Natal. A capital do Rio Grande do Norte. A esquina do Brasil. Belas praias e natureza exuberante. O melhor e mais barato rodizio de camarão que um ser humano pode degustar. Um povo caloroso e acolhedor. Mas a capital potiguar é muito mais do que essa imagem pra turista ver. Saindo da orla e adentrando nos becos e ruas de paralelepípedo da cidade você vai encontrar com certeza muito, mas muito rock! E não é apenas do (quente!) Bar do Sol ou de festivais como o Do Sol e o MADA que eu estou falando aqui, na verdade, tem muito mais coisas rolando por lá!
Dentro de todo esse agito, com certeza um dos destaques da cena potiguar é a banda Bugs.
O Bugs surgiu como um power trio em 2002. De lá pra cá, lançou dois EP’s ( Je Suis un Révolutionnaire de 2002 e Exilio de 2006) e um full lenght homônimo em 2003. Depois de circular pelos mais importantes festivais do país, alterar a formação e até fazer um upgrade de power trio para quarteto, o Bugs que agora é Paolo, Denilton, Augusto e Dimetrius (lado [R]) lança seu terceiro EP, o abusado Eli, Lama Sabachthani.
E não foi só peso que a segunda guitarra trouxe para o Bugs. O som da banda deu uma guinada e às referências, que outrora eram The Who e MC5, somaram-se AC/DC e Fu Manchu resultando em fúria e psicodelia em doses cavalares, mas sem perder a poesia.
Os caras acertaram a mão e Eli, Lama Sabachthani é um disco desafiador. Simplesmente não tem como ficar indiferente ao ataque sonoro do Bugs. A vezes são socos no fígado, outras, viagens lisérgicas derretedoras, isso quando eles não decidem fazer tudo de uma só vez. O baixo e bateria entrosadões, parecendo uma “Hell’s Kitchen” sempre te hipnotizando como uma maldição, as guitarras ácidas, barulhentas e ainda assim com lindas harmonias sempre te corroendo e um vocal tão original, rasgado e visceral quantos as letras. Parece uma droga. Parece um livro do Burroughs que quanto mais parece te incomodar, mais viciado você fica. É um prazer sado-masoquista! E quer saber? É ótimo!!!
“Ela vestiu-se de chamas”, “Morfina” e os oito longos e barulhentos minutos de “Quarto dos fundos” traduzem bem o que eu estou escrevendo aqui.
Então, atreva-se a se desafiar! Baixe o disco do Bugs por conta e risco no site dos caras, e mantenha sempre um balde por perto, porque o Bugs VAI te deixar em estado LIQUIDO!
glub!
bela resenha, bro.
ResponderExcluira intro me deu muita, mas muita, saudade do nordeste. preciso visitar meus amigos das terras quentes com urgência.
e saciar a vontade de um caldinho de sururu pelando com cerveja gelada!
cheers
digamos que a intro já resultado da minha saudade do Nordeste!!!
ResponderExcluirA última vez que vi esses malucos, o Dimetrius por exemplo, foi num Festival da Sol de 2007 que eu tava com o Dead Fish e o Dimi que mostrou o melhor do festival! A lombra, se é que vcs me entendem!!! hehehe!!!
Tava dando uma olhada aqui no zinismo, fui parar na semana temática "Coincidência... Ou nâo?" e reparei em uma aqui coisa aqui:
ResponderExcluirEu cito o rodizio de camarão (que os caras do DF me apresentaram e eu como lá cada vez que coloco os pés na esquina do continente!) e você citou aqui o caldinho de sururu.
A primeira vez que fui pro Nordeste foi porque tu me levou pra Bahia, mais precisamente pro seu bairro, Itapuã, depois Aracaju com os Snoozes, aí o Dead Fish me levou pro resto e sempre o Nordeste é mais que uma viagem de férias, de rock ou de trampo, mas é sempre gastronomica.
Quem esqueçe do Pastel de Caranguejo naquele sábado em Aracaju com Fabinho, Babalu, Rafael??? Quem esqueçe do Viola todo inchado por conta dos caranguejos em Salvador? Na noite de Natal???
É bicho, vou voltar naquele papo que eu tive contingo, chorando, chapado de..... ITAPUÃ e volto a lhe perguntar:
Não rola de amarrar uma corrente e trazer pelo menos um pouco pra cá?
pastel de caranguejo do Amanda! sei até o nome do restaurante...
ResponderExcluirItapuã, saudade grande da Travessa Aymoré, rua que morei e fiquei felizão de levar vcs para conhecer. Boas lembranças!