segunda-feira, 11 de outubro de 2010

RE-ENCONTRANDO O MESSIAS - SWU 1º DIA 09/10

Eu deveria ter escrito isso ontem, mas o problema é que eu só acordei hoje!LOL!!!
Aviso de antemão que as próximas linhas não são uma tentativa de cobertura do Festival (Caça-Níquel) SWU, mas apenas um relato de um apaixonado por boa música que em 48 horas (porque eu não sou o Jack Bauer!) decidiu se aventurar com o nobre objetivo de rever uma performance ao vivo do The Mars Volta, banda que esse que vos escreve, morre de amores!

Há uns três meses atrás, quando eu dei uma olhada no line up do SWU, as únicas bandas confirmadas eram, Rage Against The Machine, Dave Mathews Band, Jota Quest (???????) e Link Park (vou vomitar e já volto!). Depois foi pintando umas coisas mais interessantes como o Queens of The Stone Age, MSTRKRFT, Yo La Tengo, mas com o preço salgadérrimo dos ingressos, decidi que não iria, e mais, adotei uma conduta anti auto-tortura, ou seja, não lia nada sobre o SWU, não via o site, nada, nadinha mesmo! Boicote para não ficar mal em perder o QOTSA de novo.

Beleza, mas, o tempo passa, o tempo voa, e... na última quinta feira por volta das 3:00 da madruga uma propaganda na TV Globo falando sobre o show anunciou a transmissão dos shows do RATM, Dave Mathews, e enquanto o locutor dizia "e outras bandas internacionais", eis que surge na tela, olhando para mim, o Messias, digo Cedric Bixler-Zavalla, vocalista do The Mars Volta. Eu dei um salto da cadeira, menos de 48 horas para o SWU e só agora eu descrubo que tem The Mars Volta, e no mesmo dia do Rage! Assim, começa uma saga...

Sexta Feira, 08/10 - 18:40 - Não me pagaram! Fudeu, pouco mais de 24 horas para o show do TMV e minha grana é algo em torno de -400,00!

Sexta Feira, 08/10 - 22:35 - Meu telefone toca, são os meus brothers Vini e Ramirez. O dialogo é mais ou menos esse:

Vini - Fala sua bicha! Vai pro Mars Volta?
Eu - Putz Mano! To sem grana!

Vini - Não acredito que você não vai, eu e o Ramirez tamo aqui, dá um jeito e cola mano, ninguém mais que você tem que ver esse show...


Ele tinha razão, mas faltam menos de 24 horas pro show. E agora?
Ligo para um cliente, foda-se que era quase meia noite, estava desesperado! Para encurtar a história, passo a noite inteira de sexta para sábado trabalhando. As 10:00 da manhã do sábado entrego o trampo e as 13:00 pego a grana!
Agora sim! SWU aí vamos nós!

Sábado 09/10 - 16:00 - Menos de 5 horas para o inicio do show do TMV e eu subo no busão rumo a Itu. Na própria rodoviária de Itu pego outro busão com destino a chácara Maeda.

No caminho já sei que perdi o Infectious Groove. Merda! Segundo relatos, foi animal o show. Mike Muir de moicano vermelho enloqueceu a massa. O novo batera, um cara de uns 200 Kgs, é um arregaço! Destroi nas pancadarias e ainda tem agilidade para fazer firulas com as baquetas! Um show tão intenso que fez o Infectious Groove quebrar um protocolo e (acredito que pela primeira vez na história do IG) eles fecharam o show com a crássica "ST" do Suicidal Tendencies!

No exato momento que eu passo pelos portões do Festival o Mutantes (mais uma ex-banda engordando o saldo bancário) começa a tocar. Eu até queria ver ao menos um trecho do show, mas como já havia visto o show do Museu do Ipiranga (ainda com o Arnaldo Batista), e pelo fato de faltar 30 minutos para o show do MSTRKRFT, decidi encontrar meus brothers na tenda eletrônica.

