terça-feira, 13 de julho de 2010
HARVEY PEKAR RIP
Morreu ontem (dia 12/07/2010) o quadrinista Harvey Peaker, aos 70, em Cleveland.
Autor dos quadrinhos American Splendor, foi um dos grandes nomes dos quadrinhos underground da América do Norte.
Reclamão, ranzinza, ácido e irônico, Harvey Pekar vivia uma vida medíocre (como arquivista de um hospital) até que viu sua sorte começar a mudar quando procurava discos antigos em uma “venda de garagem” e conheceu o desenhista Robert Crumb. Através deste encontro surgiu a revista American Splendor, onde foram retratadas por cerca de trinta anos as aventuras banais de Pekar, ilustradas por diversos desenhistas.
Em 1994, Harvey escreveu uma premiada graphic novel intitulada Our cancer year, que contou sua luta vitoriosa contra um câncer linfático.
Apesar de medíocre, a vida de Pekar foi extremamente divertida. Seus quadrinhos viraram peça de teatro e mais recentemente filme: lançado em 2003, American Splendor (Antiherói Americano) é um dos melhores filmes sobre quadrinhos já feitos. Brilhantemente interpretado por Paul Giamatti, a história de Pekar é contada de modo divertido, da infância até seu relativo sucesso. Destaque para os momentos de meta-linguagem onde o próprio autor aparece para dar suas tradicionais resmungadas e para as notórias e constrangedoras aparições nos programas do David Letterman.
No Brasil, algumas histórias de Pekar foram publicadas na extinta revista Piratas do Tietê e mais recentemente foi lançada pela editora Conrad uma compilação das histórias feitas em parceria com Crumb, intitulada Bob & Harv.
Zinismo recomenda Harvey Pekar e lamenta a morte do artista que fazia algo brilhante a partir da mais vulgar matéria prima, o cotidiano do ser humano comum.
RIP Harvey!
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Ontem fiquei assistindo as entrevistas dele no Letterman, sempre divertidas. Ele era uma figura rara, única. One of a kind, como diriam os americanos.
ResponderExcluirAliás, citando outra figura rara, nosso estimado "Raoul Duke", eis um trecho que serve como uma luva para homenagear Pekar: "There he goes. One of God's own prototypes. A high-powered mutant of some kind never even considered for mass production. Too weird to live, and too rare to die."
...
ResponderExcluirPekar era foda!
Ontem revi o American Splendor, mais uma vez, aliás um dos poucos DVDs que tenho...
ResponderExcluirDemais aquela fita em que ele vai no David Letterman disposto a tretar...hehe
Pena que tenha tão pouca coisa dele traduzidas para o português.
Lembrei que o Pekar era um dos notórios que aparecem no Teen Age Riot do Sonic Youth!
Sem dúvida uma figura rara...
um dos meus filmes prediletos. coincidentemente indiquei o filme e falei sobre o Pekar na noite de sábado para um amigo...que coisa hein...dias depois saber disso(!?).
ResponderExcluir*não sabia sobre essa aparição no teenage riot do sonic youth...
É uma merda mesmo! Desde sempre tudo se apresentou chato demais pra mim, só múscia e HQ's salvaram minha vida, então conhecer a obra e um pouco da vida do Pekar foi como conhecer um pouco de mim mesmo, identificação imediata. Muita coisa aínda me aborrece, mas aprendi a levar mais na boa, até pensar na morte.
ResponderExcluirCuriosamente ontem, do nada eu resolvi ouvir a magnífica trliha sonora do filme... Que merda Pekar!!!
Mas faz parte... =/
Bom toque!
ResponderExcluirA trilha parece realmente boa, vou ver se consigo arrumar!
Sem dúvida, a música e HQs salvaram muitas vidas...
Engraçado como o distanciamento que Pekar tinha sobre a vida, ajudava a superá-la, inclusive no câncer!
Faz parte sim!
Mas é difícil entender né?
Abraços
Boogie Boy é de Itabaiana/SE? terra do meu lendário amigo Adelvan Barbosa!
ResponderExcluirSinal que Itabaiana tem uma agua boa para produzir admiradores/criadores dos bons sons, artes e afins. Né?
Is we.