelmente estarão no próximo álbum de estúdio.
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domingo, 9 de maio de 2010
ANDY WARHOL - ESTAÇÃO PINACOTECA
Muito sábia a decisão de levar a exposição de Andy Warhol à “Estação Pinacoteca”.
Na verdade todo mundo sabe onde fica a Pinacoteca do Estado (em frente ao Museu da Língua Portuguesa e estação de Luz), mas poucos sabem da existência da “Estação Pinacoteca”, duas quadras de distância. Neste prédio, ao lado da Sala São Paulo, está em exposição permanente o acervo da acervo da Fundação Nemirovsky, com mais de 200 obras, de Portinari à Picasso, com destaque para obras do Modernismo. Aliás, foi nesta sala que houve o famigerado roubo de um Picasso, um Lasar Segall e um Di Cavalcanti em 2008 (felizmente recuperados).
A exposição de Andy Warhol tem cerca de 170 obras e estão lá ícones do imaginário coletivo como sua Marilyn Monroe, a lata da sopa Campbell, o Mao Tsé Tung, os acidentes de carro em serigrafia, suas polaróides, entre outros. É difícil mensurar o quanto Andy Warhol é influente e quanto suas idéias e conceitos são aplicáveis e utilizados hoje em dia, seja na propaganda, seja na arte ou na mídia em geral. Esta sensação fica evidente nesta exposição, dada a quantidade de imagens familiares a qualquer ser humano minimamente ativo culturalmente.
Não preciso dizer que a exposição é imperdível, e que só vai até o dia 23! Vai logo cara!
Dicas:
1 – Tanto a Estação Pinacoteca quanto a Pinacoteca do Estado têm estacionamento, sendo que o da Estação é pago (cerca de R$ 5,00) e o da Pinacoteca é gratuito.
2 – Se for de trem ou metrô dá para ir a pé de uma para outra tranqüilo a partir da Estação da Luz, mas é bom ficar atento próximo à Estação Pinacoteca pois volta e meia surgem uns “crackeiros” no caminho (é velhos, estamos no centro de SP).
3- Se for na Estação Pinacoteca, vá ao Memorial da Liberdade. Funciona neste mesmo prédio onde antigamente ficava o DOPs, órgão que durante a ditadura era responsável pela repressão aos movimentos subversivos. Obrigatório, arrepiante, um mergulho na nossa história, necessário nessas épocas em que pipocam pensamentos alienados e irresponsavelmente reacionários.
Segue abaixo um mapa para orientação:
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sábado, 8 de maio de 2010
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