Um parenteses aqui: A estrutura do Festival era monstruosa! Nunca havia visto nada igual. Fez a Cidade do Rock (onde aconteceu o último Rock'n'Rio) ficar parecendo um parquinho perto de tudo aquilo. Era de deixar qualquer um de boca aberta, e aproveitando a minha boca aberta, meus amigos me comungaram com a óstea da seita Filhos De Timothy Leary (pra bo ente mei pala bas)!

Say Bounce Low! Say Bounce High!

Quando os DJ's Al P. e Jesse F. Keeler (ex-Death From Above 1979) entraram no palco eu senti um alívio, afinal eles cancelaram a apresentação que deveria ter ocorrido no Skol Beats de 2007 e, digamos que eu me sentia no prejú, mas dessa vez eles estavam ali na minha frente e eu ainda não sabia, mas eles iriam compensar esse meu prejú!

Tamborins anunciaram o inicio do show do MSTRKRFT! Não pense no clichê "estamos no Brasil, vamos tocar samba", os caras sabem muito bem o que fazem, e tendo em vista a linha cada vez mais Ghetto que o duo segue, a influência de Semba, Kuduro e o próprio Samba, fizeram da intro um conceito, não um clichê!

O show foi perfeito! Não faltou nada, e o melhor, tudo foi re-inventado ali na nossa frente! Sim, a base do show era o último disco "Fist of God", mas com beats completamente diferentes somados a audácia dos caras de ficarem fritando o público o tempo todo. A clássica Vuvuvu foi pra derreter geral, enquanto um sorriso idiota insistia em ficar na minha cara e nas dos meus amigos!
Fazia tempo que eu não via um show de eletrônico tão abusado de BASS. O bumbo batia direto no seu peito fazendo seu coração bater no mesmo bpm do som. Pra fechar, um timido "obrigado" no mic, e tome o mega hit Bounce! Show de eletro para pogar! E o MSTRKRFT cumpriu a missão, no fim eu estava liquifeito e sai da tenda dentro de um balde!

Exoskeleton Junction at the Railroad Delayed


Deslizei como a água corre no meio fio da calçada até a frente do palco onde o The Mars Volta iria se apresentar enquanto ouvia e assistia pelo telão as últimas faixas do Los Hermanos (Sim! mais uma daquelas ex-bandas! Eu gosto de Los Hermanos, mas não gosto desse acaba/volta toda vez que tem um show grande!).

Pontualmente as 20:58 as luzes se apagaram. O telão anunciava "The Mars Volta" e nos PA's um trumpete chorava uma música mexicana digna de filme de faroeste. É a intro que eles usaram durante a tour do Amputechture. Fodeu!
Um a um os músicos entram no palco e da-lhe barulheira enquanto os fãs gritam sem acreditar no que acontecia, mas segundos depois, os primeiros acordes de Cotopaxi confirmaram: Começava um show daqueles que iria mudar a vida dos ali presentes. Começava um show de uma das melhores e mais criativas bandas da atualidade. Começava o show do The Mars Volta!

Na sequência, sem economizar eles já emendaram uma longa e derretida jam session (segundo o set list no palco chamava Broken English Jam). Ficou claro tanto para os fãs mais "die hard" como para os que não conheciam a banda que eles iriam judiar do povo! Seja no peso, nos improvisos jazzísticos ou nas jams. Os caras não sabem brincar, eles vem pra fuder a porra toda mesmo!

E nem pense em respirar, porque em seguida tem Goliath! Uma coisa engraçada aqui, o novo baterista, Dave Elitch, errou o começinho do som, mas de boa, os caras retomaram rapidinho o erro! O lado bom, foi que isso incendiou Cedric, e logo ele começou a abusar das suas dancinhas esquizofrênicas!

Agora a surpresa mesmo, veio quando eles tocaram Eriatarka. Raramente essa música entra no set do TMV e acho que nós podemos considerar isso um presente deles para nós, sobretudo porque durante o trecho em que Eriatarka ganha contornos de Dubstep eles emendaram um longo improviso e pode-se dizer que tivemos um gostinho de uma performance do De Facto, o projeto paralelo deles de dub. Esfumaçado!

Dois segundos de pausa, até que Cedric segura o mic balbuciando a frase:

"Do you recall it's name?"...

Caralho! Eu quase enfartei! Cicatriz ESP não é apenas uma das minhas músicas favoritas do TMV, ela é a favorita de 11 entre 10 fãs da banda! Era uma magoa que eu tinha do show deles aqui em 2004 onde faltou Cicatriz, mas dessa vez não, e o melhor, 15 longos e insanos minutos de Cicatriz ESP. Não eram poucos os fãs que choraram durante a execução dessa música.

Como a organização do SWU deu apenas uma hora para o show do TMV, achei que Cicatriz seria a saideira. Olhei para o relógio e faltavam menos de 5 minutos para completar uma hora de show. Pensei: "Ou acabou, ou eles vão fechar com a curtissíma Wax Simulacra". Ledo engano, eles estavam abusados e queriam mesmo foder a porra toda, portanto para fechar destruindo geral, nada mais, nada menos que Roulette Dares (The Haunt of). Foi muito pra mim. Confesso, chorei, fiquei mega emocionado ao ponto de passar mal. O refrão "Exoskeleton Junction at the Railroad Delayed" era cantado em uníssono pelo público. Foi o auge.

Uma coisa interessante de se dizer aqui, mesmo que difícil de visualizar ou mesmo sentir, é que a banda estava completamente integrada com o público e vice-versa. A energia era absurda. Pura catarse. Ora Omar regia a banda e o público, ora era o público com palmas estilo "flamenco" que regia Omar e a banda.

Foram longos minutos de palmas ao fim do show que, muito humildemente, foram retribuidos pelos músicos no palco, principalmente Cedric e Omar que ficaram muito tempo aplaudindo e agradecendo silensiosamente o público.
Acho que a melhor palavra para definir o show do Mars Volta é Emoção! Pura emoção! O que eu mais escutei depois do show foi "eu chorei"! E eu só pensava, foda-se, ainda vou perder o QOTSA, mas não perdi o Mars Volta, melhor ainda, vi o segundo show deles em 6 anos.

Enquanto tomava água gelada e tentava me acalmar (é sério que eu quase enfartei de emoção!) só pensava que morreria depois dos 72 minutos mais foda de toda a minha vida! Tão foda que eu sobrevivi! hehe!

Aonde foi parar o Comunismo?

Para mim o SWU poderia ter acabado no último acorde de Roulette Dares (The Haunt of) do Mars Volta, mas uma multidão vinda "direto do túnel do tempo" queria mesmo ver o Rage Against The Machine.
É isso mesmo! Eu não fazia questão de ve-los. Não com esse atraso de quase 20 anos! Hoje e ontem ví muito jornalisteco de merda dizendo que esse foi o show do ano, e eu concordo, só que eu tô falando do ano de 1994 e não de 2010!
Acho até feio uma banda como o Rage e o Pixies, onde os músicos nem se falam, não tem a menor intenção de gravar ao menos um single novo, saírem por aí fazendo shows. Até entendo que o público, ainda mais nós brasileiros, somos carentes, e aproveitamos pra ter o gostinho de um show de uma dessas bandas, mas o fato é que isso é a mesma coisa que comer comida requentada, saca? Perde o tempero original. E garanto que os músicos não decidiram voltar pensando: "Poxa, vamos voltar pelos fãs". Não! Nem fudendo! Neguinho volta é pela conta bancária! No caso do RATM é até claro, já que o Audioslave faliu e o Zach de la Rocha não emplacou nada, nem mesmo tocando com o ex-Mars Volta, John Theodore no One Day As A Lion. E pelo menos no meu livro "O Manifesto Comunista" de Marx & Engels eu não lí nada sobre retomar bandas de sucesso, mesmo detestando os parceiros de banda para ganhar dinheiro. Na verdade, esse oportunismo acaba de vez com a pose comuna comedor de criançinha! É triste, mas vale tentar pela nostalgia!
Uma sirene ecoa por todo canto do festival, enquanto no palco uma enorme estrela vermelha surge no fundo.

Perguntei: Seria um comício da Dilma?

Não! Era o show do Rage Against!

Foi praticamente o mesmo show do DVD Live in Mexico City! As mesmas roupas, os mesmo instrumentos, exatamente os mesmos! E claro as mesmas músicas! Abrindo com Testify, depois People of the Sun, que gera um início de tumulto. De repente fui atropelado por uma onda de humanos indo para trás! Caos! Aperto! Nego ficando desesperado e fudendo ainda mais o tumulto. A sorte foi que não empurraram de volta, todo mundo foi indo cada vez mais pro fundo tentando sair da bagunça. Claro que todo mundo se perdeu das pessoas que estavam juntas, o que foi o meu caso.

A banda teve que parar o show por uns 5 minutos e pedirem para as pessoas se respeitarem, de forma que todos encontrassem o seu espaço. Na verdade, foi só um monte de patricinhas que choravam nos braços dos seus namorados metidos a machões, e que se achavam no direito de empurrar todo mundo porque a mina dele tá acostumada com Micareta e não show de rock, sair do meio da multidão, que tudo voltou ao normal. Eu aproveitei para achar um lugar mais decente pra ver o show.
A volta é com Bulls On Parade, mas daí em diante o show fica cheio de problemas técnicos. Não lembro a música, mas logo depois de Bulls on Parade o PA foi pro saco! Silêncio total! Eu, que estava razoavelmente perto do palco, conseguia ouvir apenas o bumbo da bateria, digo, o som cru dele, sem microfone!
Clima tenso de novo! E dessa vez eu fiquei com medo! Já estava vendo a merda feita. Neguinho pagou uma fortuna pra estar alí, e se o PA não voltasse logo, um quebra-quebra seria inevitável! Mas o PA voltou!

Eba, está tudo bem de novo!

Não! Não está! O PA desligou mais uma vez! Tava foda!

Eu só fazia rir e pensar, ficou pequeno pro RATM perto do The Mars Volta! hehehe!

Já pensava em sair fora, aproveitar que era cedo e embarcar de volta aqui pra Piracicaba quando finalmente o problema do PA foi solucionado. Dessa vez, definitivamente.

O resto foi hit atrás de hit como todo mundo esperava, e no caso daquele povo do túnel do tempo, queria. - O que eu mais chapei com o The Mars Volta foi justamente o fato deles me surpreenderem, eles tocaram todas as músicas que eu não esperava e nenhuma sequer das que eu havia imaginado, baseado nos sets dos últimos shows, já no caso do fãs de RATM, parece que eles preferem o óbvio ao inovador ou desafiador, vai entender!

No bis, nada mais óbvio: Freedom e pra fechar Killing in the name!

Sim! O show é pesadão! Sim! O Tom Morelo até que impressiona, mas não passa nem perto da técnica do Omar. Sim! O Zach de la Rocha é um puta front man, mas eu prefiro ele no velho Inside Out.

Enfim, só valeu a pena porque eu estava lá. Como meu objetivo lá era ver MSTRKRFT e Mars Volta, creditei à essas duas bandas os 100.00 do ingresso, o Rage foi só um brinde!

Depois eu ainda pirei e dancei muito com o DJ Mark, e fechando minha noitada, quase de manhã o DJ Steve Angelo acabou de vez com minhas energias botando a tenda eletrônica abaixo numa discotecagem pra lá de classuda!

Fim da minha saga, e até agora eu não acredito que eu operei esse milagre e consegui mesmo ir lá ver o Mars Volta de novo!

E que venham mais shows, mas por favor, com menos bandas caça-níquel e mais bandas de qualidade.

Keep rockin'

PS: De quem foi a ideia de colocar o Brothers of Brazil para abrir o SWU? To quase oferecendo uma recompensa pela cabeça desse estúpido!

10 comentários:

  1. É meu caro, festivais são assim mesmo.
    Bandas diferentes e motivos diferentes pelos quais as pessoas vão aos shows.
    É meio estranho mesmo este anacronismo, de vermos as bandas 15 anos depois do que gostaríamos, temos que ter o cuidado de não ficarmos presos neste passado e atentos às novas bandas.
    O Mars Volta foi um show foda mesmo, não tem nem o que falar.
    Quanto ao Rage, cara, na boa, acho que a eles são meio repetitivos nas fórmulas das músicas, tipo começa com uma narrativa meio rap, fica tensa, refrão para pular, narrativa de novo. Mas de qualquer forma, são os criadores desta fórmula...
    Assistindo ontem ao QOSA fiquei de cara também, foda mesmo, já os Pixies... cara, parecia um casamento que acabou e que ninguem quer admitir.. triste.
    Mas como já disse, festival é isso aí!!! hehe
    Bom texto!

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  2. O foda é que em Terra Brasilis, o único jeito de a gente ver boas bandas, são em grandes festivais e geralemnte misturadas com um monte de bosta. O Mars Volta mesmo, da primeira vez veio no Tim Festival onde a atração principal deveria ser o The Libertines, que por acaso acabou semanas depois do show aqui no Brasil. Na época de Hollywood Rock era a mesma coisa, pra ver White Zombie, Supergrass e Smashing Pumpkins por exemplo, tinha que ver um monte de merda, tipo Titãs, junto! Sem falar do último Rock'nRio onde a gente se fingia de fã de Barão Vermelho só pra chegar perto do palco pra ver o show do Beck.
    A única treta é que geralemnte fica mais caro pra gente que curte as bandas que não são caça níqueis, já que pagamos altos valores pra bancar o cachê desse medalhões da música.

    Tipo, aquele Fugazi a US$5,00 do Aeroanta não acontece toda hora e infelizmente a gente tem que se aventurar nesses mega festivais para ver uma ou duas bandas legais.

    Pior mesmo são os formadores de opinião que fazem questão de dar crédito exagerado aos medalhões como se fosse para não contrariar a unanimidade da opinião pública, mas como disse Nelson Rodriguez: Toda unanimidade é burra, e se alguém REALMENTE achou o show do RATM o show do ano, aí é burrice elevada à décima potência!

    Enfim, a humanidade me deprime! hehehe!
    Mas a música de verdade me salva!

    Cheers buddy!

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  3. Belo relato do show do Mars Volta, quem foi pra lá prioritariamente pra assistir a banda com certeza sentiu o mesmo. Somente com uma resalva: o batera novo não exatamente errou o começo de Goliath, o Omar que pediu pra ele segurar pra entrar na música, o Cedric não percebeu porque estava de costas. Lá no show eu tb achei que o batera tinha atravessado, procura no video no youtube que fica bem claro. Só fiquei pensando porque eles vieram com uma formação reduzida, sem o Owens que é o tecladista de fato (quem veio tocando teclado foi o irmão do Omar, Marcellus, que geralmente fica nas percussões e samplers) e o loucura dos metais. De qualquer maneira, puta show.

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  4. Tem razão Snorks! Ví (e baixei) os vídeos do Youtoba e dá pra ver mesmo o Omar pedindo pro Dave segurar, mas independente de erro ou confusão, acho que isso só deixa a banda mais "orgânica", afinal todo mundo erra, menos o rage Against! heheheh!!!
    E se levarmos em conta que IMPROVISO é a alma do Mars Volta, isso é mesmo um plus!
    Tb senti falta do Isaiah no teclado, mas achei legal o Marcellus segurar a bronca, embora no show do Tim Festival onde ele só tocou percursão, foi mais legal porque ele também é insano dançando nos shows!
    Mas como você disse, ainda assim um PUTA SHOW, na verdade o melhor show que eu já vi em toda a aminha voda! e tenho dito!

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  5. Curti o relato estilo gonzo, Idea!

    E fiquei felizão que você conseguiu assistir mais um show do TMV. Sei o qto vc gosta da banda, e vc merecia vê-los novamente.

    Qdo começou "eriatarka" eu me arrependi de não ter ido. Mas já era tarde. Fico com 2004 na memória, é o que me resta.

    Ah, e tenho uma visão diferente do erro em "goliath": vendo o video e depois ouvindo o disco, pensei que o Cedric que tinha atravessado o samba... mas enfim, ficou engraçado de qualquer modo. E bem corrigido.

    Achei o setlist do Mars Volta animal, com dois poréns: 1. tiveram pouco tempo, aí mais uma vez show curto (ainda que intenso); 2. poderiam ter tocado pelo menos mais uma do disco novo, como teflon ou desperate graves, gosto muito do album novo.

    E, pra finalizar, tô com vc e não abro: sou mais mars! Se tivesse ido ao show seria pra vê-los, e nao o RATM. Mas, no meu caso, nunca fui muito fã de Rage mesmo, entonces... rs

    Abrá!

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  6. So te digo uma coisa Rael:

    NO SPIRITUAL SURRENDER!!!!

    Acho que o Zach deveria ouvir essa música o mais urgente possível, né não?

    hehehe!

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  7. Valeu Vieguitas!
    Quemconhece minha devoção quase obssessiva pelo Mars Volta sabe que eu não podia perder mesmo!
    Acho que passei pelo mesmo dilema que você:

    Mars Volta de novo ou Queens of the Stone Age pra corrigir a Rock'n'Rio onde não vimos?

    Mas deixei o coração falar mais alto. Pirei muito ontem com o QOTSA e sem dúvida quis muito estar lá, mas tenho que dizer que acertei na decisão de decidir pelo The Mars Volta. Esse foi um show dos sonhos, mesmo faltando Desperate Graves que eu tb amo, queria alguma do Amputechture como Viscera Eyes ou Tetragramaton, mas vendo o show lá, principalemnte sentindo a vibe absurda que rondava o público (que desse vez era grande, diferente do Tim) não dá para reclamar de nada! Só Eriatarka e Cicatriz ESP exatamente como na sequência do De-Loused foi de arregaçar, sobretudo pela surpresa! Eriatarka eu não esperava nunca, e enfim, o custo/benefício, ainda com a jam estilo De Facto compensa uma outra faixa que queríamos, mas faltou!
    Outro plus, mesmo com tempo pequeno (embora eles estouraram em uns 12 minutos com Rolette Dares) eles tocaram mais do que no Tim, foram 7 sons contando a intro (que é um trumpete gravado pelo Flea!). Ah mano, se deixar eu vou falar um monte! Sou e sempre fui o CHATO DO MARS VOLTA!

    Mas aí, o melhor show que eu vi na minha vida! Superou e muito o campeão anterior R.E.M no Rock'n"Rio que tive o prazer de ver contigo!

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  8. Ideia...consegui participar da sua trip apenas lendo seu texto...ehehhe

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  9. Porra valeu Du! Acho que esse é o melhor feedback que eu poderia receber! Isso e o Viegas chamando de "relato estilo Gonzo"!
    Como eu disse, a ideia nem era uma cobertura do festival, isso fica pros jornalistecos de merda com seus textos frios, escritos no meio dos shows com opiniões vazias!
    O que eu queria mesmo com o texto era convidar geral para participar da minha aventura! Da(s) minha(s) viagem(s) - seja a física de Pira até Itu como a transcendetal!

    Se eu consegui te fazer sentir que você estava comigo lá ao menos por um segundo, eu já tô feliz pra caralho!

    Vlw brother!

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